São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Alca
"A reportagem "Plebiscito contabiliza cerca de 10 milhões contra a Alca" (Brasil, pág. A4, 18/9) merece alguns esclarecimentos. A reportagem afirma que, "à tarde, [os organizadores do plebiscito" estiveram no Planalto, mas o encontro que teriam com o ministro Euclides Scalco (Secretaria Geral) foi cancelado". Mais adiante, no último parágrafo, revela que "o subsecretário-geral José Reynaldo pediu desculpas. A assessoria de imprensa da Presidência não se manifestou sobre o caso". Esclareço, na condição de assessor de imprensa da Secretaria Geral da Presidência da República, que estive pessoalmente no Comitê de Imprensa da Presidência da República, localizado no andar térreo do Palácio do Planalto, para explicar aos jornalistas credenciados as razões que impediram o ministro Euclides Scalco de receber os organizadores do plebiscito. Expliquei que representantes dos organizadores do plebiscito solicitaram a audiência na segunda-feira, dia 16. Prontamente, o chefe-de-gabinete do sr. ministro sugeriu agendar a audiência para as 9 horas do dia seguinte (terça-feira, dia 17). Os representantes da CNBB e do MST pediram um novo horário, porque ainda aguardavam a chegada a Brasília de alguns integrantes do grupo. O encontro foi marcado então para as 17h30 de terça-feira. Os representantes foram alertados sobre o risco de haver algum atraso tendo em vista que o ministro teria de participar da reunião interministerial marcada para as 15h30 no gabinete do presidente da República. A reunião interministerial iniciou-se mais tarde do que o programado, e isso acabou refletindo na agenda do ministro Euclides Scalco. A alternativa foi realocar todas as audiências marcadas para a parte da tarde. Os representantes da CNBB e do MST, além do candidato a presidente pelo PSTU, Zé Maria, foram recebidos pelo subsecretário-geral José Reynaldo, a quem fizeram a entrega do documento final do plebiscito sobre a Alca. O subsecretário explicou os motivos do impedimento do sr. ministro, recebeu o documento e solicitou que aguardassem um pouco mais, porque o ministro Scalco deixaria a reunião interministerial por alguns minutos para cumprimentá-los. Entretanto os representantes disseram que não poderiam esperar, porque tinham encontro agendado no STF. Quando o ministro retornou ao gabinete, o grupo já havia deixado o gabinete do subsecretário."
Jorge Rosa, assessor de imprensa da Secretaria Geral da Presidência da República (Brasília, DF)

Monumenta
"Em relação ao artigo "O Monumenta preserva a culturocracia" (coluna de Elio Gaspari de 15/9, Brasil, pág. A13), vimos informar que, no âmbito do Monumenta -projeto inédito de implantação de mecanismo de preservação sustentável do patrimônio histórico-, são realizadas inúmeras outras atividades-fim além da execução de obras, tais como: elaboração de estudos de viabilidade e projetos; capacitação de pessoal nos municípios; realização de inventários, bases cartográficas, manuais de restauro, informatização etc; formação de artífices; promoção de atividades econômicas e culturais; programas educativos. A descontinuidade administrativa nos quatro municípios à época participantes do programa foi uma das maiores dificuldades reconhecidas pelo TCU: "É de se louvar os progressos do Monumenta, tanto os discorridos em outros tópicos do relatório quanto estes demonstrados pelo gestor. Além disso, essa equipe reconhece as dificuldades encontradas e os esforços para superá-las" (relatório TC nš 016113/2001-3). O TCU também orientou para a assinatura de novos convênios em data anterior a 6/7, devido à Lei Eleitoral. Esses convênios hoje abrangem 17 cidades. Encontram-se em execução 39 obras (16 em monumentos, dez em espaços públicos e 13 em imóveis privados), que contam com a participação da iniciativa privada. Como exemplo, citamos as parcerias firmadas em Recife, como as obras dos edifícios da Alfândega e Chantecler, bem como o resgate da Primeira Sinagoga das Américas. Em virtude da grande repercussão da coluna de Elio Gaspari, sentimo-nos na obrigação de informar a respeito do Monumenta e colocamo-nos à disposição para maiores esclarecimentos."
Pedro Taddei Neto, coordenador nacional do programa Monumenta do Ministério da Cultura (Brasília, DF)

Eleições
"Diante da réplica de Fernando de Barros e Silva ao ombudsman da Folha ("Árvores abatidas", Brasil, pág. A6, 15/9), só se pode concluir que o jornal é célere em apontar pecados alheios, mas tem dificuldade para aceitar e consertar os seus. Da mesma forma que a honestidade para os políticos, ao jornal não basta querer ser imparcial, ele tem de sê-lo. Digo isso com a tranquilidade de quem, alguns dias antes da publicação da coluna de 8/9 do ombudsman, tinha escrito à Folha alertando para a manifesta tendenciosidade de muitos de seus títulos e chamadas, dos quais dei apenas um exemplo, embora pudesse reunir muitos mais. A meu ver, o ombudsman nada mais fez do que dar voz a tantos outros leitores que, acredito, também se indignam ao ver a Folha caminhando numa zona de obscuridade."
Alexandre S. Santana (São Paulo, SP)

"Em relação às réplicas dos srs. Fernando de Barros e Silva e Fabiano Maisonnave, publicadas em 15/9, gostaria de dizer que a Folha tem sido muito condescendente com o candidato José Serra e parece sempre puxar a brasa para a sardinha tucana, ainda mais quando critica Ciro Gomes. Espero que a Folha, que -como disse o sr. Fernando de Barros no final da sua réplica- tem um patrimônio editorial muito grande, mude a sua posição de proteção às candidaturas tucanas e volte a nos informar com isenção e crítica."
Evandro Monteiro Kianek (Santo André, SP)

Feridas incuráveis
"O mundo recebeu com alegria a notícia de que, enfim, o presidente do Iraque, Saddam Hussein, aceitou a volta dos inspetores de armas da ONU àquele país. A decisão do presidente iraquiano joga um balde de água fria nas intenções do presidente George Walker Bush de iniciar uma guerra contra aquele país. Pelo menos por enquanto, não há mais motivos para que se comece um novo conflito mundial que pode deixar feridas incuráveis."
Flávio Romero Ferreira Soares (Brasília, DF)

Cães
"Causou-me indignação a proposta do deputado Gilberto Nascimento de proibir a criação de cães das raças pit bull, rottweiler e mastim alegando que são animais ferozes e incontroláveis. É com isso que os deputados estão preocupados? Com a segurança da população? Se fosse realmente isso, deveriam fazer leis que pudessem acabar com a violência e impedir o tráfico de drogas nas escolas, os assassinatos, os assaltos... Muitos adquirem um cão do porte de um rottweiler ou de um mastim para se protegerem de assaltos. Possuo um rottweiler de um ano e meio e posso afirmar que esse é um cão protetor, fiel ao seu dono e dócil com todos da família e até mesmo com estranhos. Qualquer cão, de qualquer raça, quando bem criado e bem adestrado, se torna um orgulho para seu dono. Infelizmente, existem aquelas pessoas que adquirem esses animais apenas para treiná-los para agredir, matar, atacar etc. Temos de procurar proteger esses animais, e não sacrificá-los ainda mais. Temos é de acabar com os maus criadores."
Viviane Stefani (São Carlos, SP)



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