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PAINEL DO LEITOR
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Dengue
"A saúde brasileira é tratada com
descaso inqualificável. Espera-se a
epidemia e depois se constroem
tendas para abrigar os doentes. Como numa guerra anunciada.
O avanço da dengue no Rio em
nada difere das inúmeras greves na
saúde, da falta de leitos nas emergências, do salário aviltante dos médicos, das filas intermináveis, dos
milhares de mortes perfeitamente
evitáveis. Inevitável é cada governo
explicando o inexplicável. Jogando
a culpa na herança maldita. Herança que agora inclui mosquitos.
A saúde brasileira é tratada como
um jogo de pingue-pongue político.
Toma, Ping, que a culpa é tua! Nem
vem, Pong!"
ROBERTO VIEIRA (Camaragibe, PE)
"Segundo Carlos Brisola Marcondes ("Painel do Leitor", 21/3), a culpa pela dengue não se restringe só
ao governo, mas se deve à população também -o governo não teria
como controlar cada quintal, caixa-d'água e calhas numa cidade gigantesca como o Rio. É necessário lembrar que países como França e Alemanha não têm caixa-d'água nas
casas, têm um sistema limpo e que
não deixa faltar água.
O melhor sistema de distribuir
água é o tubular, o meio mais barato
que existe e adotado em todo o
mundo. Mas nós, como somos o
país do futuro, pretendemos adotar
aquedutos na Amazônia e fazer um
rio artificial para "transpor" as águas
do São Francisco, conceito da época
de d. Pedro 2º. Por quê?"
BRAR BRAREN SOLER (São Paulo, SP)
Trânsito
"Tenho 58 anos e vi muitas eleições municipais. Era impressionante como a maioria dos paulistanos se empolgava com governadores e prefeitos que falavam de minhocões, avenidões, supertúneis e
outras pirotecnias sem o menor
planejamento -e que foram acintosamente superfaturados.
Quem errou? Nós, eleitores, acreditando que ficar horas a fio dentro
de um carro é o paraíso, os candidatos sem escrúpulos, que não planejaram transporte em massa (coisa
de pobre!), ou todos nós?
E agora, cidadãos, em quem pôr a
culpa: só nos últimos governantes,
em nós ou em todos?"
FRANCISCO XAVIER FERNANDEZ (São Paulo, SP)
"Com relação à carta do sr. Alberto Semer ("Painel do Leitor", 21/3),
causa espanto maior ainda o preço
do IPVA, pois não é revertido em
benefício para quem o paga. Se o
transporte público fosse bom, ninguém se sujeitaria a pagar prestações pelo resto da vida. Aconselho-o a tomar o metrô entre 7h e 8h em
qualquer estação da zona leste para
ver se consegue entrar nos vagões
superlotados. Aconselho-o a dirigir-se da zona leste à zona sul usando a integração Metrô-CPTM para
ver se não levará duas horas.
O que causa espanto é os responsáveis pelo trânsito não usarem
transporte público. Eles é que não
deveriam ter carro. O problema é
que o pobre não reclama, pois já se
acostumou a não ser ouvido. E,
quando se instala o caos, a culpa é
do não-licenciamento ou não-pagamento do IPVA?"
MARIA DILMA WATANABE (São Paulo, SP)
Células-tronco
"Parabéns pelo artigo "O voto assombroso de Ayres Britto", de Jaime Ferreira Lopes e Hermes Rodrigues Nery ("Tendências/Debates",
21/3). Esse artigo mostra que não é
do lado dos protetores dos embriões humanos que as pessoas têm
a mente obnubilada por conceitos
medievais."
LUIZ ANTÔNIO DA SILVA (São Paulo, SP)
"Os senhores Jaime F. Lopes e
Hermes R. Nery fizeram, em seu artigo, uma grosseira distorção das
idéias de Albert Camus.
Em "O Homem Revoltado", Camus deixa claro que a revolta metafísica é antes de tudo fruto da insatisfação do homem com sua criação
e sua condição de mortalidade, fragilidade e abandono no universo.
Ela é sucedida pela revolta histórica, esta sim o aspecto central do livro, pois Camus condena os assassinatos cometidos em nome de causas políticas baseadas na idéia de
que os fins justificam os meios.
Equiparar os assassinatos de seres
humanos cometidos com fins políticos à utilização de células-tronco
embrionárias para fins terapêuticos é uma mistificação absurda."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)
Prisões provisórias
"O ministro Gilmar Mendes tem
toda a razão ao apontar o excesso de
prisões provisórias decretadas por
juízes e tribunais em todo o país. O
quadro é ainda pior em se tratando
de adolescentes. Precisamos saber
o impacto dessas práticas nas finanças públicas e na vida dos jovens e
adolescentes pobres que sofrem os
seus efeitos. E precisamos saber por
que as autoridades resistem tanto à
jurisprudência do STF e do STJ sobre o tema."
LUÍS FERNANDO C. B. VIDAL, juiz de direito da 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude de São Paulo (São Paulo, SP)
Orçamento
"Eu, como mera (é assim que me
sinto) cidadã, pagadora dos meus
impostos e cumpridora dos meus
deveres, fico indignada e revoltada
com a notícia "Brecha mantém
emendas "rachadinhas" no Orçamento" (Brasil, pág. A4), pois tais
brechas são uma porta aberta e larga para a corrupção. Como eu queria ter um jeito de mostrar minha
raiva e poder fazer algo para impedir que essa emenda passe. Por favor, vocês que têm alguma força, fiquem em cima desse assunto."
CRISTINA REGGIANI (Santana de Parnaíba, SP)
Direita e esquerda
"Completamente dispensável a
coluna de Nelson Motta de ontem
("Frases obscenas", Opinião). Não é
possível que alguém ainda se espante com o fato de o PT não ser de
esquerda. O PT é de direita há muito tempo. Quem tem dúvida que
pergunte ao PSOL.
É também de uma ingenuidade
sem tamanho "acusar" o PT de possuir um discurso de esquerda. Ora,
pois se nem o Democratas (que estão muito mais para republicanos)
se assume de direita, por que o Partido dos Trabalhadores o faria?"
JOÃO FILIPE MAGNANI, professor (Curitiba, PR)
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