São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Esporte As explicações do ministro do Esporte, Orlando Silva, na Câmara dos Deputados só serviram para aumentar ainda mais a nossa desconfiança sobre possíveis irregularidades na pasta. Cá para nós, sua volta imediata do México, onde acompanhava o Pan, e aquele calhamaço de papel que mostrava aos deputados deixaram claro que ele já esperava pelo estouro. Até tu, Orlando?
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

 

Perfeita a análise "Tomba um mártir?", do colunista Hélio Schwartsman (Opinião, ontem), em relação às denúncias feitas ao ministro Orlando Silva. Primeiro: sim, as denúncias são "requentadas", mas, se não prescreveram à luz da lei, podem e devem ser investigadas. Segundo: o fato de o denunciante ser supostamente inidôneo não significa que os inidôneos sempre mentem. Terceiro: é necessário que se dê ao ministro ampla oportunidade de defesa. Não cabe à imprensa ou a qualquer entidade ou pessoa apontar culpa por antecipação.
MAURÍCIO NARDI JR. (Valinhos, SP)

 

Com o recente episódio envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, fica cada vez mais claro que, além da falta de planejamento, de logística, de viabilidade e de retorno social dos investimentos, o Brasil não tem condições morais de sediar a Copa. A Fifa, com suas famosas raposas financeiras, já percebeu esse risco, e os ingleses, que historicamente nunca perderam a oportunidade de efetuar um bom negócio e que já estão preparados para a Olimpíada de 2012, mandaram um aviso mais que direto: já está tudo pronto.
PAULO CAMPOS HARTFORD (São Paulo, SP)

Israel e Palestina
Apesar das concessões de parte a parte, israelenses e palestinos parecem viver num vespeiro. Ao longo da história, a cada acordo firmado, sempre existiu alguém pronto para acender o estopim.
RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

Metrô
É impressionante a quantidade de agressões ocorridas à "luz do dia" no metrô em São Paulo ("Suspeito de abuso sexual no metrô sai da prisão e afirma que é inocente", Cotidiano, ontem). Pior é ter ciência da impunidade, nesse caso, e da banalização dessas atrocidades, uma vez que quadros de humor, transmitidos em uma das maiores redes de comunicação do país, fazem cenas criminosas como essa parecerem ter graça! Inconcebível!
CAROL MARIA PEREIRA (Batatais, SP)

Mercado de trabalho
A reportagem "Custo de mão de obra na construção dispara" (Mercado, ontem) diz que mestre de obras com boa qualificação profissional já consegue ganhar entre R$ 12 mil e R$ 18 mil e que um pedreiro, também qualificado, ganha entre R$ 4.000 e R$ 5.000. Nada contra esses profissionais, absolutamente, mas, na maioria das vezes, nem um engenheiro civil ganha tanto.
Fica a questão: vale a pena estudar tanto para ser alguém, acumular diplomas de graduação e especializações num país que não valoriza a educação?
É óbvio que sim. Tenho certeza de que sim. O errado não é o mestre de obras ou o pedreiro ganharem o que ganham (eles merecem), e sim o país que não remunera decentemente quem passou anos em bancos de faculdade.
FRANCISCO RODRIGUES (Brasília, DF)

Lixo hospitalar
No caso do lixo hospitalar, o governador de Pernambuco põe a culpa nos americanos e chama de bandidos o exportador e os lojistas que compraram o material. Já o dono de um hotel que usava os lençóis diz que não entendia o que estava escrito neles, embora as palavras "hospital" e "medical" sejam facilmente conhecidas em qualquer parte do Ocidente. O dono da empresa que importou o tecido, por sua vez, diz que foi vítima de golpe. Em suma, o brasileiro não falha; fala, afirma e diz.
ROBERTO RIOS (São Paulo, SP)

Ilustríssima
Causou-me espanto o texto "A viúva de quatro", de Juliana Frank (Ilustríssima, 16/10). O palavreado chulo se presta a outro tipo de jornalismo, que, tenho certeza, não o da Folha.
Ao ver um canal televisivo com conteúdo que não nos agrada, temos o recurso do controle remoto. O jornal, por outro lado, é lido por adultos, jovens e crianças, estas últimas nem sempre preparadas para compreender tal tipo de literatura. Acho que a escritora errou o endereço para publicar o artigo. Talvez fosse mais indicado para a "Playboy", a "Hustler" ou outra do gênero.
CARLOS ALBERTO LINDEMBERG (Belo Horizonte, MG)

Enem
Somos alunos do terceiro ano do ensino médio e gostaríamos de ressaltar a importância do peso da redação no Enem. Ao fazer um texto, é necessário elaborar ideias, o que é uma habilidade muito cobrada no mercado de trabalho, já que as empresas procuram pessoas que saibam se comunicar de forma clara.
IGOR ANELLI E GUSTHAVO LIMA (Ribeirão Preto, SP)

Saúde
Bastante oportuna a entrevista da psiquiatra Marcia Angell ("Estamos dando veneno para as crianças", Saúde, 18/10). As crianças são as vítimas mais desprotegidas desse cruel mercado farmacêutico. E nem se fale das crianças "ocultas e transparentes" que estão nos abrigos à espera de uma família que as acolha.
A criança fora da estrutura familiar, vivendo muito tempo em uma instituição, mostra-se, muitas vezes, ansiosa, revoltada, agitada, indignada. E, assim, na rotina triste dessas histórias que ninguém vive ou vê, é possível pensar que esse comportamento rebelde possa ser diagnosticado como a famosa hiperatividade. E dá-lhe medicamentos!
E, na sequência cruel dos fatos, muitos pretendentes à adoção não aceitam "crianças com problemas psiquiátricos". De estigma em estigma, a criança segue rejeitada e sob efeitos de "eficientes medicamentos".
DORA MARTINS, juíza da Infância e Juventude do Foro Central de São Paulo (São Paulo, SP)

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