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PAINEL DO LEITOR
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Cratera no metrô
"Diferentemente do que afirmou
a reportagem "Subprefeito diz que
repassava ao Metrô queixas sem
apurar" (Cotidiano, pág. C5, 19/1),
em nenhum momento o Subprefeito de Pinheiros, Nilton Nachle, afirmou à polícia que as reclamações
de moradores sobre rachaduras em
casas próximas ao desabamento
eram repassadas ao Metrô.
O subprefeito contatou os delegados Dejair Rodrigues e Ricardo
Afonso Rodrigues, que negaram terem dado tal declaração à imprensa. A notícia é uma inverdade que
precisa ser reparada."
RICARDO VENDRAMEL, assessoria de imprensa da
Subprefeitura de Pinheiros (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Gilmar
Penteado - A entrevista com o
delegado Ricardo Afonso Rodrigues, da Seccional Oeste,
está gravada.
"Após o resgate das vítimas da
cratera do metrô, vem a preocupação com os danos e os prejuízos de
terceiros. Mas, para a população, o
pior é a incerteza quanto à segurança do chão onde pisamos. Pagar pelos danos e reparar da melhor forma possível o sofrimento dos envolvidos é o trivial.
Governo, empresas
e seguradoras fazem o pagamento,
muitas vezes até com o dinheiro arrecadado do próprio contribuinte.
Além da reparação cível, a sociedade exige a apuração criminal do
acontecido."
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, tenente da Polícia
Militar, presidente da Apomi -Associação dos
Policiais Militares do Estado (São Paulo, SP)
"A Folha atacou o ponto principal: uma obra de alto risco não tinha um plano de emergência. O
consórcio é formado pelas maiores
empresas brasileiras. Em suas operações normais, sejam industriais
ou de construção civil, essas empresas têm planos de segurança
que seguem as normas internacionais ISO 14001 (ambiente) e OHSAS 18001 (saúde e segurança do
trabalho). Faltou aplicar no consórcio o que aplicam em suas próprias
organizações."
MARCOS ANTONIO LIMA OLIVEIRA, engenheiro
mecânico e mestre em administração (Salvador,
BA)
"Quase R$ 2 milhões dos R$ 26,7
milhões arrecadados pela campanha de Serra ao governo vieram de
algumas empreiteiras da linha amarela do metrô ("Empresas deram R$
1,7 mi para comitê de Serra", Cotidiano, 17/1). Que isenção o governo
tem agora para tratar da tragédia
que o Estado está vivendo?
Quantas vidas mais serão necessárias para que saia a bendita reforma política?
JOSÉ AUGUSTO LISBOA (São Paulo, SP)
América Latina
"Nelson Motta, em sua crônica
"Alegorias carnavalescas" (Opinião,
19/1), bem apropriada para o período pré-carnavalesco e pelo local escolhido, o Rio de Janeiro, coloca de
forma precisa a nova onda política
da América Latina: a dos esquerdistas-nacionalistas-bravateiros-embusteiros.
Nós já assistimos às ondas políticas anteriores na região, a dos ditadores sanguinários, depois a dos dirigentes direitistas, todos quebrados e com pires na mão na porta do
FMI. A atual onda pelo menos é
mais hilariante, com seus personagens caricatos-grotescos e suas salsas-enredos sem cadência e sem
harmonia, mas fazendo muito barulho por onde passam."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)
INSS
"E lá se vai Jorgina de Freitas,
responsável por um dos maiores
golpes contra a seguridade social,
ver a luz do Sol após a Justiça autorizar o cumprimento do restante da
pena em regime semi-aberto
("Fraudadora do INSS cumprirá pena em regime semi-aberto", Dinheiro, 18/1). Não demora e logo virá a liberdade condicional e depois
a liberdade plena, num dos muitos
indultos concedidos.
Infelizmente, a legislação pátria
de processo penal não prevê pena
de prisão perpétua."
YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)
Saúde
"No artigo "A gestão dos hospitais
públicos" (pág. A3, 19/1), o doutor
Raul Cutait trata da terceirização
do serviço público de saúde como a
solução para os problemas apresentados no SUS, mas cita apenas os
pontos positivos desta forma de gerenciamento. Esquece de mostrar
as altas dívidas que vêm contraindo
as instituições que administram estes hospitais no Estado.
Além disso, em nenhum momento o artigo mostra que o Tribunal de
Contas já solicitou ao governo estadual o balanço financeiro referente
às Organizações Sociais e que esse
balanço ainda não foi apresentado
nem para o Tribunal nem para o
Conselho Estadual de Saúde.
O artigo também não diz o que a
terceirização vem causando ao sistema público de saúde, como o já
conhecido "SUS de portas fechadas"
-para não ultrapassar o orçamento
destinado pelo governo e não contrair enormes dívidas, as OSs estipulam cotas de atendimento e de
exames."
SIMONE LOPES ARRIFANO (São Paulo, SP)
Trânsito
"Em atenção à reclamação da leitora Vivian Doce Bussada Bertin,
publicada em 12/1 nesta seção, informo que a utilização de radares
no trânsito visa não só fiscalizar e
coibir infrações mas também garantir condições de segurança aos
motoristas. A infração cometida
por ultrapassar o semáforo vermelho é uma das principais causas de
acidentes letais na cidade.
Ressalto que, independentemente do horário, toda sinalização de
trânsito deve ser respeitada.
Em casos como o descrito pela
leitora, o motorista, tendo percebido o semáforo vermelho, tem como
alternativa reduzir a velocidade de
tal forma que, quando estiver próximo à faixa de retenção, o semáforo
já esteja aberto e ele possa ultrapassá-lo com segurança."
ROBERTO SCARINGELLA, presidente da CET
(São Paulo, SP)
Telefônica
"Está certíssimo o senhor Bruno
Blecher ("Painel do Leitor", 19/1).
Essa companhia "Telefónica de
España" ofende o consumidor brasileiro com um atendimento abaixo
de qualquer crítica.
Cadê a concorrência que foi prometida pela privataria?
Já que não posso ter de volta a Telesp, quero ter a opção de não dar
lucro para uma empresa que me
trata mal."
JONATHAN TEIXEIRA (Tremembé, SP)
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