São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Casuísmos
"Só há uma forma de tornar aceitável a pretendida concessão de foro privilegiado para autoridades: fazer com que a medida seja válida somente para os governantes a serem eleitos no futuro e, principalmente, fazer com que os futuros juízes dos tribunais superiores sejam indicados, em eleições diretas, pelo Ministério Público da respectiva instância. O resto, pelo afã em aprovar logo a proposta ora em tramitação no Congresso, não passa de casuísmo, como foi a aprovação da emenda da reeleição."
Murilo Antônio Simões (Curitiba, PR)

Feliz Ano Novo
"Feliz 2003! Não para você, povo brasileiro, mas, sim, para eles: "STF isenta de IR aumento de juízes", "Lei amplia foro privilegiado para políticos", "Deputados vão ganhar auxílio-moradia" etc."
Carlos Alberto Gaspar (São Paulo, SP)

Gigante abandonado
"Acho que a senadora Heloísa Helena está com razão ao protestar contra a escolha do senhor Henrique Meirelles para um cargo no Executivo federal. Se elegemos um torneiro mecânico para a Presidência, é porque queremos trabalhadores que sempre lutaram por seu povo e pela inclusão social para governar este gigante abandonado."
Célio Borba (Curitiba, PR)

Moral é ética
"A moral e a ética do governo FHC morreram logo no início do seu governo, quando ele sancionou a imoral lei que anistiou o falecido senador Lucena, que havia sido condenado pelo STF. Já o governo do PT comete pecado contra a ética antes da posse de Lula ao favorecer as autoridades públicas com o tal de foro privilegiado. "Meu Deus, meu Deus, mas que bandeira é essa?", certamente iria perguntar Castro Alves ao ver assim já tão rota a bandeira do PT, vermelha agora de vergonha."
Ademar Adams (Boa Esperança, MT)

Constituição respeitada
"Recebi uma resposta atenciosa do deputado Walter Feldman, presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, dizendo que, "quanto à questão do auxílio-moradia aos deputados, é preciso ficar claro que, polêmicas à parte, trata-se de uma medida estabelecida pela Constituição Federal". Puxa, como são zelosos os deputados na aplicação da Constituição em seu próprio benefício! Acontece que o direito à educação (de qualidade!) e o direito a atendimento médico também são garantidos na Constituição, e nós, eleitores e contribuintes, que não temos o poder de legislar sobre nossos próprios vencimentos e benefícios, não conseguimos vê-los cumpridos a contento. Se os senhores deputados usassem escolas públicas e postos de saúde -aposto o auxílio-moradia do deputado como não usam-, veriam com seus próprios olhos o quanto falta para que se faça cumprir a Constituição."
Marcelo Terra Saula (São Paulo, SP)

Analfabetismo
"O Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, diz que o Estado de Santa Catarina tem os menores índices de analfabetismo do Brasil, mas tem 8.000 adolescentes, entre 12 e 17 anos, que não sabem ler nem escrever. Imagino o que o Unicef diz sobre os outros Estados do país."
Ergógiro Dantas, pedagogo aposentado (Rio de Janeiro, RJ)

Amar o próximo
"No caderno Mais! de 15/12 (pág. 8), o senhor Teixeira Coelho aconselha o leitor a não ler a Bíblia -"a não ser que pretenda convencer-se de que a violência infligida aos outros e a si mesmo é justa, desejável e de resto inevitável". Como conciliar essa percepção do ensinamento bíblico com o mandamento corrente tanto no Antigo como no Novo Testamento de amar o próximo como a si mesmo? Parece-me uma visão preconceituosa e distorcida de um livro que tem animado milhares de gerações através dos tempos, conclamando o ser humano para a entrega generosa de si mesmo num amor efetivo e desinteressado."
Sérgio Loubo de Moura (Rio de Janeiro, RJ)

Varig
"A propósito da reportagem "Disputa pode inviabilizar socorro à Varig" (Dinheiro, pág. B6, 10/12), cumpre esclarecer o seguinte. Os créditos do Unibanco contra a Varig montavam na sua origem, em maio de 2001, a US$ 50 milhões, vencíveis em 12 parcelas mensais, iguais e consecutivas, entre novembro de 2001 e novembro de 2002. Todas as 12 parcelas foram quitadas em seus respectivos meses de vencimento com recursos oriundos do sistema de compensação da Iata (BSP -Bank Settlement Payment), conforme estabelecido no contrato original. Cumpre destacar que, das 12 parcelas devidas ao Unibanco, as nove primeiras foram quitadas durante a gestão anterior à do sr. Arnin Lore, eleito pela Fundação Rubem Berta para a presidência do Conselho de Administração da FRB-Par em 19/8/2002. Apenas as três últimas parcelas foram quitadas durante a gestão do sr. Arnin Lore. Não é do conhecimento do Unibanco a existência de nenhuma disputa, conflito ou divergência de opinião entre os credores da Varig signatários da proposta de restruturação das empresas subsidiárias da FRB-Par, submetida conjuntamente por esses credores, pelo BNDES e pela FRB-Par Investimentos S.A à Fundação Rubem Berta em 25/10/2002. A oferta dos credores de repactuar dívidas vencidas da Varig no montante de US$ 51 milhões, assim como a oferta de aporte de recursos novos no valor de US$ 67 milhões -dos quais o Unibanco se propôs a aportar US$ 21 milhões, mesmo não sendo mais credor-, constituiria o financiamento emergencial de US$ 118 milhões em apoio à continuidade operacional da Varig. Esse financiamento emergencial era parte integrante da proposta de reestruturação e de recapitalização que os credores signatários, o BNDES e a FRB-Par submeteram à Fundação Rubem Berta em 25/10/2002, proposta esta que não foi acatada. Cumpre, finalmente, assinalar que todos esses temas já foram objeto de discussão em sessão pública da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado em 26/11/2002, evento que contou com ampla divulgação pela mídia. O Unibanco continua confiando, como sempre fez, no bom senso e no profissionalismo de todos os envolvidos no assunto Varig, o que deverá permitir a continuidade de uma bandeira que honra o Brasil há 76 anos."
Geraldo Travaglia, diretor-executivo corporativo do Unibanco (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Jerônimo José de Araujo Souza, diretor-presidente da Fundação Casimiro Montenegro Filho (São Paulo, SP); João Carlos Schleder, relações externas da Ecovias Imigrantes (São Bernardo do Campo, SP); Monica Bernstein e Alexandre Imanishi, BySide Comunicação (São Paulo, SP); Julio Miyamoto, conselheiro administrativo da Ajinomoto Interamericana Ind. e Com. Ltda. (São Paulo, SP); Nelson de Abreu Pinto, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (São Paulo, SP); Arisia Bertolo Garcia (Caçapava, SP); Instituição Religiosa Perfect Liberty (São Paulo, SP).


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