São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Religião
"Estou 100% de acordo com as conclusões do psicólogo Azim Shariff (Ciência, 25/12). As sociedades com religiões fundamentadas em um Deus "punitivo" tiveram uma vantagem evolutiva sobre as demais. Afinal, a presença de um Deus que tudo vê facilitou o controle dos desvios "morais" das populações menos esclarecidas, tornando essas sociedades, apesar de tudo, mais justas e humanas, facilitando assim o seu desenvolvimento.
O problema é que as religiões sempre serviram de vestimenta para pessoas de má índole, que, tal qual lobos em peles de cordeiro, se aproveitam de sua reputação, obtendo inúmeras vantagens para si e para as igrejas que representam.
Como em qualquer grupo humano, vemos em todas as religiões todo tipo de miséria moral, desde luta pelo poder, desvios sexuais, vaidades pessoais e enriquecimento ilícito. As religiões bem que tentam, mas não seguem o que pregam. Não se deve esquecer que elas ainda hoje são usadas para justificar as guerras. Lembremos de um bom ditado, que diz: valem mais duas mãos trabalhando do que centenas de milhares rezando."
AURÉLIO NUNEZ ROLAN (São Paulo, SP)

IPI
"A redução do IPI incidente sobre os automóveis foi uma medida louvável, porém incompleta. Por que o governo não exigiu reciprocidade por parte das montadoras?
Tendo havido uma renúncia fiscal, por que não acontecer também uma "renúncia de lucros" em valor ao menos igual àquela promovida pela União? Sabe-se que a lucratividade das montadoras aqui instaladas é enorme e muito superior à auferida em seus países de origem, o que gera vultosas remessas de divisas para suas matrizes. Simples e vagas alegações de manutenção do nível de empregabilidade são uma contribuição muito pequena para quem sempre lucrou muito vendendo carroças ao povo brasileiro."
GABRIEL QUIREZA PINHEIRO (Franca, SP)

Touradas
"Guimarães Rosa afirmava o seguinte: "Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?". Sem dúvida, o instinto serve melhor aos animais do que a razão serve ao ser humano. O animal mata para se alimentar ou se defender, enquanto o homem mata por maldade, para ver sangue jorrar. Não é na mata que se mata criminosamente, mas no mundo dos racionais, dos denominados "civilizados". Aldo Pereira, brilhantemente ("Tendências/Debates", 24/12), provou essa assertiva em seu texto."
CÉSAR DANILO RIBEIRO DE NOVAIS (São José do Rio Claro, MT)

 

"O jornalista Aldo Pereira detalhou de forma crua e elucidativa a crueldade que faz parte desse odioso "esporte" que ainda sobrevive em alguns países, principalmente na Espanha. Outro jornalista, Matinas Suzuki Jr., há algum tempo escrevia sobre a tourada e a defendia como um "esporte" cheio de nobreza. Ficou devendo uma explicação (que prometeu fazer no futuro) sobre sua opinião. Está aí uma boa oportunidade de fazê-lo. Obrigado, Aldo Pereira, por sua coragem de denunciar essa crueldade que mostra práticas de seres humanos primitivos."
DJALMA CANO (Ribeirão Preto, SP)

Revolta da Chibata
"O repórter Mario Magalhães parece lamentar a atitude "anacrônica" que a nossa Marinha adota quanto à Revolta da Chibata (Opinião, 24/ 12). Por que lamentá-la, se a única alternativa restante seria a de agregar uma conotação positiva, por mais tímida que fosse, a uma quebra de hierarquia dessa proporção? Seria o fim do mundo, tal como um papa negando Cristo."
RAFAEL MEDEIROS DE FRANÇA (São Paulo, SP)

Educação
"Mesmo oníricos, os desejos de Milú Villela em seu texto "O presente de nossos sonhos" ("Tendências/ Debates", 24/ 12) deveriam ser coletivos. Educação é avaliada por números: quantos estudam, quantos anos, quanto custa. A qualidade é deixada sumariamente de lado.
Propõe-se formar professores à distância, e a informação fácil, volátil e eletrônica substitui a formação profunda, reflexiva e consolidada. O sistema educacional está tão deteriorado que analfabetos funcionais permeiam também escolas privadas, passam por processos seletivos e adentram universidades sem ao menos terem consciência de que têm diploma, e não formação. O ciclo vicioso se estabelece e rompê-lo é traumático, pois, em terra de cego, quem tem um olho, mesmo que míope, reina em benefício próprio."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

 

"Lamentável a postura de Milú Villela em seu artigo "O presente dos nossos sonhos" (24/12). O senador Cristovam Buarque tem razão quando critica a inoperância desse "movimento" que nunca se move a não ser para aparecer em discursos filantrópicos, liberais e bizarros. A prova disso é exigir melhorias na educação das autoridades, esperando que elas venham feito "presentes", sem nenhuma manifestação em favor da implantação do piso salarial dos professores. Sem atitudes concretas contra as autoridades, não se consegue nada neste país."
MARCO ANTONIO BALDIN (Ribeirão Preto, SP)

Xadrez
"Fiquei triste ao saber que o Clube de Xadrez de São Paulo está sendo esquecido (Esporte, 25/12). Por mais que esse jogo milenar possa ser praticado pela internet, é emocionante sua prática em duplas com olhos nos olhos, pois as lições de uma partida vão além de uma jogada. As escolas precisam "abrir suas mentes" para a importância desse jogo no desenvolvimento global de um país."
JANICE CORRÊA PRESTES (Apiaí, SP)

Amazônia
"O "custo Amazônia" nunca entra nas análises dos economistas sobre o "custo Brasil". Todos os produtos eletroeletrônicos consumidos no Brasil como brasileiros na verdade são pura muamba. Nenhuma tecnologia brasileira, nenhuma pesquisa, zero de ciência & tecnologia: apenas isenção de impostos para aparelhos prontos -montados, embalados e despachados para o Sul e Sudeste. A viagem que os aparelhos fazem Brasil adentro (mais de 3.000 quilômetros) tem um custo, e nós pagamos por ele, para fingir que se produz alguma coisa em Manaus.
Inicialmente a Zona Franca importaria peças, montaria e reexportaria para o resto do mundo. Agora só exporta para nós mesmos, brasileiros. Uma renúncia fiscal exorbitante e fretes altíssimos para um faz-de-conta tecnológico."
ALVARO TADEU SILVA (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Jayme Barreiros, Gestão de Negócios (Rio de Janeiro, RJ); Oscar Hipólito, professor titular da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP); Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba (Sorocaba, SP); Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares (São Paulo, SP); Mauro Fadul Kurban, diretor-secretário da Federação de Entidades Árabe-Brasileiras do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Habib Saguiah Neto (Marataízes, ES); Marcus Lima Arquitetura e Urbanismo Ltda. (São Paulo, SP); Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Aarão e Silvia Perlov (São Paulo, SP); Paulo Cesar Rebello Giacomelli (São Paulo, SP); e Guilherme Cardoso (Belo Horizonte, MG).

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