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São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Fraudes nos EUA
"Na função de diretor-presidente da Adelphia Comunicações S.A., empresa nacional que entre seus sócios possui uma participação minoritária de Adelphia Communications, empresa norte-americana citada na matéria "Fraudes nos EUA têm elo no Brasil", da edição de domingo, devo informar que: a) A empresa americana Adelphia Communications possui, desde agosto de 95, participação minoritária na STV Comunicações S/A, empresa brasileira, operadora de TV por assinatura, em funcionamento desde 1988 nas cidades de Pelotas e Rio Grande, no RS, hoje com mais de 17.000 assinantes. b) A empresa americana Adelphia Communications possui, desde 98, participação minoritária na Adelphia Comunicações S.A., empresa brasileira que opera em 13 cidades do Brasil, com mais de 23 mil assinantes. c) Não fomos procurados para confirmar a afirmação contida na matéria segundo a qual "A Adelphia Communications inventou por dois anos a existência de 15 mil assinantes". Se tivessem nos procurado, facilmente comprovaríamos a existência desses assinantes com documentos da corporação ou com documentos de conhecimento público disponíveis no site da Anatel. Como leitor assíduo da Folha, fiquei surpreso pelo destaque dado a essa informação inverídica."
Paulo Cézar R. Martins, diretor-presidente da Adelphia Comunicações S.A. (São José dos Campos, SP)

Resposta do jornalista Marcio Aith
A Adelphia Comunicações S.A., empresa cujo diretor-presidente assina a carta acima, não foi mencionada no processo movido pela SEC (Securities and Exchange Commission, fiscal dos mercados nos EUA) nem na reportagem da Folha. A SEC entende que a Adelphia Communications, baseada nos EUA, não controla afiliadas consolidadas no Brasil e que inflou artificialmente o número de assinantes básicos de TV por assinatura.


Governo FHC
"A despeito do caráter superficial e adjetivo do artigo do astrônomo Rogério Cezar de Cerqueira Leite [publicado na pág. A3 de 19/1], avaliando as realizações dos oito anos de FHC, surpreendeu-me -além do completa ignorância sobre os dados e as causas reais dos avanços do Brasil nos últimos oito anos- que ele, como membro do Conselho Editorial da Folha, não tenha sido informado de todos os fatos e documentos que apresentei à imprensa em geral e à Folha, evidenciando a absoluta falta de fundamento na campanha que outrora se moveu contra mim e que soçobrou na ausência de indícios que fundamentassem quaisquer das acusações e na montanha de provas que corroboraram a lisura de todos os meus procedimentos nas funções públicas e privadas que ocupei. Tivessem mostrado ao articulista tal documentação, ele não cometeria a gafe de elogiar, sem restrição, a simbiose entre mídia e promotores federais que no Brasil assume, algumas vezes, caráter tipicamente nazi-fascista e que, em qualquer país evoluído, resultaria em punição exemplar contra os detratores gratuitos que se utilizaram de cargo público para promovê-la. Como o astrofísico se mostra um admirador sólido de Ionesco, não sei se, por seu artigo, merece ser comparado a um Rinoceronte retardatário que repete e acolhe sem críticas o que ouviu ou ao Mestre que não tinha cabeça. Na dúvida, prefiro acreditar que sua laureada mente perdeu o senso... de tanto ouvir estrelas."
Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência da República de 1995 a 1998 (Brasília, DF)

"O artigo do professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite é brilhante e oportuno. Os indícios são fortes de que Fernando Henrique Cardoso concorre ao título de melhor ator e ilusionista do Brasil."
Ricardo Geretto Kortas (São Paulo, SP)

Planejamento familiar
"Brilhante o artigo da sra. Cacilda Teixeira da Costa (20/1, pág. A3). O planejamento familiar é um direito a que todos os brasileiros fazem jus, mas parece que nossos políticos e legisladores agem como alguns religiosos que só pretendem aumentar seus rebanhos."
Maria da Penha Sodré Alves (São Paulo, SP)

Reforma da Previdência
"Cumprimentamos esse jornal pela entrevista com o presidente da CUT, João Antônio Felício (18/1), a respeito da reforma da Previdência. É preciso acabar com os privilégios."
José Walsh (Curitiba, PR)

"Estamos todos de acordo quanto à reforma da Previdência. Há quase um consenso nacional. Só não posso concordar com a extrema inabilidade política com que os ministros vêm tratando o tema. A todo momento praticam um verdadeiro terrorismo psicológico contra o funcionalismo público, mas apenas contra o pequeno funcionário."
Waldenyr Caldas (São Paulo, SP)

Inflação da Petrobras
"Para combater a inflação, é preciso controlar o custo dos derivados produzidos pela Petrobras. Vamos cortar os abusos dessa estatal do petróleo a fim de favorecer o país como um todo."
Tito Livio Fleury Martins (São Paulo, SP)

Contra o álcool
"Gostaria que os profissionais da mídia falassem dos males gravíssimos que causam as bebidas alcoólicas. Por que será que os meios de comunicação não criticam propagandas de bebidas?"
Francisco Rodrigues Porto (São Paulo, SP)

Manancial ou esgoto?
"O lixo jogado nos córregos de boa parte da cidade de São Paulo vem parar na Guarapiranga (imagino que na Billings ocorra o mesmo). Esse problema aumenta e muito com as chuvas fortes. Alguém tem que tomar uma atitude rapidamente antes que o nosso manancial vire realmente um esgoto!"
Dino Mottinelli Filho (São Paulo, SP)

Zurros e argumentos
"Em seu artigo "Zurros e argumentos" (pág. A3, 16/1), Celso Lafer foi agudo e contundente, sem perder a elegância nem a serenidade na resposta às injúrias que lhe dirigiu o economista Paulo Nogueira Batista Jr. Este moço de fala mansa e dissimulada está excedendo os limites na intolerância sistemática que dedica ao governo FHC, traindo em seu maniqueísmo cego e obstinado a conformação arcaica de uma personalidade rancorosa e intoxicada de ressentimento. Estava precisando de uma boa lição para colocá-lo no devido lugar. As palavras de Lafer valem também para o colunista Vinicius Torres Freire que, em artigo de 12/1 (pág. A2), surfa irresponsavelmente na turva esteira do filho daquele digno embaixador Paulo Nogueira Batista. Atacar Celso Lafer, mais do que uma injustiça, revela incurável obtusidade. Paulo e Vinicius teriam muito que aprender com o ex-ministro. Em primeiro lugar, a educação. Em segundo lugar, o sentido da vida levada como missão, dedicação plena e desinteressada a uma causa maior do que nós mesmos. Em terceiro lugar, um pouco da história do Brasil e do Itamaraty para entenderem melhor a atuação do ex-chanceler. Celso Lafer foi o principal agente da nova etapa da República protagonizada por FHC, a etapa supranacional, caracterizada pela busca do desenvolvimento pela inserção do Brasil no mundo. Maniqueísmo, rancor e facciosismo ideológico são categorias superadas entre nós desde a eleição de Lula. Os simpatizantes do líder petista não podem querer ser mais realistas do que o rei."
Gilberto de Mello Kujawski (São Paulo, SP)


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