São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Senado
"Sobre o texto "Senadores vestem a carapuça e atacam Renan" (Brasil, 22/6), esclareço os seguintes pontos: 1 - Procurado pela reportagem, respondi às perguntas feitas, o que não significa ter vestido carapuça nenhuma. Respondi a indagações; 2 - Como declarado e publicado, o débito, em valor muito abaixo do referido, não é pessoal meu junto ao Banco do Nordeste, mas da empresa Fazenda São João, da qual fui herdeiro com minha mãe e dois irmãos. A fazenda foi desapropriada pelo Incra há três anos; 3 - Estranhamente, o texto deixa supor a Fazenda São João como parte integrante do Grupo Maísa Agroindustrial S. A., investigado pela CPI do Finor. Tal suposição é absolutamente improcedente. A Fazenda São João e a Maísa Agroindustrial são empresas inteiramente distintas, sem nenhuma conexão societária, não havendo, portanto, nenhuma razão para ligar o meu nome a esta empresa Maísa."
JOSÉ AGRIPINO, senador (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Muito ajuda...
"Se o primeiro passo para a solução de um problema é ter consciência dele, a estapafúrdia afirmação do ministro Guido Mantega ("Crise aérea é o "preço do sucesso", afirma Mantega", Cotidiano, 22/6) nos mostra o quanto longe estamos de solucionar a crise da aviação civil brasileira.
É desnecessário gastar espaço para mostrar o caráter ridículo da declaração do ministro. Mas seria o caso de pedir a ele que, se não tem nenhuma contribuição a dar para a solução do problema, que ao menos se abstenha de expor suas teorias geniais sobre o tema."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)

"Este governo não tem nada a oferecer à população, desesperada, além dessa crise -que já completou nove meses. No entanto o ministro da Fazenda garante que "não há crise aérea" e que tudo "é a prosperidade do país". A ministra do Turismo, Marta Suplicy, sugere relaxar e gozar. No início de maio, o senador José Sarney, em artigo, afirmou que "o melhor é relaxar e desfrutar do doce prazer de voar com atraso".
O que chateia mesmo é o deboche dessa gente convertida às doutrinas de regimes piratas."
FRANCISCO RIBEIRO MENDES (Brasília, DF)

"A mídia tem dado enorme destaque às filas nos aeroportos. Está correto, há que denunciar, investigar, protestar, indignar-se. Mas como seria bom se a mesma mídia fizesse o mesmo com as filas do SUS, onde, todo dia, morrem pessoas sem atendimento ou devido a atendimento precário e insuficiente."
MÁRCIO D'ÁVILA RIBEIRO (Ribeirão Preto, SP)

Sigilo médico
"O formulário TISS (Troca de Informações de Saúde Suplementar) permite o conhecimento pelas operadoras de saúde dos diagnósticos dos pacientes, é uma ameaça ao sigilo médico. As entidades médicas e de defesa do consumidor alertam a população para que as medidas cabíveis sejam tomadas a tempo pela ANS em defesa dos usuários dos planos de saúde.
Fantasioso é acreditar que todas as operadoras sejam idôneas e que não vão fazer uso das informações médicas em benefício próprio -como cortar custos através da glosa de exames e da quebra de contrato com usuários.
O maior beneficiário do sigilo médico é, sem dúvida, o paciente, daí sua importância como um dos dogmas da medicina."
PEDRO CASTRO SOARES, médico (Araras, SP)

Funcionalismo
"O funcionalismo brasileiro encontra-se hoje sem direito à negociação coletiva e, em sua imensa maioria, ganha mal. Seus sindicatos não são sequer recebidos pela maioria dos governadores e prefeitos. Muitos deles não admitem sequer a sindicalização, chegando ao cúmulo de cortarem o desconto em folha das mensalidades dos associados. A greve é, pois, uma conseqüência de conflitos que podem ser solucionados com diálogo.
Desconhecendo a realidade, o editorial "A bem do serviço público" (Opinião, 17/6) rotula as paralisações do setor como mero "corporativismo", "instrumento de chantagem" para "prejudicar cidadãos mais pobres com a interrupção dos serviços públicos". Mais, propõe uma lei que obrigue os grevistas a manterem 80% dos serviços funcionando e que preveja "demissões sumárias".
Desafio os proponentes a adentrarem uma escola pública ou posto de saúde das periferias de São Paulo, do Rio ou de cidades do Nordeste para que possam conhecer as mazelas vividas por esses profissionais. Não precisarão de décadas de dedicação, recebendo um salário mensal de R$ 500 a R$ 600, para entender a dimensão do caos.
Também não dá para aceitar preocupações pelos pobres apenas e tão-somente quando os servidores fazem greve.
Em vez de estimular o debate sobre tema tão complexo, que diz respeito à valorização dos serviços e dos servidores públicos, fundamentais para erigir um Estado de bem-estar social, o editorial busca a repressão como solução. Ou seja, o problema não é investimento nem negociação democrática, mas algemas, mordaça e chibata."
JOÃO ANTONIO FELÍCIO, da executiva nacional da CUT (São Paulo, SP)

Bingos
"A Abrabin (Associação Brasileira dos Bingos) vem a público para, com veemência, defender-se das ilações constantes da reportagem "Escuta indica que associação de bingos subornava policiais" (Cotidiano, 21/6).
Nenhuma das pessoas referidas na reportagem trabalha, trabalhou ou mantém qualquer vínculo com a Abrabin. A advogada Danielle, embora faça parte da diretoria executiva da entidade, por seu conhecimento na área, possui escritório de advocacia próprio e independente, dando expediente duas tardes por semana na sede da Abrabin. Em seu escritório, presta assessoria jurídica a diversas casas de bingo, não se confundindo a sua atuação profissional com o seu cargo na Abrabin.
Ao contrário do que insinua a reportagem, a Abrabin nunca pagou nenhum valor a policiais a pretexto de favorecer qualquer bingo.
A Abrabin está indignada com a injustiça da vinculação de seu nome a esses alegados episódios envolvendo hipotéticas condutas de pessoas em sua atividade particular."
OLAVO SALES DA SILVEIRA, presidente da Abrabin (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - A presidente-executiva da Abrabin, Danielle Chiorino Figueiredo, aparece em gravações feitas pela PF falando em pagamento a policiais civis e a uma delegacia seccional. A advogada da Abrabin já foi indiciada pela PF por formação de quadrilha e corrupção ativa.

Salário
"A reportagem "Conselho aprova teto de R$ 24,5 mil para promotor e procurador" (Brasil, 21/6) peca pelo subjetivismo e errônea interpretação, denegrindo injustamente uma atuação legítima e pautada nos limites da Carta Magna pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
Antes de "autorizar aumentos", o CNMP determinou a realização de cortes de vencimentos e subsídios que ultrapassem o teto limite do ministro do STF, determinou a extirpação de verbas e respectivos valores, reconheceu o caráter nacional do Ministério Público rigorosamente como posto na Constituição e acatou na íntegra o entendimento atual do STF."
JOSÉ CARLOS COSENZO, presidente da Conamp - Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Brasília, DF)

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