São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Instituição séria
"Como estudante de escola particular reconhecida como uma das melhores na minha cidade, prestei o Enem em 2000, em 2001 e em 2002. Obtive os aproveitamentos de 80%, 80% e 85%.
Posso acrescentar uma informação relevante. Embora o Enem se tenha universalizado nos últimos dois anos, creio a causa do fracasso ser não somente um pior nível dos alunos mas, principalmente, o maior grau de dificuldade das questões. A meu ver, esse grau agora é adequado.
Como o exame vem sendo cada vez mais empregado como complemento aos vestibulares, é fundamental que assim permaneça: uma instituição séria."
Renata Gonçalves Campos (São José do Rio Preto, SP)

Prioridades
"Com tanta coisa para ser feita no Rio de Janeiro, o prefeito Cesar Maia elegeu os camelôs como prioridade e quer expulsá-los do centro da cidade.
Por que punir os camelôs? Por que não organizá-los? Impedir a venda de produtos piratas é correto. Como também é correto fazer uma fiscalização severa para impedir a venda de produtos roubados. Mas não é correto impedir o trabalho e tratar o cidadão como bandido.
Alguém tem de lembrar ao prefeito que ninguém é camelô porque quer. É melhor um camelô na rua do que um bandido na esquina."
Emanuel Cancella (Rio de Janeiro, RJ)

Mandatos
"Impressionante a falta de consideração do PT em relação aos eleitores. Será que Pallocci seria eleito prefeito se o eleitorado de Ribeirão Preto soubesse que ele não cumpriria o seu mandato? Provavelmente não, ou ele não teria adotado o expediente hipócrita de registrar em cartório algo que, verifica-se agora, vale exatamente o que vale a sua palavra: nada.
Falam em Mercadante para o ministério. O suplente dele teve algum voto? O mesmo raciocínio vale para o José Dirceu."
Paulo Roberto da Silva Gomes (Rio de Janeiro, RJ)

Estradas
"Em relação à reportagem "Agência terceiriza fiscalização de estradas" (Cotidiano, pág. C7, 20/11), a Artesp -Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo esclarece fatos importantes que não foram bem abordados, o que acabou prejudicando o entendimento do leitor.
1. As empresas foram contratadas para realizar as tarefas de apoio e de coleta de informações nas áreas de projetos, obras de ampliação e melhoramento, operação rodoviária, conservação, comunicação e assuntos ambientais. Todas essas atividades são controladas por meio de relatórios mensais devidamente analisados e comentados.
2. Essas contratações e os serviços estão previstos na lei complementar nº 914, de 14 de janeiro de 2002, no artigo 5º, inciso primeiro, que criou a agência, e também no decreto nº 46.708, de 22 de abril de 2002, capítulo II, inciso XXXV, que regulamentou a lei. A legislação autoriza a Artesp a contratar com terceiros a execução de serviços complementares e de apoio aos de sua competência.
3. O valor total dos contratos -R$ 39,5 milhões- refere-se ao limite estabelecido para efeito de dotação orçamentária, no total de contratação de dez empresas, para o período de 30 meses. Isso significa que, para cada empresa, o limite médio é de R$ 131,5 mil por mês para realizar os serviços mencionados acima. O pagamento será feito por tarefas efetivamente executadas, o que resultará em valores menores.
4. Vale destacar que os técnicos dessas empresas não são fiscais, e sim coletores de informações. Apenas os funcionários da Artesp podem autuar as concessionárias de rodovias em casos de não cumprimento dos contratos.
5. A Artesp entende que a contratação das empresas de apoio à fiscalização é a forma mais econômica e eficaz de realizar esse trabalho. Caso contrário, teria de contratar cerca de 150 pessoas -com remuneração de um profissional de nível superior e com todos os encargos trabalhistas- e ainda sustentar a estrutura funcional (incluindo 50 veículos) também no interior do Estado. Ao final desse período, a Artesp vai avaliar a necessidade de continuar ou não com o apoio à fiscalização. É certo que grande parte das tarefas contratadas não serão necessárias no futuro, fato esse que desaconselha a montagem definitiva dessa estrutura."
Adherbal Vieira, assessor de imprensa da Artesp (São Paulo, SP)

Democracia à brasileira
"Em relação à condenação do jornalista Luís Nassif, gostaria de dizer que, se a habilidade da caneta censora for a mesma dos que se armam pela opressão, não há com o que se preocupar: o tiro certamente sairá pela culatra. É, Luís Nassif, a democracia à brasileira não é fácil."
Rodrigo Formiga Sabino de Freitas (Brasília, DF)
 

"Gostaria que o jornalista Luís Nassif recebesse a minha solidariedade.
Essa decisão da 6ª vara criminal é absurda. Ela será revertida, tenho certeza."
Mauro Salles, (São Paulo, SP)

Professores
"Em relação à carta "Respeito aos professores" ("Painel do Leitor", 17/11), da leitora Anna Rita Alves Soares, a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo esclarece que a municipalização da educação é uma prerrogativa que cumpre a Constituição Federal de 1988 e a lei federal 9424/96, que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério -Fundef.
A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo tem o cuidado de efetivar o convênio Estado-município para o ensino fundamental sempre com a garantia de que os professores estaduais efetivos, que são cedidos pelo Estado para o município, permaneçam na cidade -recebendo seus vencimentos também pelo Estado e com todos os direitos garantidos de acordo com o convênio de parceria. Cabe ao professor optar por permanecer ou não na escola municipalizada.
No caso de Anna Rita Alves Soares, a Diretoria de Ensino de Taubaté, que também jurisdiciona as escolas do município de Paraibuna, informa que a leitora é professora PEB I, titular de cargo da E.E. Dr. Cerqueira César, e que, atualmente, encontra-se afastada do cargo pois está designada como vice-diretora da mesma escola. Essa unidade escolar ainda não foi municipalizada. Caso isso aconteça, a prefeitura permanecerá com os professores efetivos da rede estadual. Como já foi explicado, caberá à professora decidir se continuará ou não ministrando aulas na escola em que é titular."
Carlos Magagnini, coordenador de comunicação e imprensa da Secretaria de Estado da Educação (São Paulo, SP)


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