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São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Cultura municipal
"A Secretaria Municipal de Cultura gostaria de esclarecer algumas questões relativas às notas "Acúmulo de funções" e "15 é pouco" ("Painel", pág. A4, 20/10). Primeiramente, informo que a gráfica que faz a revista "Cultura Dia-a-Dia" foi paga na sexta-feira de manhã. Houve um atraso no pagamento. Quanto à contratação de uma empresa para assessoria de imprensa, a chefia de gabinete esclarece que foi feita uma licitação para a contratação da empresa, mas, como apenas um concorrente apareceu, a licitação não foi homologada. Por último, é preciso dizer que a assessoria não conta com 15 jornalistas. São cinco jornalistas."
Celso Frateschi , secretário Municipal de Cultura (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Fabio Schivartche, do "Painel" - A secretaria atrasou o pagamento da gráfica por dois meses. Há 15 funcionários na assessoria de imprensa, entre jornalistas e outros funcionários. O próprio secretário Celso Frateschi disse à Folha que contratará a empresa que venceu a licitação.

Terra indígena
"Em relação à reportagem "Ministro autoriza redução de reserva de índios no Pará" (Brasil, pág. A9, 14/10), gostaria de salientar que não houve nenhuma negociação ou venda de terras indígenas no município de Novo Progresso, pois as terras pertencem à União. A portaria do ministro Thomaz Bastos, publicada em 9/10, apenas oficializa um acordo consensual entre índios que estava sendo obstado por antropólogos à serviço da Funai. O conflito deu-se em razão de aqueles antropólogos quererem demarcar como indígenas áreas não enquadráveis nos termos do artigo 231 da Constituição e já destinadas pelo Incra a projetos de assentamento rural. Os produtores rurais tiveram várias vitórias judiciais que mostraram que os procedimentos identificatórios estavam eivados de ilegalidade e que os laudos antropológicos terceirizados eram uma fraude científica. Houve também a ordem do ex-ministro José Gregori no sentido de demarcar a Terra Indígena Baú -em desobediência à decisão do STJ contra os procedimentos de demarcação. Gostaria que ficasse registrado que a portaria do ministro, além de pôr fim a um conflito que nunca foi fomentado por índios ou por produtores, destinou aos índios as terras que de fato lhes pertencem por direito inalienável. A demarcação da Terra Indígena Baú, portanto, alcançou o bem comum e a pacificação da região, fatos que não interessam ao Conselho Indigenista Missionário. Já vimos esse filme antes e, tenho certeza, daqui a 200 anos a Igreja Católica virá a público pedir perdão por seus atos."
Agamenon da Silva Menezes, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso (Novo Progresso, PA)

Resposta do jornalista Rubens Valente - O missivista diz que não houve "negociação ou venda", mas assinou acordo pelo qual os produtores se comprometeram a repassar, por dez anos, R$ 1,2 milhão em obras para beneficiar os índios. O trabalho dos antropólogos da Funai foi corroborado por duas portarias e por um despacho de três ministros da Justiça diferentes ao longo de 12 anos -medidas agora desconsideradas pelo governo Lula.

Combinado
"Fica combinado assim: os membros do governo petista podem fazer toda a bandalheira que quiserem com o dinheiro do contribuinte. Se os jornais descobrirem e o caso virar manchete, devolve-se o dinheiro por meio de um cheque pessoal e não se fala mais no assunto. Se o caso for de nepotismo e a imprensa também descobrir, pede-se demissão alegando ser "ético e responsável"."
Antonio Panciarelli (São Caetano do Sul, SP)

Cubatão
"Lamentáveis as citações que ainda teimam em fazer a respeito da cidade de Cubatão. No caderno Mais! de 19/10, o jornalista Marcelo Leite cita como exemplo do desenvolvimentismo capitalista as mazelas na cidade de Cubatão ("É isso aí, companheiro'). Cubatão não é a mesma da década de 70. A ONU nos considera como exemplo de recuperação ambiental. Aos que duvidam que aqui há belezas naturais incomparáveis, sugiro uma visita a nossas trilhas, mangues, cachoeiras e rios. Isso para não falar dos monumentos históricos, como a calçada de Lorena, do século 18."
Júlio César de Souza Chaves (Cubatão, SP)

Prévias
"A reportagem "PT enfrentará prévias em sete capitais" (Brasil, 19/10) esqueceu de listar a oitava capital onde também haverá prévias: São Luís. Registre-se que, oficialmente e cumprindo as determinações estatutárias, três candidatos se inscreveram: o suplente de deputado federal Marcio Jardim e os deputados estaduais Domingos Dutra e Helena Heluy."
Marcio Jardim (São Luís, MA)

Panamá
"Tive a oportunidade de ler a reportagem "Cidade do Panamá une beleza e insegurança" (Turismo, 6/10), o que me causou grande curiosidade e espanto. Como autoridade competente em São Paulo, manifesto-me a fim de esclarecer alguns pontos do texto do jornalista Rodrigo Rainho, destacando que sua estadia em nosso país foi somente de um dia. O primeiro ponto a esclarecer se refere ao trecho que destaca a falta de segurança na cidade e diz que a violência na capital desvia o país da rota dos turistas. Um jornalista responsável transmite informações baseando-se em dados estatísticos. De 503.644 turistas recebidos entre janeiro e agosto de 2003, somente 114, ou seja, 0,02%, sofreram algum tipo de problema desse tipo. Outro ponto é a expressão subjetiva do jornalista, comparando duas culturas e duas cidades diferentes e julgando que o "insulfilm" nos automóveis seja por questão de violência e por falta de segurança. Devo esclarecer que é necessário a utilização desse material nos automóveis devido a questões climáticas (temperatura elevada) e também à moda. É necessário ressaltar que todo turista que viaja a um país deve tomar as medidas recomendadas pelos respectivos guias turísticos. O que me surpreendeu foi o jornalista ter destacado que o guia recomendou que não abrisse os vidros do carro -para sua própria segurança. O jornalista menciona que seria possível visitar os lugares turísticos da Cidade do Panamá em apenas um dia. Posso assegurar que na Cidade do Panamá temos inúmeros atrativos turísticos, além dos poucos mencionados e visitados pelo jornalista. São: Las Ruínas de Panamá La Vieja, El Casco Viejo, La Calzada de Amador, El Canal de Panamá, a antiga zona militar norte-americana e El Puente de las Américas. Seria impossível visitar esses lugares em um só dia. Posso mencionar outros atrativos: o Museu do Canal Interoceânico, o Museu Antropológico Reina Torres de Araúz, o Museu Afroantillano, o Museu de Arte Religiosa Colonial, o Museu de História, o Museu de Sítio do Patronato Panamá Viejo, o Museu de Ciências Naturais, o Museu de Arte Contemporânea, o Parque Natural Metropolitano, e o Canopy Tower. É de minha responsabilidade, como cidadão panamenho e representante de meu país, manifestar-me para desmentir e para esclarecer as informações sobre o meu país, especialmente quando são injuriosas à indústria turística panamenha."
Alfredo Delgado Duran , cônsul-geral do Panamá em São Paulo (São Paulo, SP)


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