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PAINEL DO LEITOR
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Judiciário
"Janio de Freitas respeita a inteligência do leitor, as instituições do
país e a honra dos magistrados
("Brasilidades em geral", caderno
Brasil de ontem, pág. A 17).
O Judiciário não é o que alguns
de seus integrantes, infelizmente,
parecem demonstrar nestes tempos de exuberante trabalho da Polícia Federal. O jornalista usa uma
ferramenta típica dos juízes: o direito é a medida das coisas. E, assim, tenta evitar generalizações,
tão deletérias àqueles que trabalham pela justiça de nosso país."
EVANDRO PELARIN , juiz de direito
(Fernandópolis, SP)
"Socorro, chamem o ladrão!
A última fortaleza, ou seja, a última esperança de defesa do cidadão
acaba de tirar a máscara. O Judiciário está se mostrando tão leniente
quanto o Legislativo e o Executivo.
Aí está a explicação de por que a
bandidagem manda no Rio de Janeiro e em todo o Brasil."
EVALDO MAURICIO DE SOUSA (Brasília, DF)
Células-tronco
"Com sua afirmação em relação à
doutora Mayana Zatz ("Fonteles
acusa cientista de ter viés judaico",
Ciência, 21/4), o franciscano Cláudio Fonteles mostra que possui a
maior "qualidade" de um anti-semita: a ignorância em relação ao judeu
e ao judaísmo.
Ao judeu porque, sendo a doutora
Zatz uma judia não-religiosa, provavelmente não se apóia em religião para se posicionar profissionalmente. Ao judaísmo porque este
considera que a consciência ou a alma se une ao embrião após 40 dias
da fecundação.
Cláudio Fonteles deveria falar
apenas sobre catolicismo. Talvez
disso ele entenda."
LEONARDO POTOLSKI (São Paulo, SP)
"Muito me admiram as insinuações anti-semitas do franciscano
Cláudio Fonteles.
A ética ocidental deriva da ética
judaico-cristão-maometana. Não é
prerrogativa da Igreja Católica nem
é absoluta e imutável. Resulta do
avanço da cultura, que inclui a ciência. Os valores éticos não derivam
de leis da natureza (como as leis da
gravitação ou mesmo as evidências
da origem do universo ou do homem), são um parâmetro essencial
para a humanidade coexistir, o que
diariamente é desafiado por países,
grupos e indivíduos, crentes ou ortodoxos, às vezes em nome da própria ética. Basta lembrar as Cruzadas, a Inquisição, o Holocausto e as
contínuas guerras que, apesar de
proclamar valores, freqüentemente
representam interesses de grupos.
Numa sociedade que tem a capacidade de analisar evidências (como
o que conhecemos sobre a origem
do universo e do homem), o direito
de opções individuais, desde que
não afetem o direito de terceiros,
deve ser respeitado.
Ignorar que um milhão de mulheres pobres se sujeitam a optar
pelo aborto, quando deveriam ser
educadas e ter acesso a processos
anticoncepcionais, não pode ser
imposição antiética de determinada religião integralmente praticada
por uma parcela limitada da população."
ISAÍAS RAW , pesquisador -Instituto Butantan
(São Paulo, SP)
Aborto
"Como cidadão e como médico,
não poderia deixar de expressar a
minha satisfação pela iniciativa do
ministro da Saúde, doutor José Gomes Temporão, de propor um plebiscito que vai dar oportunidade à
sociedade brasileira de discutir e
decidir se o aborto é uma questão
criminal ou de saúde pública.
Pessoalmente, não sou a favor do
aborto, porém tratá-lo como crime
chega a ser um absurdo. Assim, concordo plenamente com a posição
defendida pelo doutor José Aristodemo Pinotti em seu artigo na coluna "Tendências/ Debates" de 21/4.
Basta de hipocrisia e discriminação."
WILSON PEREIRA DE SOUZA (São Paulo, SP)
Brasília
"A coluna de Fernando Rodrigues de sábado ("Brasília, 47", Opinião, pág. A2) é um primor se a entendermos pelo que ela é de fato: revelação dos preconceitos do autor
contra Brasília, contra servidores
públicos e contra os brasilienses,
cuja única ambição seria "prestar
concurso".
O texto parece ter sido retirado
das páginas da antiga "Tribuna da
Imprensa", onde Carlos Lacerda e
outros destilavam ódio à capital em
construção como forma de atingir
Juscelino Kubitschek.
Fernando Rodrigues diz que mora há 11 anos em Brasília e conhece a
cidade, conhece os locais. Permito-me discordar disso: ele não conhece
nem a cidade nem os locais onde vivem e convivem mais de dois milhões de habitantes, muitos dos
quais já pertencem a uma segunda e
até a uma terceira geração nascida
aqui. Diferentemente do que ele
pensa, Brasília não se restringe aos
corredores do poder no Congresso
e na Esplanada dos Ministérios
nem às lareiras de algumas casas do
Lago Sul.
O jornalista necessita urgentemente de uma compensação por estes 11 anos de tortura no "calor subsaariano" de Brasília. A Folha será
muito injusta se não lhe oferecer
pelo menos uns seis meses como
correspondente em Paris. Como alternativa, Bagdá."
ELICIO PONTES , professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (Brasília, DF)
Foto errada
"A Universidade Federal de Juiz
de Fora, a Faculdade de Direito da
UFJF e o órgão de execução da Procuradoria Geral Federal junto a esta autarquia, em razão da reportagem "Procurador vê indícios de que
ministro do STJ levou propina", publicada na Folha na edição de 18 de
abril de 2007, à página A4 (especificamente no tocante à equivocada
reprodução da fotografia do professor Paulo Roberto de Gouvêa Medina, que não é "ministro do STJ" e
tampouco é a pessoa da qual trata o
texto da reportagem), vêm tornar
públicos o seu lamento e o seu
constrangimento pelo fato de a
imagem do referido professor, doutor Paulo (Roberto de Gouvêa) Medina, ter sido objeto de tão infeliz
confusão.
A propósito, reconhecemos a
correta conduta da Folha em prontamente apontar o erro em sua edição do dia 19/4, nas seções "Painel
do Leitor" e "Erramos" (pág. A3).
Assim, registramos que o professor Medina é advogado da mais elevada competência e mantém conduta ética e profissional ímpares,
com renome e reconhecimento nacionais, sendo ainda conselheiro federal, pelo quinto mandato consecutivo, da Ordem dos Advogados do
Brasil (de cuja Comissão de Ensino
Jurídico foi presidente ao longo de
duas gestões).
Por isso, esta universidade e esta
faculdade -que muito devem a este
eminente professor, não só pela sua
instituição e consolidação como
pelo seu desempenho de excelência- enfatizam aqui, publicamente,
a sua honra e o seu orgulho por
contar com a inexcedível contribuição que o professor Paulo (Roberto
de Gouvêa) Medina vem prestando
a elas como a todo o meio jurídico
brasileiro em geral, tanto no magistério como na advocacia."
HENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO , reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora,
NILSON ROGÉRIO PINTO LEÃO , secretário de Assuntos Jurídicos da UFJF,
DENIS FRANCO SILVA , procurador-chefe da Procuradoria Federal junto à UFJF,e
MARCOS VINÍCIO CHEIN FERES , diretor da Faculdade de Direito da UFJF (Juiz de Fora, MG)
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