São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Em defesa dos leigos
"Comovente o artigo de ontem de Roberto Romano ("Tendências/Debates'). Desde quando um douto sábio afirmou que "quem crucificou Cristo foi a opinião pública", faltava uma grande resposta para nos defender à altura. Obrigado, Romano."
Rogério Bonsaver (São Paulo, SP)

Retratação
"Gostaria de me retratar publicamente com relação à minha carta publicada no "Painel do Leitor" de 21/8. Não fui feliz ao escrever a frase "...não são verdadeiras as palavras a mim atribuídas na reportagem...". O objetivo da carta era apenas evitar acusações sobre a autoria dos grampos colocados em minha residência, assunto abordado em reportagem de Mario Sergio Conti de 19/8."
Luís Roberto Demarco (São Paulo, SP)

Discordar
"Carlos Heitor Cony, dessa vez discordo de sua opinião (acho que pela primeira vez). A tripulação do submarino russo não morreu por "ter se metido num troço daqueles". Morreu, sim, por negligência e incompetência do governo russo em salvá-los e pela soberba das autoridades, que não pediram ajuda estrangeira imediatamente. Não sei, também, até que ponto os jovens russos escolhem seguir ou não a carreira militar."
Suzana Mara de Carvalho Vernalha (São Paulo, SP)

Delegados
"Sobre a opinião externada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Velloso, a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, que congrega cerca de 14 mil delegados de polícia -estaduais e federais-, contesta respeitosamente o posicionamento por ele assumido, por nada de construtivo apresentar na busca de melhores soluções no combate à criminalidade e à violência no país. Acrescente-se que, ainda nesta semana, no Ministério da Justiça, em Brasília, a comissão incumbida de estudar a reforma do Código de Processo Penal coordenará amplo debate a respeito do assunto. Acreditamos que a posição assumida é nitidamente pessoal, e não institucional. Em que pese a nossa discordância, respeitamos a opinião do ministro, pois a democracia e o Estado de Direito nos ensinam que esse ainda é o melhor caminho."
Jair Cesário da Silva, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (São Paulo, SP)

No asfalto
"A lei do trânsito ainda não resolveu quase nada para colocar nossos carros -e nossos motoristas- no caminho correto e pacífico da responsabilidade social. A lei do mais forte e do mais desajuizado ainda prevalece. E manda. E mata. As multas pesadas, em terras brasileiras, serão sempre de pouca valia e de pouco consolo para as vítimas. Aliás, que consolo poderá haver para quem perde a mãe, a mulher ou o filho no trânsito?"
Renzo Sansoni (Uberlândia, MG)

Estadista
"Os parlamentares federais deram um péssimo exemplo à nação. Eles se "auto-anistiaram" de pagar multas aplicadas pela Justiça Eleitoral nos pleitos de 1996 e 1998. O [ " presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, já tinha vetado o projeto de anistia que fora votado pelo Congresso -mostrando que realiza atos de verdadeiro estadista-, mas os parlamentares conseguiram derrubar o veto presidencial. E em votação secreta. Temos que atentar para a gravidade da situação, estamos em pleno período eleitoral, que exemplo estão dando esses políticos desonrados aos concorrentes para os atuais cargos municipais? Vamos lá, candidatos! A Justiça Eleitoral não vale nada, vamos transgredir; é o vale-tudo indiscriminado, mais tarde outra anistia virá e os crimes cometidos ficarão impunes. Leva vantagem o candidato que avançar ilegalmente na conquista do voto. Os que preferirem seguir a lei, andar dentro da legalidade, ficarão em desvantagens por estar concorrendo em condições inferiores."
Fernando Marrey (São Paulo, SP)

Ficção e realidade
"A atuação dos nossos políticos lembra-me o livro "A Revolução dos Bichos". Quem o leu, com toda a certeza não deixará de traçar paralelos, pois as ações são as mesmas. Para quem não se recorda ou não leu, os porcos, que eram os animais dominantes, mudavam ou faziam leis em seu próprio benefício. Qualquer semelhança não será mera coincidência."
Washington Luiz Narcizo (São Vicente, SP)

Menção
"Relativamente à menção do juiz classista Mauro César Martins de Souza, incluído na questionável lista do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira, deve-se ressaltar que se trata de um eminente jurista que, por longos anos, foi juiz classista de primeira instância na antiga Junta de Conciliação e Julgamento de Presidente Prudente, sendo um paradigma na sua atuação independente. Lastimo o episódio envolvendo o ex-secretário-geral, mas tenho certeza, como todos os que o conhecem, de que a nomeação do dr. Mauro César decorre exclusivamente do seu talento e da sua dedicação à causa do direito."
Lúcia da Costa Moraes Pires Maciel (Presidente Prudente, SP)

Arma popular
"O voto é uma arma de que a sociedade dispõe para melhorar a sua própria vida. Principalmente para os mais carentes. As camadas mais altas da sociedade não necessitam tanto do Estado como as classes mais pobres. O rico não precisa de creche, de transporte coletivo ou de escola pública. Mas não é isso o que vem acontecendo. O povo brasileiro faz do voto uma roleta-russa que, na maioria das vezes, acerta sua própria vida. E, quanto mais simples a sociedade, pior. Não que o pobre não saiba votar. Mas o pobre de estudo e pobre de espírito, sem nenhuma consciência eleitoral, acaba enganado e iludido por falsas promessas e falsos políticos. O voto é importante. Mas nem tanto. Com uma maioria desinformada e até analfabeta sendo comprada, escolhendo nossos dirigentes, o projeto de um Brasil brilhante fica adiado temporariamente."
Chéster Martins Filho (Orlândia, SP)

Passividade
"É um verdadeiro descalabro a atitude do governo federal no que se configurou "o caso Banespa".Um dos maiores bancos estatais que este país já teve está sendo irresponsavelmente mal administrado e sucateado pelo governo federal, que não investe na recuperação de créditos do banco, em tecnologia, em marketing e em novos produtos. É um absurdo que o próprio diretor de Dívida Pública do Banco Central, Carlos Eduardo de Freitas, admita que a atual administração do Banespa pelo governo federal é passiva, ou seja, voltada para apenas manter o banco funcionando (perdendo espaço e ficando para trás no difícil e concorrido mercado financeiro), enquanto aguarda a sua privatização."
Maria Maharane das Graças Svetlosak (São Paulo, SP)

Elogios
"Venho por meio desta carta elogiar a Redação da Folha devido à grande qualidade de seus redatores e à maneira como as reportagens são abordadas. Gostaria também de parabenizá-los pelas excelentes colunas e as cartas dos leitores, dando espaço para que estes exponham suas opiniões e reclamações."
Gabriel Duvidovich (São Paulo, SP)



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