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Senado
"Sobre o texto "Senadores vestem
a carapuça e atacam Renan" (Brasil, 22/6), esclareço os seguintes
pontos: 1 - Procurado pela reportagem, respondi às perguntas feitas, o
que não significa ter vestido carapuça nenhuma. Respondi a indagações; 2 - Como declarado e publicado, o débito, em valor muito abaixo
do referido, não é pessoal meu junto ao Banco do Nordeste, mas da
empresa Fazenda São João, da qual
fui herdeiro com minha mãe e dois
irmãos. A fazenda foi desapropriada pelo Incra há três anos; 3 - Estranhamente, o texto deixa supor a Fazenda São João como parte integrante do Grupo Maísa Agroindustrial S. A., investigado pela CPI do
Finor. Tal suposição é absolutamente improcedente. A Fazenda
São João e a Maísa Agroindustrial
são empresas inteiramente distintas, sem nenhuma conexão societária, não havendo, portanto, nenhuma razão para ligar o meu nome a
esta empresa Maísa."
JOSÉ AGRIPINO, senador (Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
Muito ajuda...
"Se o primeiro passo para a solução de um problema é ter consciência dele, a estapafúrdia afirmação
do ministro Guido Mantega ("Crise
aérea é o "preço do sucesso", afirma
Mantega", Cotidiano, 22/6) nos
mostra o quanto longe estamos de
solucionar a crise da aviação civil
brasileira.
É desnecessário gastar espaço
para mostrar o caráter ridículo da
declaração do ministro. Mas seria o
caso de pedir a ele que, se não tem
nenhuma contribuição a dar para a
solução do problema, que ao menos
se abstenha de expor suas teorias
geniais sobre o tema."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)
"Este governo não tem nada a
oferecer à população, desesperada,
além dessa crise -que já completou
nove meses. No entanto o ministro
da Fazenda garante que "não há crise aérea" e que tudo "é a prosperidade do país". A ministra do Turismo,
Marta Suplicy, sugere relaxar e gozar. No início de maio, o senador
José Sarney, em artigo, afirmou que
"o melhor é relaxar e desfrutar do
doce prazer de voar com atraso".
O que chateia mesmo é o deboche
dessa gente convertida às doutrinas
de regimes piratas."
FRANCISCO RIBEIRO MENDES (Brasília, DF)
"A mídia tem dado enorme destaque às filas nos aeroportos. Está
correto, há que denunciar, investigar, protestar, indignar-se. Mas como seria bom se a mesma mídia fizesse o mesmo com as filas do SUS,
onde, todo dia, morrem pessoas
sem atendimento ou devido a atendimento precário e insuficiente."
MÁRCIO D'ÁVILA RIBEIRO (Ribeirão Preto, SP)
Sigilo médico
"O formulário TISS (Troca de Informações de Saúde Suplementar)
permite o conhecimento pelas operadoras de saúde dos diagnósticos
dos pacientes, é uma ameaça ao sigilo médico. As entidades médicas e
de defesa do consumidor alertam a
população para que as medidas cabíveis sejam tomadas a tempo pela
ANS em defesa dos usuários dos
planos de saúde.
Fantasioso é acreditar que todas
as operadoras sejam idôneas e que
não vão fazer uso das informações
médicas em benefício próprio -como cortar custos através da glosa de
exames e da quebra de contrato
com usuários.
O maior beneficiário do sigilo
médico é, sem dúvida, o paciente,
daí sua importância como um dos
dogmas da medicina."
PEDRO CASTRO SOARES, médico (Araras, SP)
Funcionalismo
"O funcionalismo brasileiro encontra-se hoje sem direito à negociação coletiva e, em sua imensa
maioria, ganha mal. Seus sindicatos
não são sequer recebidos pela
maioria dos governadores e prefeitos. Muitos deles não admitem sequer a sindicalização, chegando ao
cúmulo de cortarem o desconto em
folha das mensalidades dos associados. A greve é, pois, uma conseqüência de conflitos que podem ser
solucionados com diálogo.
Desconhecendo a realidade, o
editorial "A bem do serviço público"
(Opinião, 17/6) rotula as paralisações do setor como mero "corporativismo", "instrumento de chantagem" para "prejudicar cidadãos
mais pobres com a interrupção dos
serviços públicos". Mais, propõe
uma lei que obrigue os grevistas a
manterem 80% dos serviços funcionando e que preveja "demissões
sumárias".
Desafio os proponentes a adentrarem uma escola pública ou posto
de saúde das periferias de São Paulo, do Rio ou de cidades do Nordeste para que possam conhecer as
mazelas vividas por esses profissionais. Não precisarão de décadas de
dedicação, recebendo um salário
mensal de R$ 500 a R$ 600, para
entender a dimensão do caos.
Também não dá para aceitar
preocupações pelos pobres apenas
e tão-somente quando os servidores fazem greve.
Em vez de estimular o debate sobre tema tão complexo, que diz respeito à valorização dos serviços e
dos servidores públicos, fundamentais para erigir um Estado de
bem-estar social, o editorial busca a
repressão como solução. Ou seja, o
problema não é investimento nem
negociação democrática, mas algemas, mordaça e chibata."
JOÃO ANTONIO FELÍCIO, da executiva nacional da
CUT (São Paulo, SP)
Bingos
"A Abrabin (Associação Brasileira dos Bingos) vem a público para,
com veemência, defender-se das
ilações constantes da reportagem
"Escuta indica que associação de
bingos subornava policiais" (Cotidiano, 21/6).
Nenhuma das pessoas referidas
na reportagem trabalha, trabalhou
ou mantém qualquer vínculo com a
Abrabin. A advogada Danielle, embora faça parte da diretoria executiva da entidade, por seu conhecimento na área, possui escritório de
advocacia próprio e independente,
dando expediente duas tardes por
semana na sede da Abrabin. Em seu
escritório, presta assessoria jurídica a diversas casas de bingo, não se
confundindo a sua atuação profissional com o seu cargo na Abrabin.
Ao contrário do que insinua a reportagem, a Abrabin nunca pagou
nenhum valor a policiais a pretexto
de favorecer qualquer bingo.
A Abrabin está indignada com a
injustiça da vinculação de seu nome
a esses alegados episódios envolvendo hipotéticas condutas de pessoas em sua atividade particular."
OLAVO SALES DA SILVEIRA, presidente da Abrabin
(São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Mario
Cesar Carvalho - A presidente-executiva da Abrabin, Danielle
Chiorino Figueiredo, aparece
em gravações feitas pela PF falando em pagamento a policiais
civis e a uma delegacia seccional. A advogada da Abrabin já
foi indiciada pela PF por formação de quadrilha e corrupção
ativa.
Salário
"A reportagem "Conselho aprova
teto de R$ 24,5 mil para promotor e
procurador" (Brasil, 21/6) peca pelo subjetivismo e errônea interpretação, denegrindo injustamente
uma atuação legítima e pautada nos
limites da Carta Magna pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
Antes de "autorizar aumentos", o
CNMP determinou a realização de
cortes de vencimentos e subsídios
que ultrapassem o teto limite do
ministro do STF, determinou a extirpação de verbas e respectivos valores, reconheceu o caráter nacional do Ministério Público rigorosamente como posto na Constituição
e acatou na íntegra o entendimento
atual do STF."
JOSÉ CARLOS COSENZO, presidente da Conamp
- Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Brasília, DF)
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