São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Caso Sean
"Concordo com os leitores pró-pai de Sean. Bom ou ruim, feio ou bonito, é o pai do menino. E pai não se escolhe, é carma, se vivencia e tem uma razão de ser (ao menos para os que têm fé espiritual). Por piores que sejam nossos pais, sempre os amamos e é visível a felicidade do menino ao lado do pai. Não se vê, como noticia a família dele no Brasil, tristeza ou choro. É claro que aqui não se discute o sofrimento da família brasileira, mas o pai do menino também não sofreu?
O que choca é o tratamento que a imprensa vem conferindo ao caso, obviamente movida pelo "circo" que a família brasileira tenta fazer. E a disputa não é entre Brasil e EUA, mas sim entre uma família brasileira e um homem americano."
RICARDO MAIA RANGEL (Brasília, DF)

Judiciário
"A rapidez com que a família da mãe do menino Sean Goldman conseguiu, há cerca de cinco anos, a guarda legal dele (em desrespeito à clara legislação internacional) e as protelações judiciais subsequentes são um retrato acabado do nosso paquidérmico e pomposo sistema judiciário. Faz parte desse mesmo quadro a constatação de que, no chamado período de festas, a grande maioria dos brasileiros só tem direito a alguns dias de feriado, ao passo que todo o Judiciário não trabalhará até 7 de janeiro. Isso sem falar nas férias de 60 dias a que só os juízes têm direito. A enorme parcela trabalhadora e decente da população brasileira precisa expressar claramente sua vontade de terminar com a perpetuação dessas práticas injustificáveis."
CLAUDIO JANOWITZER (Rio de Janeiro, RJ)

 

"O Judiciário brasileiro mais se assemelha às novas igrejas evangélicas, são milhares, todas fundamentadas na Bíblia, cada uma com sua doutrina e, não raro, opostas entre si, mas tudo baseado de modo claro na Bíblia. Quando algo não está muito claro, o líder religioso faz uma nova e particular interpretação de algum trecho da Bíblia e assim fica tudo explicado e justificado (sem questionamentos)."
ERALDO CESAR DO CARMO (Belo Horizonte, MG)

Contrastes
"De há muito não tinha duas sensações tão díspares em relação à Folha: o certeiro artigo de Contardo Calligaris ["Lembranças de César Benjamin", 10/12], que dignifica o espectro às vezes instável de seus cronistas, contrasta com o suspeito silêncio sobre a notícia de superfaturamento da FGV. Os leitores merecem o primeiro, mas repudiam a falta de esclarecimentos sobre o segundo. Nada obstante, felizes festas a todos e 2010, como disse a psicóloga Sandra Jovchelovitch ["Há simetria entre o comportamento da população e o dos políticos no Brasil", "Entrevista da 2ª", 7/12], sem apropriação do espaço público, ops!, da corrupção."
CAETANO LAGRASTA NETO , desembargador (São Paulo, SP)

Ambiente
"O editorial da Folha ["Questões de culpa", 25/12] foge à mesmice das opiniões sobre a decepção com a cúpula do clima em Copenhague. "Apesar do impasse final em Copenhague, poucas vezes terá havido a oportunidade, em primeiro lugar, de se ver tantos líderes mundiais envolvidos pessoalmente numa discussão." Esse é o ponto principal.
Os participantes podem não ter resolvido nada de mais consistente, mas só o fato de estarem na presença uns dos outros em torno de questão vital para o futuro da humanidade já representa um primeiro passo. A imprensa só gosta de noticiar "resultados" palpáveis. Precisaria estar antenada para perceber os processos de longa mutação. E é isso que o editorialista faz, merecendo aplausos pela sua clarividência.
Corria na Grécia anterior a Homero um provérbio que todo jornalista deveria conhecer: "Os moinhos dos deuses moem devagar"."
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

 

"Perspicaz a observação de Marcelo Leite ["É preciso substituir o caduco sistema da ONU", Ciência, 20/12] de que as discussões sobre o clima não podem progredir muito dentro do quadro da ONU com 193 países envolvidos, dos quais apenas 10 ou 15 representam 80% das emissões. O atual sistema da Convenção do Clima lembra a OMC e o GATT, em que decisões são tomadas por consenso, o que significa que a maioria das decisões não é tomada. Eu já havia percebido isso em 1992 e tentei atribuir obrigações de redução a todos (proporcionalmente à contribuição), o que não funcionou.
Em 1997 foi adotado o Protocolo de Kyoto, que dividiu os países em Anexo 1 e não Anexo 1, o que acabou se mostrando uma péssima ideia. Minha impressão é que nos encaminhamos para três anexos: Anexo 1 (países industrializados com metas fortes); Anexo 2 (emergentes com metas fracas); e Anexo 3 (menos desenvolvidos sem metas)."
JOSÉ GOLDEMBERG , físico, ex-reitor da USP e ex-secretário do Meio Ambiente (São Paulo, SP)

Natal
"Foi um grande prazer ler as palavras de dom Geraldo Lyrio Rocha nesta sexta-feira ["Natal: uma luz resplandeceu", "Tendências/Debates']. Não somente as dele como as das sagradas escrituras que menciona. Gostaria de dar uma breve continuidade e dizer que neste ano, em especial, o Natal simboliza a esperança. Na história, seus personagens, a partir do anúncio do anjo a Maria, tiveram esperanças de ver e presenciar as promessas dos céus na terra, que se concretizam com o nascimento do filho de Deus, Jesus Cristo. Mas, nos dias atuais, a esperança passou de um simples sentimento a uma poderosa força na sociedade, tanto que saiu dos livros de autoajuda e passou a integrar um infalível marketing político.
Manteve os cidadãos aparentemente ativos num quadro de crises não somente econômicas como também pessoais: desemprego, insegurança familiar, vulnerabilidade emocional. Entramos e saímos de recessões e depressões acompanhados de uma imperceptível semente de esperança. Portanto, façamos do Natal a comemoração do nascimento do Salvador juntamente com a renovação da esperança para que 2010 seja um ano de realizações."
FERNANDA RODRIGUES (São Paulo, SP)

Prédios mais verdes
"Sobre a reportagem "Prefeitura exige mais verde em prédios novos" [Cotidiano, 22/12], a portaria é muito importante. Medidas como essa, somadas ao aumento de verde nas áreas públicas, fazem a diferença em uma metrópole que precisa se preparar para as mudanças climáticas. Quem dera isso tivesse sido pensado 30 anos atrás."
RICARDO HENRIQUE CARDIM , Associação dos Amigos das Árvores de São Paulo (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de:
Luiz Nusbaum (São Paulo, SP); Rubens Caldari, presidente da Associação Comunitária do Bairro São Dimas (Piracicaba, SP); Moked do Brasil (São Paulo, SP); Alex de Lima, coordenador de pesquisa e pós-graduação da FMU/SP (São Paulo, SP); José Maria Cancelliero, presidente e Leila Ofélia, assessora de imprensa do Centro do Professorado Paulista (São Paulo, SP).

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