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Eleições
Para ficar apenas em duas promessas de Dilma.
Caso seja eleita, ela diz que vai
criar 6.000 creches, o que daria,
em 1.461 dias (quatro anos), a
média de quatro creches inauguradas por dia. Disse que vai criar
escolas técnicas em cidades com
mais de 50 mil habitantes. Segundo o IBGE, 589 municípios
preenchem esse critério.
Daria
então uma escola a cada dois
dias e meio, imaginando que em
cidades maiores faria só uma.
Terá pessoal docente preparado
para tanto? Acredita quem quer.
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)
A mais recente pesquisa Datafolha me faz pensar: o naufrágio
da candidatura Serra deve-se
mais à incompetência dele próprio e do seu partido em promovê-la ou à competência de Lula
na criação da maior de suas "fábulas" (emprestando de Clóvis
Rossi a expressão por ele usada
em sua coluna de ontem)?
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)
Discordo do brilhante colunista Carlos Heitor Cony quando ele
diz, em seu artigo "O terceiro
mandato" (Opinião, ontem),
que, "se um presidente deu certo e
tem incontestável aprovação do
eleitorado, poderia ser eleito tantas vezes quanto durasse a sua eficiência e a sua moral".
E qual é a moral que o governo
petista tem demonstrado? A dos
mensalões, dos aloprados, das
despesas não contabilizadas, dos
escândalos dos cartões de crédito
corporativos, dos pagamentos em
moeda estrangeira a marqueteiros, do aparelhamento do Estado?
Gostaria de lembrar que um dos
princípios básicos da democracia
é justamente a alternância de poder. Quem fica muito tempo com a
chave do cofre, acaba acreditando
que é dono dele e usa o seu conteúdo em benefício próprio.
ANTONIO AUGUSTO DE CASTRO OLIVEIRA
(Osasco, SP)
Lula na Folha
O jornalista Clóvis Rossi, em
sua coluna de ontem, foi muito
educado e sutil ao dizer que Lula
criou uma fábula.
Esopo e Jean de La Fontaine
foram grandes fabulistas. Nessa
linha, sabemos que Lula, ao chegar ao poder, conseguiu alcançar
as uvas, que, agora, não estão
mais verdes. Fez o corvo -que
não sabe ser oposição- largar o
queijo e vestiu uma pele de cordeiro que lhe caiu muito bem, ao
gosto ou miopia do rebanho.
Todos sabemos que o que Lula
faz ao criar "fábulas" tem outro
nome.
PEDRO ERNESTO ERICHSEN PEREIRA BOMPEIXE
(Curitiba, PR)
Causa estranheza o fato de
Clóvis Rossi afirmar que o presidente Lula está fabulando ao
contar um fato ocorrido na sede
da Folha em 2002 e documentado no livro "Do Golpe ao Planalto" (pág. 225), do jornalista Ricardo Kotscho. Se não batem as histórias contadas por Rossi e Kotscho, é certo que alguém está fabulando. Resta a nós, leitores e assinantes, saber quem.
BRUNO TEREMUSSI NETO (Rinópolis, SP)
Sigilo
A violação de dados protegidos por sigilo legal é incompatível com o Estado democrático de
Direito. O PT defende a apuração
rigorosa das responsabilidades
pelos vazamentos noticiados na
imprensa.
É o que está sendo feito pela
Corregedoria da Receita Federal
e pela Polícia Federal por representação do PT, visando esclarecer a divulgação de dados do vice-presidente do PSDB.
O PT está requerendo à PF que
amplie aquela investigação, de
forma a esclarecer também o vazamento de informações sigilosas da Corregedoria da Receita.
A Folha tem insistido em prejulgar os fatos, imputando à nossa campanha responsabilidade
por episódios ocorridos um ano
atrás, quando nem sequer a pré-candidatura havia sido formalizada no PT.
Trata-se de acusação sem fundamento, sem lastro em fontes,
provas, sequer evidências, que a
Folha vem fazendo sistematicamente, desde 4 de junho, e repete
na edição de 26/8.
O PT não fez, não fará nem admite que em seu nome se faça
qualquer tipo de ação fora da lei.
A campanha de Dilma é pautada
pelo debate propositivo, sobre os
avanços dos últimos anos e propostas para o futuro. Nada vai
nos tirar desse caminho.
Se a Folha teve acesso a dados
sigilosos, cabe ao jornal esclarecer sua origem antes de lançar
acusações ao PT e à campanha.
A nós interessa a verdade, com
o esclarecimento cabal de todo o
ocorrido nesses lamentáveis episódios.
JOSÉ EDUARDO DUTRA, presidente do Partido dos
Trabalhadores (Brasília, DF)
Psicanálise
Sobre o artigo de Contardo Calligaris de ontem ("Para que serve a psicanálise?", Ilustrada),
pergunto: qual é a surpresa em relação à tutela da nossa sociedade?
Optamos pela via individualista,
não participamos mais de decisões coletivas, seja em sindicatos,
associações de bairro ou até reuniões de síndico.
Já não estava claro que queríamos deixar as nossas vidas nas
mãos de terceiros? A psicanálise
só se incomoda quando escancaram a figura do pai e da mãe?
ELIZABETH SENO (São Paulo, SP)
Concurso na polícia
A reportagem "Corregedoria liga chefe da Polícia Científica a
fraude em concurso" (Cotidiano, 17/8) traz inúmeras inverdades sobre minha pessoa.
É irresponsável e passível de
ação de reparação por danos morais as afirmações de que figurei
como investigado ou acusado naquele persecutório. Cobro a restauração da verdade com publicação deste pronunciamento no
"Painel do Leitor".
DEJAR GOMES NETO, delegado (São Paulo, SP)
RESPOSTA DOS JORNALISTAS ANDRÉ CARAMANTE E ROGÉRIO PAGNAN - O delegado foi
ouvido como investigado no inquérito da Corregedoria da Polícia Civil porque fazia parte da
banca do concurso que foi anulado por fraude.
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