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PAINEL DO LEITOR
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Educação
"Interessante a iniciativa descrita em "PPP para a educação pública"
("Tendências/Debates", 24/12).
Considero extremamente necessário e urgente que a sociedade civil
participe do processo de melhoria
da educação pública, mas o que
mais nos surpreende é que raros
são os que se lembram dos baixos
salários e das precárias condições
de trabalho enfrentadas pelos profissionais de educação.
Seria interessante uma série de
reportagens sobre a realidade do
ensino, das escolas e dos profissionais de educação no setor público
na "Terra Brasilis". Afinal, nossas sábias autoridades deveriam entender que Educação não se contabiliza como gasto, mas como investimento, de médio e longo prazo, com
retorno garantido."
HUDSON DE OLIVEIRA E SILVA (Goiânia, GO)
Pedágios
"Achei descabida a reportagem
que compara o valor do pedágio do
Sul ao Norte do Brasil pela BR-101
com o do trecho Anhanguera/Bandeirantes/SP-225, de São Paulo a
Ribeirão Preto. Já que a reportagem fez o percurso, deveria ter levado em consideração os custos indiretos que não têm impacto imediato no bolso de quem usa a rodovia.
Refiro-me à troca de pneus, ao
maior consumo de combustível, ao
risco de acidente etc.
Fiz uma viagem pela BR-101 até a
Bahia em que eu tive de comprar
três pneus novos. Isso sem falar nos
riscos, na medida em que a estrada
não tem sinalização, não tem acostamento... Viajo a Ribeirão Preto
com alguma frequência e percebo
que o sistema paulista funciona
bem. Pago os pedágios com satisfação, já que é visível a qualidade da
rodovia, o que transfere segurança
para mim e minha família."
VANDERLEI FONSECA (São Paulo, SP)
"Os que têm discutido os pedágios neste "Painel do Leitor" têm
que levantar as mãos para o céu por
não morar em Indaiatuba, cidade a
100 km da capital paulista, e não
trabalhar em Campinas, a 25 km
dessa cidade. Quem tivesse que utilizar 50 km de estrada, entre ida e
vinda, iria perceber que estaria pagando o pedágio mais caro do mundo, ou seja R$ 17,60."
GILBERTO MARIANNO (Indaiatuba, SP)
Caso Sean
"Impressionante o poder que a
"grande potência" tem sobre nós. O
STF cedeu aos apelos do Planalto,
que não quer ficar mal na foto. Sean,
criado no Brasil, com irmã, amigos e
avós, é obrigado a recomeçar a vidinha nos EUA sem sequer ser ouvido. Que sirva de alerta para as jovens brasileiras que imaginam que
um filho nascido "lá" será tudo de
bom. Ledo engano. Sean estava
muito bem amparado no Brasil. Como será a vida dele lá?"
HELENA CAVALLARI (São Paulo, SP)
"A Justiça brasileira demorou demasiadamente para permitir o retorno do garoto aos EUA. Tardou e
falhou. Aos 9 anos, ter sido "sequestrado, mesmo que com amor", por
cerca da metade de sua existência
faz mal a qualquer indivíduo. Por
mero sensacionalismo, ainda não
contentes, fazem aquele alvoroço
no consulado americano. Torço para que o pai, também vítima, consiga atenuar possíveis sequelas emocionais do pobre Sean."
RENATO BALADORE (Itapeva, SP)
"Para dizer o mínimo, podemos
qualificar o STF como engraçado.
Enquanto o menino Sean, brasileiro nato que vive com a família no
Brasil, deve ir imediatamente para
os EUA, Cesare Battisti não é extraditado para a Itália para responder
por seus atos criminosos. Seria cômico se não fosse trágico."
VALDESELMO FABIO (Mairiporã, SP)
Roger Abdelmassih
"Agora o STF manda soltar o médico acusado de ter cometido 56 estupros contra 39 mulheres que
eram suas pacientes justificando
estar "afastada a possibilidade de
reiteração porque o registro profissional do médico está suspenso".
Ora, um criminoso tem de ser penalizado pelo que já fez, e não pelo que
pode fazer. Além disso, quem exige
o registro profissional antes de consultar um médico? Há algo de estranho com a nossa Justiça."
GILBERTO DIB (São Paulo, SP)
"Fala-se muito em excesso de recursos no processo brasileiro, mas
Roger Abdelmassih precisou passar
por nada menos que dois juízes, três
desembargadores e sete ministros
-entre STJ e STF- para conseguir
uma ordem de habeas corpus. Culpado ou não, Abdelmassih não foi
condenado -foi preso, aliás, com
base em nada mais que acusações-
e está sendo sujeitado a cumprimento antecipado de pena, o que
não apenas contraria inúmeras decisões recentes do Supremo Tribunal Federal em casos semelhantes
mas também colide frontalmente
com o princípio constitucional da
presunção de inocência."
GUILHERME DE SIQUEIRA PASTORE (São Paulo, SP)
Médicos
"Em carta publicada no dia 17/12,
a dra. Adriana Murad Mariani faz
reparos a minha declaração na reportagem "Futuro médico erra definição de gripe suína" (Cotidiano,
dia 16). De fato, a generalização foi
infeliz, dando margem a interpretações que se distanciam do que
penso sobre os médicos do SUS.
Não são poucos os médicos muito bem qualificados ainda a trabalhar no SUS. Tenho vivido no sistema público há 40 anos, como acadêmico, médico residente, preceptor e, desde 1980, como professor.
Muitos de meus antigos preceptores e professores fizeram-no e ainda o fazem. Entre os maiores e melhores hospitais públicos estão hospitais universitários reconhecidos,
malgrado as dificuldades que enfrentam. Vários programas desenvolvidos no SUS contam com médicos bem formados e atualizados.
Gostaria que assim fosse em todos os lugares, que todos os médicos que se dedicam ao SUS pudessem fazê-lo em dedicação exclusiva, pois, exceto na região Sul-Sudeste e nas grandes capitais, essa é
a única alternativa. Gostaria que
voltássemos a contar com concursos públicos para médicos, carreira
própria e valorização justa. E de
que não houvesse no sistema público (nem no suplementar) lugar para profissionais insuficiente ou incompletamente formados."
JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL , presidente da Associação Médica Brasileira (São Paulo, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os
votos de boas-festas recebidos de:
José R. A. de Sant'anna, professor
da Faculdade de Direito da UFBA
(Salvador, BA); Mauricio Lencasttre, diretor de teatro (São Paulo, SP); Marcos Cintra (São Paulo,
SP); Antonio Salim Curiati, deputado estadual pelo PP-SP (São Paulo, SP); João Carlos Gonçalves
(Juruna), secretário-geral da Força Sindical (São Paulo, SP); Caon &
Advogados Associados (Florianópolis, SC); Gravura Brasileira
(São Paulo, SP).
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