São Paulo, Terça-feira, 25 de Janeiro de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Sindicância na USP

"Na edição de dia 21/1, a Folha afirmou ter a Universidade de São Paulo absolvido acusados da morte do estudante Edison Tsung-Chi Hsueh.
A Universidade de São Paulo, por intermédio de sua consultoria jurídica, esclarece o que se segue.
1) A sindicância administrativa não imputou a ninguém, por absoluta falta de provas, a responsabilidade pela morte do estudante Edison Tsung-Chi Hsueh.
2) A mesma sindicância administrativa recomendou a instauração de processo administrativo disciplinar contra quatro estudantes da Faculdade de Medicina, imputando-lhes a prática de atos incompatíveis com a conduta exigida de todos os alunos da Universidade de São Paulo.
3) Esses atos consistiriam em inadmissíveis coações ou violências, físicas ou morais, e tiveram por pacientes outros alunos que não o calouro Edison Tsung-Chi Hsueh.
4) O processo administrativo disciplinar, instaurado pelo diretor da Faculdade de Medicina e por ele decidido, logo após ter a comissão processante oferecido seu relatório final, ainda não se encontra definitivamente terminado, visto que o mesmo diretor encaminhou os autos ao reitor da Universidade de São Paulo.
5) O reitor da Universidade de São Paulo, antes de proferir sua decisão final, houve por bem determinar que se manifestassem a pró-reitora de graduação e a consultoria jurídica, onde se encontram agora os autos do processo administrativo disciplinar."
João Alberto Schützer Del Nero, procurador-chefe da consultoria jurídica da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Frase

"Sobre o artigo de Marilene Felinto publicado em 11/1 (Cotidiano), atribuindo-me frase que jamais pronunciei, quero registrar meu protesto e esclarecer a verdade dos fatos. Ao ser entrevistado sobre a questão das recentes enchentes em nossa cidade, disse, sim, ser este um problema cíclico, cujos efeitos a prefeitura estava conseguindo minimizar. Qualquer pessoa de mediano bom senso, principalmente um engenheiro responsável pela Secretaria de Vias Públicas, não colocaria a questão como a todo custo quer a Folha fazer parecer. Empenhado em tempo integral em minimizar os efeitos das fortes chuvas -o que de fato conseguimos-, reitero que não me pronunciei como diz a Folha. Espero que este jornal, que faz seu marketing exibindo a permanente busca da verdade, respeite-a. Imagino que a Folha e a articulista não se contentariam em fabricar frases e tentar colá-las a imagens, como ocorre neste momento, para com isto causar impacto, sem se importar se realmente foram ditas ou não."
André de Fazio, secretário municipal de Vias Públicas (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

Gasto desproporcional

"Gastando mais em publicidade do que em estradas, o governo obrigará o brasileiro a realizar viagens virtuais."
Gilberto Martins Melo (Brasília, DF)

"Qual seria o melhor caminho para FHC sair de sua rastejante popularidade? Não poderia ser diferente ao tomar o vergonhoso caminho da publicidade e propaganda (enganosa?) e gastar mais do que para estradas (Brasil, 24/1)."
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Tiro pela culatra

"Será que atrair empresas para um Estado por meio de isenção de impostos é tão interessante? Realmente criam-se novos empregos. Mas isso só não basta. Se essas empresas contribuíssem com seus devidos impostos, estes poderiam ser aplicados na educação e na saúde pública, por exemplo. Sendo assim, o ACM não precisaria vir até um hospital de São Paulo para tratar de uma "gripe forte"."
Vagner Alaimo (São Bernardo do Campo, SP)


Parabéns, São Paulo

"Gostaria de parabenizar a Folha pelo excelente trabalho de pesquisa realizado no caderno Cotidiano deste domingo, a propósito dos 446 anos da cidade de São Paulo. Sem dúvida, a sensação de muitos de nós, paulistanos, neste momento, é de desânimo. Mas a própria pesquisa dá um caminho de esperança de mudança ao perguntar qual seria o presente ideal que o paulistano gostaria de dar à cidade: um governo em mãos de políticos mais honestos e competentes. Queremos de volta a São Paulo de nossos sonhos, mais humana, mais digna, mais solidária. Aquela São Paulo que cativou os nossos pais e avós que aqui construíram suas vidas."
Emerson Kapaz, deputado federal pelo PPS-SP (São Paulo, SP)

"Sim, São Paulo não se tornou nem européia, nem americana, nem brasileira, sr. Décio Pignatari.
O amor ultrapassa todo o entendimento, São Paulo é paulistana. Quem não compreender essa enorme sutileza não irá a país nenhum, não terá tido amor por nada, habitará o deserto no coração de qualquer cidade. Que o sr. seja feliz nos não-lugares que escolherá para desviver."
Marcílio Godoi (São Paulo, SP)

Boicote ambiental

"Se os brasileiros começarem a boicotar os produtos das empresas que agridem o meio ambiente, como sugeriu o biólogo Mário Moscatelli em relação à gasolina dos postos Petrobras, teremos empresas mais "preocupadas" com a preservação do meio ambiente. Tais empresas ficariam "preocupadas" pois qualquer dano ao meio ambiente refletiria diretamente na venda de seus produtos, ao contrário das multas aplicadas pelos órgãos governamentais, que pouco ou nada afetam seus lucros."
Frederico Meinberg (Belo Horizonte, MG)

Respeito ao ecossistema

"Incrível a falta de respeito das empresas no Brasil tanto ao ser humano como ao meio ambiente em que ele vive.
Veja o caso do vazamento de óleo no Rio, que pode gerar desequilíbrio no ecossistema daqui para a frente, sem contar no elevado número de pessoas que, além de desempregadas, ficarão sem ter o que comer. E olha que a Petrobras é uma empresa estatal, que faz publicidade dizendo que visa o melhor para o social. É lamentável!"
Alexandre Hiram de Souza Tauro (Santos, SP)

Neo-ideologias

"Surgiram dois novos regimes econômicos. O neocapitalismo, que é a doutrina dominante do capital global, e o subcapitalismo, que é a doutrina submissa do neocapitalismo.
O neocapitalismo impõe o capital global, e o subcapitalismo aceita o capital colonial."
Ney José Pereira (São Paulo, SP)



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