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PAINEL DO LEITOR
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MST
"Agora que, enfim, o presidente
do STF reconheceu de público que
o MST é clandestino, ilegal e não
pode receber recursos do governo
("Governo é cúmplice de atos ilegais
do MST, diz Mendes", Brasil, ontem), chegou a hora de a imprensa
(o pulmão da democracia) cobrar
do governo a vergonhosa aliança
com o MST."
FELIPE AQUINO (Lorena, SP)
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"No país das simplicidades complexas, é preciso que o presidente
do STF venha a público denunciar
como ilegais as invasões de terras
praticadas há anos pelo MST e que
tal organização, "agora" criminosa,
não deve receber dinheiro público.
Realmente, o Brasil não é para
principiantes, iniciantes ou
pensantes."
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)
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"Estamos sabendo que o Brasil,
hoje, tem dois presidentes: Lula e
Gilmar Mendes.
Em vez de cuidar dos gravíssimos
problemas do Judiciário, Sua Excelência vira diariamente manchete
nos jornais, dando palpites infelizes
a torto e a direito. O presidente do
Supremo não usa do contraditório
quando só defende o lado dos latifundiários, no caso do Pontal, esquecendo que a própria Justiça de
segunda instância já declarou várias fazendas como terras públicas,
pois a maioria dos fazendeiros de lá
são grileiros."
ELYANNE GUIMARÃES BRASIL
(Belo Horizonte, MG)
Segurança
"Conforme divulgado ontem no
caderno Brasil ("Campanha da
CNBB recebe apoio do papa"), Bento 16 enviou mensagem de apoio à
campanha "Fraternidade e Segurança Pública".
Espero que o mesmo gesto do
santo padre seja repetido pelas nossas autoridades, principalmente do
STJ, do Ministério da Defesa e das
secretarias da Segurança Pública de
todo o país.
É um momento especial para o
envolvimento de todos os que desejam um país livre do domínio de
facções criminosas com ramificações no narcotráfico."
SÉRGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)
Impostos
"O presidente Lula critica os empresários por estarem demitindo
em decorrência da grave crise econômica que afeta todo o mundo.
O presidente deveria seguir o brilhante exemplo do ex-presidente
Ronald Reagan, que tirou os EUA
de uma profunda crise. Pensava
Reagan: "se eu diminuir o número
de funcionários públicos, vou diminuir a despesa do Estado; se a despesa do Estado diminuir, eu posso
diminuir os impostos; se eu diminuir os impostos, sobra mais dinheiro para as empresas investirem
e criarem novos empregos".
No primeiro momento, Reagan
demitiu 50 mil servidores. Num
curto prazo, tinha demitido perto
de 200 mil. Houve diminuição de
impostos e o país entrou em uma
expansão econômica que durou
quase 20 anos."
MARCO ANTONIO MARTIGNONI (São Paulo, SP)
Carnaval e crime
"Oportuna a coluna de Janio de
Freitas de 22/2 ("Procura-se um
nome") sobre as ligações entre o jogo do bicho e o Carnaval.
Sou juiz de direito criminal e judiquei em uma cidade onde fui o
primeiro juiz a condenar o bicheiro
local, após décadas de atividade
contravencional.
Isso foi em 1994, e até hoje ele
desfila nas colunas sociais dos jornais da região, chamado de "empresário", embora condenado com sentença transitada em julgado, enquanto meros suspeitos são chamados de ladrões.
Como mestre em direito penal,
entendo que a impunidade seja fator altamente criminógeno e que a
tolerância com pequenos delitos leve à prática de outros mais graves.
No caso do jogo do bicho, não há
dúvida de que a condescendência
com a contravenção contribuiu para a disseminação do tráfico de entorpecentes, da extorsão mediante
sequestro, de homicídios e outros.
No mínimo, é evidente a simbiose
entre a contravenção e a corrupção
de autoridades, sonegação fiscal e
lavagem de dinheiro."
EUGÊNIO AUGUSTO CLEMENTI JÚNIOR
(Americana, SP)
Embraer
"A respeito da privatização da
Embraer, dou meu testemunho como funcionário público, ainda não
aposentado. Logo, não sou ainda
vagabundo, pelos critérios de FHC.
O Estado não é o melhor administrador que existe, mas, em certas
situações, supera em muito a iniciativa privada. A Embraer sempre
deu lucro. Hoje balança sobre suas
pernas por incompetência de sua
administração, que é privada -sem
trocadilhos.
A Embraer é o que é graças ao fato
de um dia ter sido estatal. Como a
Vale do Rio Doce."
AFONSO DINARTE FRANCO (São Paulo, SP)
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"O leitor Carlos Brisola Marcondes ("Painel do Leitor", 24/2) sugere
que "os tucano-pefelistas privatizaram a Embraer" para causar as demissões que acabaram de ocorrer
na empresa.
A Embraer foi privatizada em
1994, por Itamar Franco, que era de
outro partido. Salvou-se da falência
e virou líder mundial, com cerca de
20 mil empregados mesmo depois
das demissões -quantos tinha
quando foi privatizada?
Para "controlar a ganância" de
seus donos, o presidente Lula poderia começar convocando os companheiros sindicalistas da Previ, que
participaram do bloco de controle
da empresa até 2006 e continuam
sendo seus grandes acionistas. Sem
falar da "golden share" da União."
EDUARDO GRAEFF , ex-secretário-geral da Presidência no governo FHC (Brasília, DF)
Saúde
"Em relação ao texto "David Uip
assume hoje a direção do Emílio Ribas" (Saúde, ontem), que cita a suposta falta de antivirais apontada
por médicos da unidade para tratamento de citomegalovírus, esta secretaria esclarece que não há problemas de desabastecimento do
medicamento Ganciclovir no Emílio Ribas. Ontem havia 230 ampolas em estoque, suficiente para garantir o atendimento dos pacientes.
A reposição desse remédio é semanal, e a média de consumo é de 180
ampolas por semana na unidade.
A compra do medicamento é realizada pelo Ministério da Saúde."
VANDERLEI FRANÇA , assessor de comunicação da
Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo, SP)
Resposta da jornalista Cláudia
Collucci - A Folha confirmou
com três infectologistas do Instituto Emílio Ribas que há faltas eventuais de antivirais.
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