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SERGIO COSTA
Mapa astral
RIO DE JANEIRO- Recém-rebaixado à categoria de planeta-anão
no Sistema Solar, Plutão é regente
do signo de Lula: Escorpião. A desqualificação, segundo especialistas,
atingiu o astro quando transitava
no meio do céu do presidente, a influenciar sua vida profissional.
Planeta ou planeta-anão, Plutão,
quando está mais perto da Terra, fica a mais ou menos 4,4 bilhões e 4,5
bilhões de quilômetros de distância. É de lá, dessa lonjura quase infinita, que emana vibrações para o
mapa astral geral e para os nativos
de Escorpião em particular.
Escrito nos astros ou coincidência, o rebaixamento de Plutão casou
com uma mudança de ânimos na
campanha. Lula, até então com atitude olímpica na liderança, resolveu dar uma espanada geral. Ele,
que só tinha batido em Serra - ato
falho?-, no fim da semana partiu
para cima do real adversário Alckmin com críticas à educação em São
Paulo e ainda saiu em defesa do
aliado Marcelo Crivella no Rio ao
atirar em Cabral Filho, ligando-o ao
casal Garotinho.
Alckmin também subiu o tom.
Ainda que vagamente, trouxe de
volta o tema do mensalão e tentou
associar invasões de terras e tetos
ao governo federal.
Qualquer que seja a influência na
astrologia da decisão dos astrônomos sobre Plutão, ou Plutinho, como há quem brinque agora, ela parece ter sido igual para os dois rivais. Ainda que a estratégia de ambos possa ser creditada ao calendário pragmático dos marqueteiros.
Se a transformação do astro em
planeta-anão influenciou a vida
profissional de Lula, que andou declarando até o sonho de ser economista como antídoto ao elogio de
ignorância a ele atribuída, atingiu
também a de Alckmin. Os dois passaram a falar mais grosso e mais alto ao mesmo tempo. Por incrível
que pareça, o ex-governador também é de Escorpião.
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