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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Cargos especiais
"É absolutamente inaceitável que o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), apóie uma estrutura parlamentar caríssima, com longa tradição de resultados precários para a sociedade. Depois de tantos anos de governos caros e inoperantes, o que precisamos é de racionalidade e competência funcional."
Jason César de Souza Godinho (Santos, SP)
 
"A Folha apurou, com o brilhantismo jornalístico de sempre, que os CNEs (Cargos de Natureza Especial) são imorais e antiéticos. Cabe ao presidente da Câmara aproveitar essa oportunidade e desmontar esse artifício de corporativismo e fisiologismo. O mesmo princípio deve valer para a Presidência da República. Onde já se viu comprar 600 taças de cristais nesta crise financeira?"
Osny Raffs Jr. (Florianópolis, SC)

Resultados do Pan
"Excelente o resultado das equipes brasileiras nos Jogos Pan-Americanos. Senti orgulho de ver que nosso país estava disputando posição com uma potência mundial: o Canadá. Em momentos como esse, a nação vê que podemos disputar com os grandes do mundo."
Rodrigo Barbosa e Silva (Guarapuava, PR)

Banco do Brasil
"A Folha descumpriu seu "Manual da Redação" ao publicar a reportagem "PT é acusado de "politizar" comando do BB" (Dinheiro, pág. B5, 17/8). O ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, foi "acusado" de promover "articulação bancária" para tomar "o BB de assalto". Nenhum fato concreto foi citado. O ministro e sua assessoria só souberam das "acusações" com a edição publicada. A nomeação do Conselho Diretor do Banco do Brasil é da alçada do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Por ter ouvido apenas pessoas cuja motivação fisiológica é nítida na própria reportagem, o texto incorre em uma série de inverdades. Ao não ouvir o outro lado, a Folha deixou de registrar o contraditório e desinformou os leitores."
Wladimir Gramacho, assessor especial de Comunicação Social do Ministério da Previdência Social (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Eliane Cantanhêde - Eis a frase de Valmir Camilo, presidente da Anabb (Associação Nacional dos Funcionários do BB): "A Articulação bancária do Gushiken e do Berzoini tomou o BB de assalto e não sobrou nada para ninguém que não use estrela vermelha no peito". A reportagem acrescentou: "Referia-se [Camilo] a uma tendência do PT, a Articulação, integrada por dois ministros (...)". O assessor da Previdência, portanto, enganou-se. A reportagem não "acusa" Berzoini de promover "articulação" (que é o nome de uma tendência do PT). Fato: o presidente da Anabb acusa a tendência Articulação, da qual o ministro faz parte, de tomar o BB de assalto.

Lucros de empresas
"Manchete de 17/08 da Folha: "Grandes empresas aumentam lucros". Antes já havíamos sido informados dos aumentos de lucros dos bancos. Enquanto isso, um governo eleito "para mudar" luta para aprovar a reforma da Previdência, que vai transferir ainda mais renda para os privilegiados. Ou alguém duvida de que os recursos que serão tirados do bolso dos servidores públicos vão ser usados para pagar os juros da dívida?"
Roberto David Martinez Garcia (São José dos Campos, SP)

Haroldo de Campos
"Morre o poeta, fica sua poesia. Haroldo de Campos nos deixa às vésperas de seu aniversário. O grande literato, que extirpou o verso, é expurgado da vida. Perdemos a expressão crua, reta, concreta da poesia. Não há mais o que traduza a perda, a lamúria de sua falta. Adeus."
Adilson Roberto Gonçalves (Lorena, SP)

Cores verdadeiras
"O PT, que acusou FHC de estelionato eleitoral, agora é acusado da mesma forma pelo PFL. Será que a galinha dos ovos de ouro que o partido ofereceu ao país, antes das eleições, na verdade não era aquela que, com sua cor original, reapareceu na semana passada?"
Odilon O. Santos (Marília, SP)

Independência e fidelidade
"Sou e sempre fui eleitor do PT. Li a Folha de 16/8 ("Tendências/Debates", pág. A3). Acho que Lindberg Farias tem razão, não há espaço para uma esquerda à esquerda do PT e, se o governo Lula fracassar, teremos a direita de volta. Mas também acho que Ivan Valente tem razão: a reforma da Previdência é a que foi ditada pelo FMI. O mercado continua a mandar no país. Os bancos continuam a ganhar fortunas, e as indústrias, a andar para trás. Continuo a ser eleitor do PT, mas confesso que estou perdendo a paciência. Queria ver, deste governo, um sinal de independência."
Paulo Oswaldo Boaventura Netto (Rio de Janeiro, RJ)
 
"Muito bom, didático e informativo o artigo do deputado Ivan Valente em "Tendências/Debates". No entanto, não serve como justificativa para sua abstenção na votação em primeiro turno na reforma da Previdência. Essa postura "tucana" também não "guarda fidelidade com a história, a trajetória do PT e a sua relação umbilical com os movimentos sociais organizados", usando palavras do próprio autor."
Maria do Rosário Gomes Lima da Silva (Assis, SP)

Crescimento econômico
"Não existem fórmulas mágicas para a retomada rápida do crescimento econômico. Porém é preciso que os juros sejam reduzidos fortemente e que a reforma tributária dite a exclusão de impostos sobre a produção e desloque o fato gerador para o consumo."
Carlos Henrique Abrão (São Paulo, SP)

Hospitais
"O editorial "Reciclagem hospitalar" (Opinião, pág. A2, edição de ontem) abordou, com muita propriedade, o elevado custo da saúde hospitalar no Brasil e ressaltou também a importância que representa a reciclagem de materiais que possam ser realmente reutilizados. É necessário que se enfatize o brado inicial que se deu para que efetivamente o órgão governamental responsável por essa atividade tome para si a obrigação de efetuar o correto e preciso estudo para que se estabeleçam as normas regulamentadoras dessa essencial medida."
Mário José Ronsini , diretor da Santa Casa (Piracicaba, SP)

Novelas
"Foi precisa e esclarecedora a entrevista com o teledramaturgo Gilberto Braga (Ilustrada, págs. E1 e E4, 17/8). As respostas do autor lembram seus textos -didáticas, elegantes e recheadas de sabedoria. Nada contra a atual novela das oito, mas que venha logo o dia 13 de outubro, quando estreará "Celebridade". O horário nobre está carente de um texto do bom e velho Gilberto Braga."
Clodoaldo Moreira (Marília, SP)

Investimento no campo
"O Brasil tem gasto R$ 40 mil para assentar uma família com um mínimo de produtividade. E a família ainda continua dependendo da ajuda continuada do governo. Ora, emprestando-se esses mesmos R$ 40 mil a agronegócios estabelecidos com o objetivo de financiar aumentos de produção, geram-se empregos suficientes para sustentar diversas famílias, produzir muito mais alimentos e arrecadar impostos. A reforma agrária é um programa social baseado num modelo absolutamente equivocado, que ignora que dar terra custa muito caro e é bem menos eficiente para combater a miséria do que dar trabalho, moradia, saúde e educação."
Jorge A. Nurkin (São Paulo, SP)


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