São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio de Mello, advertiu os eleitores sobre a "propaganda enganosa" e disse que não devemos votar em quem promete o que não pode cumprir. Concordo plenamente. Mas devo dizer ao venerável jurista que não vislumbro, na lista dos candidatos que aparecem no horário eleitoral gratuito, nenhum que tenha a aparência de que vá cumprir qualquer coisa que está prometendo tal é a mediocridade de suas mensagens. Pergunto então ao ministro qual seria a atitude mais correta a seguir já que não confio em nenhum candidato?"
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

"O PT e o seu maior mandatário caíram em tanto descrédito e incoerência que já não têm coragem de apresentar aquela outrora orgulhosa estrela vermelha. Por que será? Talvez por causa do mar de lama e corrupção que se espalhou pelo Brasil -arquitetado pelo PT e seus aliados-, aí incluídos o mensalão, os dólares na cueca, a CPI dos Correios, o caso Okamotto, os sanguessugas, a queda dos ministros Dirceu, Palocci etc... Talvez não ostentem a tão idolatrada estrela vermelha e a sigla PT pela vergonha de não terem cumprido o que prometeram durante mais de 20 anos. Um partido como o PT, que se dizia tão ético, que tinha solução para todos os problemas do país, que se auto-intitula o que mais fez em relação aos outros governos, não deveria ter vergonha de ostentar o seu símbolo. O que deu no presidente Lula? Ele também não sabe que é candidato à reeleição pelo PT da estrela vermelha?"
JOEL S. DE FREITAS (São Paulo, SP)

Violência
"Vivemos um momento em que as estruturas dos Poderes consagrados por Montesquieu soçobram ante o descalabro que avança em todas as direções e onde a segurança toma corpo maior. O crime e o narcotráfico crescem desabusadamente. Não são mais apenas as periferias que estão ao sabor dos grupos de fuzilamento. Toda a sociedade está na mira dos que querem o mais perfeito caos. Por isso, nós, cidadãos brasileiros, pedimos ajuda para que tenhamos espaço junto àqueles que estão sujeitos ao nosso voto. O Brasil não pode morrer, e a imprensa está sendo chamada, mais uma vez, a construir um novo e mais digno tempo. Queremos armas para nos defender, quiçá para intimidar. Apenas em legítima defesa as usaremos."
SANDRA SILVA MARIS E BARROS, Movimento pela Legítima Defesa (Alegrete, RS)

"Brilhante, ético, moral, humano e didático o artigo de Oded Grajew de 18/8 ("Contra o crime, um pacto pela juventude", "Tendências/Debates'). Quem conhece o autor? Quem o lê? Quem sabe da sua bandeira? Diz ele no texto: "Se não houver mobilização para estancar a fonte que abastece o crime, não haverá prisões suficientes para dar conta da violência". É hora de todos nós, empresários, sociedade civil, clero, Judiciário e toda forma de inteligência, abraçarmos essa proposta."
MARIA CLEUZA DIAS GÓES (Osvaldo Cruz, SP)

RDD
"O Regime Disciplinar Diferenciado não tem nada de "cruel" ou de "desumano" como os apologistas da aplicação do direito penal mínimo estão dizendo. Ao lado da Lei dos Crimes Hediondos, que, aliás, os mesmos apologistas teimam volta e meia em retirar do ordenamento jurídico, é o RDD, na esfera da execução penal, uma das poucas normas que os facínoras ainda respeitam e que dá alguma eficácia protetora a essa acuada e violentada sociedade." PAULO BOCATO, acadêmico de direito (Bauru, SP)

"A discussão sobre o RDD mostra que a maioria dos brasileiros não entende que as prisões fazem parte de um "sistema". E, como qualquer "sistema", o prisional é composto de estruturas adequadas para atender às diferentes necessidades de sua direção para as diferentes situações dos diferentes detentos.
Se a sociedade quer que os líderes do crime organizado não exerçam sua influência sobre outros criminosos, eles devem ser submetidos ao RDD durante um período para terem diminuída a sua capacidade de liderança. Se, depois desse período em RDD, voltarem às práticas antigas, devem retornar ao RDD.
Todas essas medidas devem poder ser tomadas pela direção do sistema penitenciário sem a necessidade de permissão do Judiciário. Quem conhece a "agilidade" do Judiciário sabe o que significa ficar dependente dele para tomar decisões administrativas como essas." JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

Educação
"O editorial "Mais tempo na escola" (Opinião, pág. A2, 18/8), leitura obrigatória para os formadores de opinião, repete argumento do candidato a presidente Cristovam Buarque de que "o Brasil ainda está à espera de um estadista que transforme a melhoria do ensino público em obsessão nacional". Lastimei a falta de referência ao candidato Cristovam, que faz corajosa pregação nacional e se diz "obcecado pela educação"." WILAME JANSEN (Recife, PE)

Bancos
"A leitura do artigo do professor Paulo Batista Nogueira Júnior de 17/8 ("O poder dos bancos no Brasil", Dinheiro) sugere dois pontos essenciais para o próximo governo: 1. Não para a autonomia do Banco Central; 2. Restabelecimento da tributação sobre os lucros extraordinários, com alíquotas progressivas para o cálculo do Imposto de Renda do sistema. Caso contrário, o nosso desenvolvimento econômico continuará medíocre e o mínimo de correção das desigualdades sociais irá para as calendas." MORVAN C. DOLABELLA (Belo Horizonte, MG)

Oriente Médio
"Terroristas matam civis israelenses em shoppings, em pizzarias, em sinagogas e até explodiram atletas em plena Olimpíada... Quantos israelenses precisarão ser mortos para que o mundo se pronuncie e ache "justo" o revide de Israel ? Seis milhões? Não se deve esquecer de que foi o Hizbollah quem iniciou este conflito, depois de ter sido armado durante os últimos anos pelo Irã e pela Síria. Não se deve esquecer de que é este mesmo Hizbollah quem educa suas crianças para morrer (e virar mártir) para que o Estado judeu seja "varrido do mapa". A ONU diz que a defesa de um país deve ser proporcional à ameaça, e não ao ataque sofrido." MAURO WAINSTOCK (Rio de Janeiro, RJ)

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