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São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Renúncia de ACM
"Na edição de 22/2, reportagem da Folha afirma que o PFL acredita que ACM vá renunciar ao mandato ("Para PFL, renúncia de senador é a única saída", Brasil, pág. A6). Como presidente da Comissão Executiva Nacional do PFL, cumpre-me esclarecer o que se segue:
1) O partido não acredita e tampouco deseja que o senador Antonio Carlos Magalhães renuncie ao seu mandato;
2) O partido confia na negativa peremptória do senador em relação à sua participação nas escutas telefônicas ocorridas no Estado da Bahia;
3) O partido atribui aos adversários do senador, grande vitorioso no seu Estado em 2002, a insistência em procurar, de todas as formas, prejudicá-lo."
Jorge Bornhausen, senador (Brasília, DF)

Saídas políticas
"Alguns políticos são acusados de crimes mal explicados ou atos indecorosos. Não se investiga direito, renunciam ao cargo para não correrem risco de julgamento e cassação, e fica tudo por isso mesmo. Tempos depois, todo mundo se esquece do assunto e esses mesmos políticos voltam aos cargos pelas urnas, para fazer tudo de novo. Até quando esse ciclo perverso vai continuar?"
Robson Sant'Anna (São Paulo, SP)

Sem mudança
"Parece que este governo, assim como o anterior, não planeja tomar medidas mais ousadas para a contenção da inflação, a não ser as antigas obviedades. Os índices altíssimos e crescentes das taxas de juros contêm a inflação à custa do emprego. Os cortes de despesas no Orçamento levarão a mais deterioração da qualidade de vida da população, que já não é boa.
Por outro lado, quando se trata de colocar a mão em vespeiros controlados pelo poder estatal, como é o caso da Petrobras, o governo é pura omissão.
A Petrobras, que é auto-suficiente em 85% do petróleo consumido no país, vende combustível e gás a preços do mercado internacional, por conta dos outros 15% que importa."
José Antonio Hernandes (São José dos Campos, SP)
 

"Achei hilariante a reação do presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, à decisão do governo de aumentar a taxa de juros. Em tom indignado, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria pedir desculpas à sociedade. Ora, deixando de lado a questão de mérito de tal decisão, o governo está, pelo menos, fazendo tudo o que pode para resolver os complicados problemas econômicos herdados de Fernando Henrique Cardoso.
Aliás, o ex-presidente deixou o país em pior condição depois de oito anos de governo e não se deu ao trabalho de pedir desculpas à sociedade."
Venusto C. Francisco Lopez (Brasília, DF)

Informações limitadas
"A cada dia que passa novas atitudes do governo petista nos causam espanto e certo temor. Agora é a nova ordem do governo que impede a divulgação de notícias, proibindo os funcionários do Planalto de fornecerem qualquer tipo de informação. Esse esquema de mordaça ou de censura, comandado por um general, leva o pomposo nome de "campanha de conscientização", que nada difere das abomináveis condutas ocorridas no período de exceção, de tão triste memória."
David Neto (São Paulo, SP)

Sede zero
"É a primeira vez na nossa história que um presidente dá prioridade aos brasileiros mais desafortunados.
O Fome Zero, se der certo, irá diminuir a fome dos desamparados, mas o desenvolvimento da região nordeste não mudará muito. E, se paralelamente a esse plano, fosse criado o água mil, irrigando todo o nordeste?
A região iria se desenvolver de maneira absolutamente fantástica. A terra é fértil, o nordestino não viria mais para o sul à procura de uma vida melhor. A região encontraria o seu espaço no cenário brasileiro. É um plano que irá requerer muito investimento inicial, mas o retorno será garantido."
Homero Mori Morassutti (São Paulo, SP)

Demagogia
"Fome Zero não passa de demagogia.
O povo do nordeste não precisa de esmola de R$ 50. Por que o sr. Lula não fez alguma coisa pelo seu povo do nordeste quando foi deputado federal?
Basta de demagogia de palanque, por favor. A campanha política enganosa já passou.
Tenho 72 anos de idade e não estou preocupado comigo, mas sim com nossos filhos e nossos netos.O futuro do país está em perigo. Não quero ver o Brasil virar uma Venezuela."
Mario Antiqueira Rocha (São José dos Campos, SP)

Elétricas
"Quem privatizou a Eletropaulo deveria vir a público explicar tudo isso que está ocorrendo. Afinal, em que mundo estamos? Uma empresa é vendida em um dia e no outro já está falindo. Muito estranha essa história toda. A imprensa precisa cobrar explicações."
Janes Jorge (São Paulo, SP)

Previdência e militares
"A situação extremamente caótica em que se encontra a Previdência Social no Brasil, cujo déficit vem sistematicamente onerando o erário, tem produzido, de modo contumaz, irrefletidas considerações na mídia sobre a previdência militar.
Informações inverídicas, descabidas e preconceituosas, na maioria das vezes eivadas de propósitos escusos, são veiculadas sem o menor constrangimento.
O propósito desse tipo de atitude, evidentemente, é rotular a categoria militar de privilegiada, criando um indesejável clima de confrontação entre os militares e a sociedade brasileira."
Manuel Cambeses Júnior (Rio de Janeiro, RJ)

Ação americana
"A oferta de uma gigantesca propina feita pelos EUA à Turquia para assegurar o uso de bases militares pode ser considerado o mais grave caso de corrupção institucional de que se tem notícia.
Os EUA, que têm leis contra a corrupção de funcionários públicos, optaram por dar uma bela demonstração de como não respeitar princípios éticos e comprar um governo inteiro. E o mundo permaneceu calado."
Luiz Prado (Rio de Janeiro, RJ)

Responsabilidades do Iraque
"Os EUA não têm dado uma chance à paz? Ora, cada dia que passa desde a resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU tem representado uma nova e preciosa oportunidade que Saddam Hussein invariavelmente desperdiça.
O presidente norte-americano se comprometeu a não promover guerra se o ditador iraquiano se desarmar.
Bastaria que Bagdá decidisse revelar o paradeiro real das armas. Talvez conseguisse até manter algumas partes de seu arsenal químico e biológico.
A família Hussein permaneceria no poder oprimindo a maioria xiita, a minoria curda e também aqueles sunitas iraquianos que não tiveram a sorte de nascer em Tikrit, a cidade de Saddam.
Os franceses, alemães e russos teriam os seus inúmeros interesses econômicos no Iraque absolutamente preservados, os magníficos palácios presidenciais continuariam se multiplicando e a causa dos homens-bomba não perderia seu maior patrocinador.
Por que os manifestantes a favor da paz ao redor do mundo não pensaram em apelar para o bom sendo de Saddam Hussein? Será que não acreditam que ele exista?"
Jorge A. Nurkin (São Paulo, SP)

Programas culturais
"É de extrema tristeza o encerramento do programa Musikaos, devido à crise que a TV Cultura vem enfrentando. Tratava-se de um dos poucos programas de entretenimento onde música, poesia e cultura jovem se misturavam de maneira forte e inteligente.
O governo do Estado não está dando a devida atenção à TV Cultura. É papel do Estado defender uma TV pública de qualidade. Enquanto programas de qualidade são tirados do ar, os Ratinhos de plantão seguem fazendo da TV um verdadeiro espetáculo de horror."
Fláudio Azevedo Limas (Itapevi, SP)


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