São Paulo, sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Educação
"Interessante a iniciativa descrita em "PPP para a educação pública" ("Tendências/Debates", 24/12).
Considero extremamente necessário e urgente que a sociedade civil participe do processo de melhoria da educação pública, mas o que mais nos surpreende é que raros são os que se lembram dos baixos salários e das precárias condições de trabalho enfrentadas pelos profissionais de educação.
Seria interessante uma série de reportagens sobre a realidade do ensino, das escolas e dos profissionais de educação no setor público na "Terra Brasilis". Afinal, nossas sábias autoridades deveriam entender que Educação não se contabiliza como gasto, mas como investimento, de médio e longo prazo, com retorno garantido."
HUDSON DE OLIVEIRA E SILVA (Goiânia, GO)

Pedágios
"Achei descabida a reportagem que compara o valor do pedágio do Sul ao Norte do Brasil pela BR-101 com o do trecho Anhanguera/Bandeirantes/SP-225, de São Paulo a Ribeirão Preto. Já que a reportagem fez o percurso, deveria ter levado em consideração os custos indiretos que não têm impacto imediato no bolso de quem usa a rodovia.
Refiro-me à troca de pneus, ao maior consumo de combustível, ao risco de acidente etc.
Fiz uma viagem pela BR-101 até a Bahia em que eu tive de comprar três pneus novos. Isso sem falar nos riscos, na medida em que a estrada não tem sinalização, não tem acostamento... Viajo a Ribeirão Preto com alguma frequência e percebo que o sistema paulista funciona bem. Pago os pedágios com satisfação, já que é visível a qualidade da rodovia, o que transfere segurança para mim e minha família."
VANDERLEI FONSECA (São Paulo, SP)

 

"Os que têm discutido os pedágios neste "Painel do Leitor" têm que levantar as mãos para o céu por não morar em Indaiatuba, cidade a 100 km da capital paulista, e não trabalhar em Campinas, a 25 km dessa cidade. Quem tivesse que utilizar 50 km de estrada, entre ida e vinda, iria perceber que estaria pagando o pedágio mais caro do mundo, ou seja R$ 17,60."
GILBERTO MARIANNO (Indaiatuba, SP)

Caso Sean
"Impressionante o poder que a "grande potência" tem sobre nós. O STF cedeu aos apelos do Planalto, que não quer ficar mal na foto. Sean, criado no Brasil, com irmã, amigos e avós, é obrigado a recomeçar a vidinha nos EUA sem sequer ser ouvido. Que sirva de alerta para as jovens brasileiras que imaginam que um filho nascido "lá" será tudo de bom. Ledo engano. Sean estava muito bem amparado no Brasil. Como será a vida dele lá?"
HELENA CAVALLARI (São Paulo, SP)

 

"A Justiça brasileira demorou demasiadamente para permitir o retorno do garoto aos EUA. Tardou e falhou. Aos 9 anos, ter sido "sequestrado, mesmo que com amor", por cerca da metade de sua existência faz mal a qualquer indivíduo. Por mero sensacionalismo, ainda não contentes, fazem aquele alvoroço no consulado americano. Torço para que o pai, também vítima, consiga atenuar possíveis sequelas emocionais do pobre Sean."
RENATO BALADORE (Itapeva, SP)

 

"Para dizer o mínimo, podemos qualificar o STF como engraçado.
Enquanto o menino Sean, brasileiro nato que vive com a família no Brasil, deve ir imediatamente para os EUA, Cesare Battisti não é extraditado para a Itália para responder por seus atos criminosos. Seria cômico se não fosse trágico."
VALDESELMO FABIO (Mairiporã, SP)

Roger Abdelmassih
"Agora o STF manda soltar o médico acusado de ter cometido 56 estupros contra 39 mulheres que eram suas pacientes justificando estar "afastada a possibilidade de reiteração porque o registro profissional do médico está suspenso".
Ora, um criminoso tem de ser penalizado pelo que já fez, e não pelo que pode fazer. Além disso, quem exige o registro profissional antes de consultar um médico? Há algo de estranho com a nossa Justiça."
GILBERTO DIB (São Paulo, SP)

 

"Fala-se muito em excesso de recursos no processo brasileiro, mas Roger Abdelmassih precisou passar por nada menos que dois juízes, três desembargadores e sete ministros -entre STJ e STF- para conseguir uma ordem de habeas corpus. Culpado ou não, Abdelmassih não foi condenado -foi preso, aliás, com base em nada mais que acusações- e está sendo sujeitado a cumprimento antecipado de pena, o que não apenas contraria inúmeras decisões recentes do Supremo Tribunal Federal em casos semelhantes mas também colide frontalmente com o princípio constitucional da presunção de inocência."
GUILHERME DE SIQUEIRA PASTORE (São Paulo, SP)

Médicos
"Em carta publicada no dia 17/12, a dra. Adriana Murad Mariani faz reparos a minha declaração na reportagem "Futuro médico erra definição de gripe suína" (Cotidiano, dia 16). De fato, a generalização foi infeliz, dando margem a interpretações que se distanciam do que penso sobre os médicos do SUS.
Não são poucos os médicos muito bem qualificados ainda a trabalhar no SUS. Tenho vivido no sistema público há 40 anos, como acadêmico, médico residente, preceptor e, desde 1980, como professor.
Muitos de meus antigos preceptores e professores fizeram-no e ainda o fazem. Entre os maiores e melhores hospitais públicos estão hospitais universitários reconhecidos, malgrado as dificuldades que enfrentam. Vários programas desenvolvidos no SUS contam com médicos bem formados e atualizados.
Gostaria que assim fosse em todos os lugares, que todos os médicos que se dedicam ao SUS pudessem fazê-lo em dedicação exclusiva, pois, exceto na região Sul-Sudeste e nas grandes capitais, essa é a única alternativa. Gostaria que voltássemos a contar com concursos públicos para médicos, carreira própria e valorização justa. E de que não houvesse no sistema público (nem no suplementar) lugar para profissionais insuficiente ou incompletamente formados."
JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL , presidente da Associação Médica Brasileira (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: José R. A. de Sant'anna, professor da Faculdade de Direito da UFBA (Salvador, BA); Mauricio Lencasttre, diretor de teatro (São Paulo, SP); Marcos Cintra (São Paulo, SP); Antonio Salim Curiati, deputado estadual pelo PP-SP (São Paulo, SP); João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical (São Paulo, SP); Caon & Advogados Associados (Florianópolis, SC); Gravura Brasileira (São Paulo, SP).

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Ricardo Montoro: O imposto que se multiplica e transforma vidas

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.