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Eleições
"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio de Mello, advertiu os eleitores
sobre a "propaganda enganosa" e
disse que não devemos votar em
quem promete o que não pode cumprir. Concordo plenamente.
Mas devo dizer ao venerável jurista que não vislumbro, na lista dos
candidatos que aparecem no horário eleitoral gratuito, nenhum que
tenha a aparência de que vá cumprir qualquer coisa que está prometendo tal é a mediocridade de suas
mensagens.
Pergunto então ao ministro qual
seria a atitude mais correta a seguir
já que não confio em nenhum candidato?"
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)
"O PT e o seu maior mandatário
caíram em tanto descrédito e incoerência que já não têm coragem de
apresentar aquela outrora orgulhosa estrela vermelha. Por que será?
Talvez por causa do mar de lama
e corrupção que se espalhou pelo
Brasil -arquitetado pelo PT e seus
aliados-, aí incluídos o mensalão,
os dólares na cueca, a CPI dos Correios, o caso Okamotto, os sanguessugas, a queda dos ministros Dirceu, Palocci etc...
Talvez não ostentem a tão idolatrada estrela vermelha e a sigla PT
pela vergonha de não terem cumprido o que prometeram durante
mais de 20 anos.
Um partido como o PT, que se dizia tão ético, que tinha solução para
todos os problemas do país, que se
auto-intitula o que mais fez em relação aos outros governos, não deveria ter vergonha de ostentar o seu
símbolo.
O que deu no presidente Lula?
Ele também não sabe que é candidato à reeleição pelo PT da estrela
vermelha?"
JOEL S. DE FREITAS (São Paulo, SP)
Violência
"Vivemos um momento em que
as estruturas dos Poderes consagrados por Montesquieu soçobram
ante o descalabro que avança em todas as direções e onde a segurança
toma corpo maior.
O crime e o narcotráfico crescem
desabusadamente. Não são mais
apenas as periferias que estão ao sabor dos grupos de fuzilamento. Toda a sociedade está na mira dos que
querem o mais perfeito caos.
Por isso, nós, cidadãos brasileiros, pedimos ajuda para que tenhamos espaço junto àqueles que estão
sujeitos ao nosso voto. O Brasil não
pode morrer, e a imprensa está sendo chamada, mais uma vez, a construir um novo e mais digno tempo.
Queremos armas para nos defender, quiçá para intimidar. Apenas
em legítima defesa as usaremos."
SANDRA SILVA MARIS E BARROS, Movimento pela
Legítima Defesa (Alegrete, RS)
"Brilhante, ético, moral, humano
e didático o artigo de Oded Grajew
de 18/8 ("Contra o crime, um pacto
pela juventude", "Tendências/Debates'). Quem conhece o autor?
Quem o lê? Quem sabe da sua bandeira?
Diz ele no texto: "Se não houver
mobilização para estancar a fonte
que abastece o crime, não haverá
prisões suficientes para dar conta
da violência".
É hora de todos nós, empresários,
sociedade civil, clero, Judiciário e
toda forma de inteligência, abraçarmos essa proposta."
MARIA CLEUZA DIAS GÓES (Osvaldo Cruz, SP)
RDD
"O Regime Disciplinar Diferenciado não tem nada de "cruel" ou de
"desumano" como os apologistas da
aplicação do direito penal mínimo
estão dizendo.
Ao lado da Lei dos Crimes Hediondos, que, aliás, os mesmos apologistas teimam volta e meia em retirar do ordenamento jurídico, é o
RDD, na esfera da execução penal,
uma das poucas normas que os facínoras ainda respeitam e que dá alguma eficácia protetora a essa acuada e violentada sociedade."
PAULO BOCATO, acadêmico de direito (Bauru, SP)
"A discussão sobre o RDD mostra
que a maioria dos brasileiros não
entende que as prisões fazem parte
de um "sistema". E, como qualquer
"sistema", o prisional é composto de
estruturas adequadas para atender
às diferentes necessidades de sua
direção para as diferentes situações
dos diferentes detentos.
Se a sociedade quer que os líderes
do crime organizado não exerçam
sua influência sobre outros criminosos, eles devem ser submetidos
ao RDD durante um período para
terem diminuída a sua capacidade
de liderança. Se, depois desse período em RDD, voltarem às práticas
antigas, devem retornar ao RDD.
Todas essas medidas devem poder ser tomadas pela direção do sistema penitenciário sem a necessidade de permissão do Judiciário.
Quem conhece a "agilidade" do Judiciário sabe o que significa ficar dependente dele para tomar decisões
administrativas como essas."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
Educação
"O editorial "Mais tempo na escola" (Opinião, pág. A2, 18/8), leitura
obrigatória para os formadores de
opinião, repete argumento do candidato a presidente Cristovam
Buarque de que "o Brasil ainda está
à espera de um estadista que transforme a melhoria do ensino público
em obsessão nacional".
Lastimei a falta de referência ao
candidato Cristovam, que faz corajosa pregação nacional e se diz "obcecado pela educação"."
WILAME JANSEN (Recife, PE)
Bancos
"A leitura do artigo do professor
Paulo Batista Nogueira Júnior de
17/8 ("O poder dos bancos no Brasil", Dinheiro) sugere dois pontos
essenciais para o próximo governo:
1. Não para a autonomia do Banco
Central; 2. Restabelecimento da
tributação sobre os lucros extraordinários, com alíquotas progressivas para o cálculo do Imposto de
Renda do sistema.
Caso contrário, o nosso desenvolvimento econômico continuará
medíocre e o mínimo de correção
das desigualdades sociais irá para
as calendas."
MORVAN C. DOLABELLA (Belo Horizonte, MG)
Oriente Médio
"Terroristas matam civis israelenses em shoppings, em pizzarias,
em sinagogas e até explodiram atletas em plena Olimpíada...
Quantos israelenses precisarão
ser mortos para que o mundo se
pronuncie e ache "justo" o revide de
Israel ? Seis milhões?
Não se deve esquecer de que foi o
Hizbollah quem iniciou este conflito, depois de ter sido armado durante os últimos anos pelo Irã e pela
Síria. Não se deve esquecer de que é
este mesmo Hizbollah quem educa
suas crianças para morrer (e virar
mártir) para que o Estado judeu seja "varrido do mapa".
A ONU diz que a defesa de um
país deve ser proporcional à ameaça, e não ao ataque sofrido."
MAURO WAINSTOCK (Rio de Janeiro, RJ)
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