São Paulo, segunda-feira, 23 de abril de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Judiciário
"Janio de Freitas respeita a inteligência do leitor, as instituições do país e a honra dos magistrados ("Brasilidades em geral", caderno Brasil de ontem, pág. A 17). O Judiciário não é o que alguns de seus integrantes, infelizmente, parecem demonstrar nestes tempos de exuberante trabalho da Polícia Federal. O jornalista usa uma ferramenta típica dos juízes: o direito é a medida das coisas. E, assim, tenta evitar generalizações, tão deletérias àqueles que trabalham pela justiça de nosso país."
EVANDRO PELARIN , juiz de direito (Fernandópolis, SP)

"Socorro, chamem o ladrão!
A última fortaleza, ou seja, a última esperança de defesa do cidadão acaba de tirar a máscara. O Judiciário está se mostrando tão leniente quanto o Legislativo e o Executivo. Aí está a explicação de por que a bandidagem manda no Rio de Janeiro e em todo o Brasil."
EVALDO MAURICIO DE SOUSA (Brasília, DF)

Células-tronco
"Com sua afirmação em relação à doutora Mayana Zatz ("Fonteles acusa cientista de ter viés judaico", Ciência, 21/4), o franciscano Cláudio Fonteles mostra que possui a maior "qualidade" de um anti-semita: a ignorância em relação ao judeu e ao judaísmo. Ao judeu porque, sendo a doutora Zatz uma judia não-religiosa, provavelmente não se apóia em religião para se posicionar profissionalmente. Ao judaísmo porque este considera que a consciência ou a alma se une ao embrião após 40 dias da fecundação. Cláudio Fonteles deveria falar apenas sobre catolicismo. Talvez disso ele entenda."
LEONARDO POTOLSKI (São Paulo, SP)

 

"Muito me admiram as insinuações anti-semitas do franciscano Cláudio Fonteles. A ética ocidental deriva da ética judaico-cristão-maometana. Não é prerrogativa da Igreja Católica nem é absoluta e imutável. Resulta do avanço da cultura, que inclui a ciência. Os valores éticos não derivam de leis da natureza (como as leis da gravitação ou mesmo as evidências da origem do universo ou do homem), são um parâmetro essencial para a humanidade coexistir, o que diariamente é desafiado por países, grupos e indivíduos, crentes ou ortodoxos, às vezes em nome da própria ética. Basta lembrar as Cruzadas, a Inquisição, o Holocausto e as contínuas guerras que, apesar de proclamar valores, freqüentemente representam interesses de grupos. Numa sociedade que tem a capacidade de analisar evidências (como o que conhecemos sobre a origem do universo e do homem), o direito de opções individuais, desde que não afetem o direito de terceiros, deve ser respeitado. Ignorar que um milhão de mulheres pobres se sujeitam a optar pelo aborto, quando deveriam ser educadas e ter acesso a processos anticoncepcionais, não pode ser imposição antiética de determinada religião integralmente praticada por uma parcela limitada da população."
ISAÍAS RAW , pesquisador -Instituto Butantan (São Paulo, SP)

Aborto
"Como cidadão e como médico, não poderia deixar de expressar a minha satisfação pela iniciativa do ministro da Saúde, doutor José Gomes Temporão, de propor um plebiscito que vai dar oportunidade à sociedade brasileira de discutir e decidir se o aborto é uma questão criminal ou de saúde pública. Pessoalmente, não sou a favor do aborto, porém tratá-lo como crime chega a ser um absurdo. Assim, concordo plenamente com a posição defendida pelo doutor José Aristodemo Pinotti em seu artigo na coluna "Tendências/ Debates" de 21/4. Basta de hipocrisia e discriminação."
WILSON PEREIRA DE SOUZA (São Paulo, SP)

Brasília
"A coluna de Fernando Rodrigues de sábado ("Brasília, 47", Opinião, pág. A2) é um primor se a entendermos pelo que ela é de fato: revelação dos preconceitos do autor contra Brasília, contra servidores públicos e contra os brasilienses, cuja única ambição seria "prestar concurso". O texto parece ter sido retirado das páginas da antiga "Tribuna da Imprensa", onde Carlos Lacerda e outros destilavam ódio à capital em construção como forma de atingir Juscelino Kubitschek. Fernando Rodrigues diz que mora há 11 anos em Brasília e conhece a cidade, conhece os locais. Permito-me discordar disso: ele não conhece nem a cidade nem os locais onde vivem e convivem mais de dois milhões de habitantes, muitos dos quais já pertencem a uma segunda e até a uma terceira geração nascida aqui. Diferentemente do que ele pensa, Brasília não se restringe aos corredores do poder no Congresso e na Esplanada dos Ministérios nem às lareiras de algumas casas do Lago Sul. O jornalista necessita urgentemente de uma compensação por estes 11 anos de tortura no "calor subsaariano" de Brasília. A Folha será muito injusta se não lhe oferecer pelo menos uns seis meses como correspondente em Paris. Como alternativa, Bagdá."
ELICIO PONTES , professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (Brasília, DF)

Foto errada
"A Universidade Federal de Juiz de Fora, a Faculdade de Direito da UFJF e o órgão de execução da Procuradoria Geral Federal junto a esta autarquia, em razão da reportagem "Procurador vê indícios de que ministro do STJ levou propina", publicada na Folha na edição de 18 de abril de 2007, à página A4 (especificamente no tocante à equivocada reprodução da fotografia do professor Paulo Roberto de Gouvêa Medina, que não é "ministro do STJ" e tampouco é a pessoa da qual trata o texto da reportagem), vêm tornar públicos o seu lamento e o seu constrangimento pelo fato de a imagem do referido professor, doutor Paulo (Roberto de Gouvêa) Medina, ter sido objeto de tão infeliz confusão. A propósito, reconhecemos a correta conduta da Folha em prontamente apontar o erro em sua edição do dia 19/4, nas seções "Painel do Leitor" e "Erramos" (pág. A3). Assim, registramos que o professor Medina é advogado da mais elevada competência e mantém conduta ética e profissional ímpares, com renome e reconhecimento nacionais, sendo ainda conselheiro federal, pelo quinto mandato consecutivo, da Ordem dos Advogados do Brasil (de cuja Comissão de Ensino Jurídico foi presidente ao longo de duas gestões). Por isso, esta universidade e esta faculdade -que muito devem a este eminente professor, não só pela sua instituição e consolidação como pelo seu desempenho de excelência- enfatizam aqui, publicamente, a sua honra e o seu orgulho por contar com a inexcedível contribuição que o professor Paulo (Roberto de Gouvêa) Medina vem prestando a elas como a todo o meio jurídico brasileiro em geral, tanto no magistério como na advocacia."
HENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO , reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora,
NILSON ROGÉRIO PINTO LEÃO , secretário de Assuntos Jurídicos da UFJF,
DENIS FRANCO SILVA , procurador-chefe da Procuradoria Federal junto à UFJF,e
MARCOS VINÍCIO CHEIN FERES , diretor da Faculdade de Direito da UFJF (Juiz de Fora, MG)

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