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BALANÇO POSITIVO
As contas externas brasileiras
registraram excelentes resultados em janeiro, fruto do desempenho das exportações e da liquidez internacional. Segundo o Banco Central, a balança comercial apresentou
um superávit de US$ 1,6 bilhão. Com
isso, as transações correntes -saldo
das compras e vendas de bens e serviços com o exterior- foram superavitárias em US$ 669 milhões.
A conta de capital e financeira também apresentou resultado notável,
com superávit de US$ 3,8 bilhões. As
captações de médio e longo prazo totalizaram US$ 3 bilhões, e o investimento estrangeiro direto, US$ 1 bilhão. A taxa de rolagem dos empréstimos do setor privado alcançou
230% das parcelas da dívida externa
vencidas no período. Isso significa
que os mercados financeiros internacionais ofertaram recursos para as
empresas brasileiras acima de suas
necessidades de pagamentos dos débitos anteriores.
Esses resultados em transações
correntes e no fluxo de capitais estrangeiros permitiram o aumento
das reservas brasileiras em divisas
(descontando os aportes do Fundo
Monetário Internacional), que saltaram de US$ 20 bilhões em dezembro
de 2003 para US$ 25 bilhões com as
compras do BC, sem grandes oscilações na taxa de câmbio.
A dívida externa, no entanto, atingiu US$ 219,7 bilhões em novembro
de 2003, correspondendo a 44,4% do
PIB, persistindo, em termos relativos, como a maior entre as economias emergentes.
Em que pesem alguns aspectos
bastante positivos, os indicadores
continuam demonstrando elevada
vulnerabilidade externa da economia
brasileira, o que exige que o país continue perseguindo expressivos saldos comerciais.
As expectativas, quanto a isso, permanecem boas para este ano, mas
ainda assim é preciso aprofundar as
políticas de comércio exterior e monitorar o comportamento da taxa de
câmbio, sobretudo em um cenário
de crescimento do mercado interno,
que provocaria um aumento importante das importações.
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