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Religião
"Estou 100% de acordo com as
conclusões do psicólogo Azim Shariff (Ciência, 25/12). As sociedades
com religiões fundamentadas em
um Deus "punitivo" tiveram uma
vantagem evolutiva sobre as demais. Afinal, a presença de um
Deus que tudo vê facilitou o controle dos desvios "morais" das populações menos esclarecidas, tornando
essas sociedades, apesar de tudo,
mais justas e humanas, facilitando
assim o seu desenvolvimento.
O problema é que as religiões
sempre serviram de vestimenta para pessoas de má índole, que, tal
qual lobos em peles de cordeiro, se
aproveitam de sua reputação, obtendo inúmeras vantagens para si e
para as igrejas que representam.
Como em qualquer grupo humano, vemos em todas as religiões todo tipo de miséria moral, desde luta
pelo poder, desvios sexuais, vaidades pessoais e enriquecimento ilícito. As religiões bem que tentam,
mas não seguem o que pregam. Não
se deve esquecer que elas ainda hoje são usadas para justificar as guerras. Lembremos de um bom ditado,
que diz: valem mais duas mãos trabalhando do que centenas de milhares rezando."
AURÉLIO NUNEZ ROLAN (São Paulo, SP)
IPI
"A redução do IPI incidente sobre os automóveis foi uma medida
louvável, porém incompleta. Por
que o governo não exigiu reciprocidade por parte das montadoras?
Tendo havido uma renúncia fiscal,
por que não acontecer também
uma "renúncia de lucros" em valor
ao menos igual àquela promovida
pela União? Sabe-se que a lucratividade das montadoras aqui instaladas é enorme e muito superior à auferida em seus países de origem, o
que gera vultosas remessas de divisas para suas matrizes. Simples e
vagas alegações de manutenção do
nível de empregabilidade são uma
contribuição muito pequena para
quem sempre lucrou muito vendendo carroças ao povo brasileiro."
GABRIEL QUIREZA PINHEIRO (Franca, SP)
Touradas
"Guimarães Rosa afirmava o seguinte: "Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os
homens?". Sem dúvida, o instinto
serve melhor aos animais do que a
razão serve ao ser humano. O animal mata para se alimentar ou se
defender, enquanto o homem mata
por maldade, para ver sangue jorrar. Não é na mata que se mata criminosamente, mas no mundo dos
racionais, dos denominados "civilizados". Aldo Pereira, brilhantemente ("Tendências/Debates", 24/12),
provou essa assertiva em seu texto."
CÉSAR DANILO RIBEIRO DE NOVAIS (São José do Rio
Claro, MT)
"O jornalista Aldo Pereira detalhou de forma crua e elucidativa a
crueldade que faz parte desse odioso "esporte" que ainda sobrevive em
alguns países, principalmente na
Espanha. Outro jornalista, Matinas
Suzuki Jr., há algum tempo escrevia
sobre a tourada e a defendia como
um "esporte" cheio de nobreza. Ficou devendo uma explicação (que
prometeu fazer no futuro) sobre
sua opinião. Está aí uma boa oportunidade de fazê-lo. Obrigado, Aldo
Pereira, por sua coragem de denunciar essa crueldade que mostra práticas de seres humanos primitivos."
DJALMA CANO (Ribeirão Preto, SP)
Revolta da Chibata
"O repórter Mario Magalhães parece lamentar a atitude "anacrônica"
que a nossa Marinha adota quanto à
Revolta da Chibata (Opinião, 24/
12). Por que lamentá-la, se a única
alternativa restante seria a de agregar uma conotação positiva, por
mais tímida que fosse, a uma quebra de hierarquia dessa proporção?
Seria o fim do mundo, tal como um
papa negando Cristo."
RAFAEL MEDEIROS DE FRANÇA (São Paulo, SP)
Educação
"Mesmo oníricos, os desejos de
Milú Villela em seu texto "O presente de nossos sonhos" ("Tendências/
Debates", 24/ 12) deveriam ser coletivos. Educação é avaliada por números: quantos estudam, quantos
anos, quanto custa. A qualidade é
deixada sumariamente de lado.
Propõe-se formar professores à distância, e a informação fácil, volátil e
eletrônica substitui a formação
profunda, reflexiva e consolidada. O
sistema educacional está tão deteriorado que analfabetos funcionais
permeiam também escolas privadas, passam por processos seletivos
e adentram universidades sem ao
menos terem consciência de que
têm diploma, e não formação. O ciclo vicioso se estabelece e rompê-lo
é traumático, pois, em terra de cego,
quem tem um olho, mesmo que
míope, reina em benefício próprio."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)
"Lamentável a postura de Milú
Villela em seu artigo "O presente
dos nossos sonhos" (24/12). O senador Cristovam Buarque tem razão
quando critica a inoperância desse
"movimento" que nunca se move a
não ser para aparecer em discursos
filantrópicos, liberais e bizarros. A
prova disso é exigir melhorias na
educação das autoridades, esperando que elas venham feito "presentes", sem nenhuma manifestação
em favor da implantação do piso salarial dos professores. Sem atitudes
concretas contra as autoridades,
não se consegue nada neste país."
MARCO ANTONIO BALDIN (Ribeirão Preto, SP)
Xadrez
"Fiquei triste ao saber que o Clube de Xadrez de São Paulo está sendo esquecido (Esporte, 25/12). Por mais que esse jogo milenar possa
ser praticado pela internet, é emocionante sua prática em duplas
com olhos nos olhos, pois as lições
de uma partida vão além de uma jogada. As escolas precisam "abrir
suas mentes" para a importância
desse jogo no desenvolvimento global de um país."
JANICE CORRÊA PRESTES (Apiaí, SP)
Amazônia
"O "custo Amazônia" nunca entra
nas análises dos economistas sobre
o "custo Brasil". Todos os produtos
eletroeletrônicos consumidos no
Brasil como brasileiros na verdade
são pura muamba. Nenhuma tecnologia brasileira, nenhuma pesquisa, zero de ciência & tecnologia:
apenas isenção de impostos para
aparelhos prontos -montados, embalados e despachados para o Sul e
Sudeste. A viagem que os aparelhos
fazem Brasil adentro (mais de
3.000 quilômetros) tem um custo, e
nós pagamos por ele, para fingir que
se produz alguma coisa em Manaus.
Inicialmente a Zona Franca importaria peças, montaria e reexportaria
para o resto do mundo. Agora só exporta para nós mesmos, brasileiros.
Uma renúncia fiscal exorbitante e
fretes altíssimos para um faz-de-conta tecnológico."
ALVARO TADEU SILVA (São Paulo, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os
votos de boas-festas recebidos de:
Jayme Barreiros, Gestão de Negócios (Rio de Janeiro, RJ); Oscar
Hipólito, professor titular da Universidade de São Paulo (São Paulo,
SP); Universidade Federal de São
Carlos - Campus Sorocaba (Sorocaba, SP); Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares (São
Paulo, SP); Mauro Fadul Kurban,
diretor-secretário da Federação de
Entidades Árabe-Brasileiras do Estado de São Paulo (São Paulo, SP);
Habib Saguiah Neto (Marataízes,
ES); Marcus Lima Arquitetura e
Urbanismo Ltda. (São Paulo, SP);
Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo (São Paulo, SP);
Aarão e Silvia Perlov (São Paulo,
SP); Paulo Cesar Rebello Giacomelli (São Paulo, SP); e Guilherme
Cardoso (Belo Horizonte, MG).
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