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PAINEL DO LEITOR
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Pluralismo
"Interessante o Conselho Curador da TV Brasil fazer uma moção
contra o programa "Ver TV", denunciando que só houve opiniões uniformes. Pois bem, gostaria que existisse um conselho desse tipo para as
outras TVs do Brasil, pois o que se
vê em jornais e programas de entrevistas e debates dos canais comerciais é a total falta de opiniões divergentes sobre diversos assuntos,
principalmente políticos e econômicos. A parcialidade da imprensa é
explícita e seria muito bom se houvesse em todos os programas e jornais um verdadeiro debate com opiniões diversas."
JOÃO HUMBERTO VENTURINI (Piracicaba, SP)
Atuação política
"Depois dessa pesquisa mundial
a respeito da desonestidade política, constatada por 900 milhões de
pessoas ("No mundo todo, só 8%
crêem nos políticos", Mundo, 18/1),
como explicar, no caso do Brasil
-onde a expectativa a respeito de
sua classe política é semelhante ou
até pior-, o fato de os votos nulos
jamais ultrapassarem índices de
4%?"
RUBENS MANOEL PARANHOS BELLO (São Paulo, SP)
"Políticos brasileiros, quase como regra, começam a vida como
pessoas pobres e, em pouco tempo,
se transformam em riquíssimos pecuaristas, donos de imensas fazendas, magnatas da área de comunicações, com jornais, rádios e emissoras de televisão, tudo isso milagrosamente conseguido em paralelo às
atividades parlamentares. Além
disso, possuem uma característica
única que os diferencia dos demais
cidadãos: é a capacidade de produzir filhos que, invariavelmente, se
tornam empresários de sucesso.
Será que a solução para o Brasil
não seria todos nós nos transformarmos em políticos, para que,
com nosso êxito, ao lado dos prodigiosos filhos que iríamos gerar, mudássemos a situação do país?"
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
Herói
"Salve o grande herói dos ares
que resgatou 307 pessoas no incêndio do edifício Andraus. Seu falecimento ocorrido na última terça, em
Bauru, deixa na memória de todos
os brasileiros o grande exemplo da
solidariedade."
HORÁCIO LEMOS ALBERTINI (Bataguassu, MS)
EUA
"Compartilho com o leitor Fernando Al-Egypto ("Painel do Leitor", 18/1) sua esperança de mudanças na política dos EUA caso um democrata seja eleito. Lendo obras
ótimas de Moniz Bandeira e Robert
Fisk, percebe-se que o (ainda) marido da sra. Clinton bombardeou continuamente o Iraque, esfomeou seu
povo e forçou muitos países a fazerem acordos comerciais péssimos.
O ataque ao WTC não foi provocado
(só) pelos erros de Bush, mas foi
longamente incubado pelas políticas americanas agressivas e burras
no Oriente Médio."
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)
Educação
"Bem se vê que o governo do Estado de São Paulo não sabe que rumo dar à educação. Se, diante de
tantos resultados pífios que foram
apresentados até agora, dando conta de que, cada vez mais, as crianças
chegam ao ensino médio sem saber
ler e escrever, o esperado era que a
Secretaria da Educação tivesse entendido o recado. A secretaria dá a
desculpa de que a repetência pode
ter impacto negativo no desenvolvimento da criança. Esse é um fato,
mas impacto maior é causado quando se mandam crianças para as séries seguintes sem terem aprendido
o básico: ler e escrever. Sinceramente, não dá para saber o que é
pior. Enfim, descobriram a forma
de não priorizar a educação em São
Paulo. Lamentável!"
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)
Caos aéreo
"Só pode ser piada a declaração
da Infraero em crítica à revista
"Forbes" quanto ao ranking de
atrasos em vôos ("Brasil lidera ranking internacional de atrasos em
vôos" Cotidiano, 17/1). Para a Infraero, "a avaliação foi feita seguindo índices de pontualidade, o que,
na visão da empresa, é incorreto".
Ou seja, a estatal diz que não se
pode avaliar atrasos avaliando a
pontualidade dos vôos (?). Diz também que nossos aeroportos apenas
podem ser avaliados por critérios
de infra-estrutura ou serviços prestados. Quer dizer que os aeroportos
não podem ser avaliados pelos seus
atrasos? Atrasamos, mas com estilo, é o que podemos dizer..."
RODRIGO ENS (Curitiba, PR)
Desfiles
"Fiquei decepcionada com a cobertura da Folha do dia 17/01 da
SPFW ao não encontrar o comentário sobre o desfile da Animale. O
motivo alegado (falta de visão por
posicionamento de câmera de TV)
me pareceu no mínimo esdrúxulo.
Todos nós sabemos da disputa acirrada pelos melhores lugares nesses
desfiles e da guerra de egos que isso
proporciona, mas, se a equipe da
Folha tem o compromisso de informar seus leitores sobre esses
eventos, o repórter deveria ter se
posicionado em outro lugar a fim
de poder informar seus leitores devidamente, e não ficar melindrado
com o local que lhe foi reservado."
CHRISTIANE RANDO (São Paulo, SP)
Confecções
"São impressionantes os argumentos utilizados por Chang Up
Jung ("Roupa nem tão suja assim",
"Tendências/Debates", 17/1) para
justificar as condições de vida precárias a que estão submetidos imigrantes de países vizinhos que trabalham em confecções na cidade de
São Paulo. O advogado, que assessora empresários do setor, ao comparar a situação desses trabalhadores
com a de imigrantes de um passado
recente, afirma que só temos memória dignificante das histórias de
imigrantes que trabalhavam até 15
horas por dia, muitas vezes sem
descanso semanal. Com base nas
suas argumentações, seria possível,
então, afirmar que os trabalhadores
desse passado recente estavam vivendo no melhor dos mundos, até
mesmo porque sucederam a trabalhadores que estavam submetidos
ao regime de escravidão."
ANTONIO CARLOS GIL , sociólogo (São Paulo, SP)
Saúde e futebol
"Em relação à carta "Saúde e futebol" ("Painel do Leitor", 18/1), concordo plenamente com as opiniões
do professor Vicente Amato Neto
sobre os planos de saúde. São a mercantilização da medicina, prejudicando médicos e doentes. No entanto, está subjacente no texto sua
alma palmeirense. Como corintiano que toma complexo B toda segunda, espero que o plano de saúde
nos ajude."
OSMAR ROTTA , professor associado do Departamento de Dermatologia da Unifesp
(São Paulo, SP)
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