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A favor da educação
A
CRIAÇÃO , por empresários
brasileiros, do movimento
Compromisso Todos pela
Educação, que pretende mobilizar o país para universalizar o
ensino e melhorar a sua qualidade, é uma iniciativa promissora.
Os participantes do movimento -que inclui alguns dos maiores grupos empresariais do
país- atuarão em dois níveis. De
um lado, pretendem coordenar
atividades no terceiro setor, para
evitar a duplicidade de ações, e
acelerar projetos de suas fundações, fazendo novos investimentos. De outro, querem conscientizar a sociedade para a urgência
do problema. Em setembro, o
Compromisso Todos pela Educação deverá ser lançado numa
campanha nacional.
No plano da conscientização, a
proposta ganha importância
inaudita. Uma característica dos
melhores sistemas de ensino do
mundo é o envolvimento da sociedade. O fenômeno não é desconhecido do Brasil. Escolas cujas associações de pais são mais
ativas se saem melhor nos mecanismos de avaliação. Nesse contexto, apenas verificar que parte
significativa do empresariado
nacional está preocupada com os
rumos da educação já é um sinal
de que a atual situação de descalabro poderá começar a mudar.
O movimento elegeu metas a
serem atingidas até 2022, como
manter 98% dos jovens de 4 a 17
anos na escola, alfabetizar toda
criança até os 8 anos e fazer com
que 90% dos brasileiros concluam o ensino médio até os 19
anos. São objetivos ambiciosos,
mas não inexeqüíveis.
Resta esperar que as boas intenções dos participantes se materializem. Se há um consenso
que vai além de ideologias e partidos é o de que, sem uma educação universal e de qualidade, nenhum país consegue desenvolver-se. É preciso que a sociedade
brasileira se converta a essa idéia
e trabalhe diuturnamente para
educar bem os seus jovens.
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