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São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2003

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BUSH NAS PESQUISAS

Pesquisas eleitorais realizadas mais de um ano antes do pleito precisam ser interpretadas com extrema cautela. Sondagens são o retrato de um instante e, quando há 13 meses a separar o momento da enquete da data da eleição, elas passam a ter um valor muito relativo. Ainda assim, pesquisas divulgadas ao longo desta semana indicam que o presidente George W. Bush, até há pouco tido como candidato imbatível à reeleição, enfrentará dificuldades.
Sondagem "USA Today"/CNN/ Gallup publicada segunda-feira mostrou, pela primeira vez, Bush atrás de um concorrente do Partido Democrata. Na quarta, pesquisa NBC/"Wall Street Journal" confirmou que a popularidade do presidente se encontra em seu pior nível desde a posse. O Iraque e a economia são seus pontos fracos.
Pelo levantamento do Gallup, Bush aparece atrás -na verdade, em empate técnico- de dois dos cinco principais postulantes democratas. O atual presidente supera por estreita margem os outros três. O pré-candidato democrata que melhor se sai contra Bush é o general da reserva Wesley Clark, mas sua boa posição se deve em grande parte à larga exposição na mídia que vem recebendo desde que anunciou sua candidatura, apenas uma semana atrás.
As más notícias para Bush parecem acirrar os ânimos nas fileiras democratas. Se o partido pretende voltar à Casa Branca, precisa de um candidato competitivo. O general Clark, que chega com o apoio dos Clinton, quer se tornar esse homem. Aposta em sua patente e experiência como chefe da Otan (aliança militar ocidental) para enfrentar Bush num terreno em que ele é forte: a chamada guerra ao terrorismo. A aparente tibieza de Bush, no entanto, acentua a disputa interna entre os democratas.
Ao que tudo indica, o mundo assistirá, em 2004, a mais um emocionante pleito presidencial norte-americano. Resta esperar que, desta vez, o berço das democracias modernas saiba contar corretamente os votos.


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