São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004 |
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ANTONIO DELFIM NETTO Meta para a exportação No seu depoimento no Senado,
no dia 11 de fevereiro, o chairman
do FED, senhor Alan Greenspan, tranqüilizou o mercado em relação à probabilidade de vir a elevar o juro no futuro imediato. Apesar de a economia
norte-americana estar num processo
de recuperação muito rápido, ela tem
demonstrado pouca propensão a aumentar o nível de emprego. A taxa de
desemprego continua em 5,7%, altíssima para os padrões vigentes antes da
recessão de março a novembro de
2001, e a taxa de inflação não dá sinais
de que se afastará do nível atual -da
ordem de 1,5%. Em relação à desvalorização do dólar, o comentário de
Greenspan foi na tradicional linguagem "banco-centralês", sugerindo
que "o dólar fraco, até agora, não
apresentou efeitos materiais adversos". Há esperança de que o Brasil cresça (estatisticamente) mais do que 3,5%, porque 2003 terminou com um crescimento (no último trimestre) quase 2% acima da sua própria média. Com os números da tabela, não é fora de propósito supor que o comércio internacional deva crescer em torno de 9% a 10% em valor. Nessa circunstância, o avanço das exportações brasileiras de US$ 73,1 bilhões em 2003 para cerca de US$ 85 bilhões em 2004 (fundamental para a rápida redução de nossa dependência externa) é ainda mais viável. Antonio Delfim Netto escreve às quartas-feiras nesta coluna. dep.delfimnetto@camara.gov.br Texto Anterior: Rio de Janeiro - Carlos Heitor Cony: A primeira pedra Próximo Texto: Frases Índice |
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