São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

A ameaça dos ônibus
"O fato de motoristas e cobradores de ônibus entrarem em greve em São Paulo não me deixa surpreso.
O que me causa horror é eles usarem os ônibus como arma, causando engarrafamentos enormes e dificultando o direito de as pessoas transitarem livremente pela cidade. O mais estranho é que não havia nenhuma multa nos ônibus estacionados em lugares proibidos. Qual o motivo de terem tratamento privilegiado?"
Marco Antonio Martignoni (São Paulo, SP)

A Aids e as crianças
"A Folha de ontem traz notícias alarmantes para mulheres e crianças do mundo inteiro. A Aids tem feito das crianças suas piores vítimas, seja pelo efeito direto, contaminadas até mesmo quando em gestação, seja pelo indireto, a orfandade, já que os índices de contaminação entre as mulheres têm crescido ano a ano.
Associada à miséria e à pobreza, a doença é ainda mais devastadora, privando a criança de condições mínimas de sobrevivência, do convívio social e escolar e, em alguns casos, transformando-a em mercadoria de troca: em Zâmbia, crianças estão sendo vendidas pelos pais! Urge que o problema da Aids seja tratado como uma questão global, por governantes de todo o planeta, com programas que controlem a epidemia e seus efeitos, sobretudo nas crianças e nos adolescentes."
Ana Maria Wilheim, superintendente da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente (São Paulo, SP)

Sentença de morte
"A Nigéria decidiu sumariamente aplicar a pena de morte para a jornalista que escreveu que as candidatas ao título de Miss Mundo são tão belas que até o profeta Muhammad se casaria com uma delas. Isso desencadeou a fúria de fundamentalistas islâmicos contra cristãos.
Em nome da liberdade de expressão e dos mais profundos princípios humanitários, que devem estar acima de religiões e dogmas, que se registre o mais veemente protesto por essa atitude. É uma vergonha para a humanidade."
Celio Levyman (São Paulo, SP)
 

"Depois do genocídio na Nigéria, grupos feministas agora tentam boicotar o concurso em Londres. Por favor, deixem as meninas concorrerem em paz.
Não vão alterar em nada o curso deste planeta. Será que elas são culpadas de alguma coisa?"
Marco Wandercil (Campinas, SP)

Divisão de responsabilidade
"Acho absurdo só o Estado ter de arcar com as indenizações aos donos da Escola Base, que tiveram suas vidas praticamente destruídas por mães irresponsáveis e pela mídia sensacionalista."
Helena Yukie Tawaraya (São Paulo, SP)

Abuso em estradas
"O que a fiscalização nas estradas tem feito para punir os motoristas que trafegam pelo acostamento?
Sinto-me um otário ao enfrentar os congestionamentos e ver centenas de carros ultrapassando pelo acostamento.
Esses maus cidadãos prejudicam os que seguem a lei, com a sensação de que estamos vivendo num país de total impunidade. O que a Polícia Rodoviária pensa em fazer para punir esses infratores? Alguém responde?"
Durval Tavares (São Paulo, SP)

Efeito das drogas
"É curioso observar como os as recentes barbáries -caso da família Von Richthofen e do estudante de direito que matou a avó e sua empregada- fizeram a culpa recair quase totalmente nas drogas. Os coitadinhos não tiveram assim tanta culpa. É fácil transformar substâncias psicoativas nos vilões da história. O difícil é perscrutar com clareza os abismos da personalidade de cada um."
Flávio Guimarães De Lucca (Limeira, SP)

Teoria e prática
"Luiz Inácio Lula da Silva critica Fernando Henrique Cardoso por ter deixado servidores sem aumento. O candidato Lula tem todo o direito, até a obrigação, de dizer isso no afã de conseguir votos, mas o presidente já eleito Lula não. Ele tem a obrigação de dar aumento aos servidores já no dia 2 de janeiro. Não o fazendo dá aos brasileiros o direito de chamá-lo, no mínimo, de demagogo."
Mario Ladosky (Bragança Paulista, SP)

Alíquota de imposto
"Por que prorrogar a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda? Essa diferença na mão dos trabalhadores não ajudaria na recuperação da economia?
Será que um governo que se diz moderno, como o PT sempre propagou, não enxerga esse beneficio?"
Pedro Rinaldi (Franca, SP)
 

"Não concordo com algumas cartas publicadas neste "Painel" sobre incoerência do PT em querer impostos altos agora que é governo, diferentemente do que pregava quando era oposição. Os impostos têm de ser altos, infelizmente, porque o Estado está endividado e falido. Sem os impostos, teriam de dar calote nos credores.
A situação atual do Brasil é culpa da política neoliberal que dominou a todos na última década. Só caberão críticas ao PT se sua política econômica não reverter o quadro de deterioração iniciado pelo governo anterior."
José Menezes Netto (Macaé, RJ)

Lição de casa
"Gostaria de cumprimentar a Folha pelo esclarecedor artigo "Rumo" escrito pelo colunista Roberto Mangabeira Unger (Opinião, pág. A2, 26/11), em que explica a direção que o país necessita tomar. A meu ver, trata-se de um material indispensável e didático, contendo as principais medidas a serem realizadas no governo Lula.
Sugiro que a equipe do presidente eleito utilize-o frequentemente antes de sentar à mesa de negociação."
Luiz Gonzaga Bertelli Jr. (São Paulo, SP)

Coragem duvidosa
"A declaração do senador eleito Aloizio Mercadante de que o governo do PT promete "jogar duro" com os EUA nas relações comerciais é hilariante. Eu não sabia que os governantes de um país como o nosso, movido a dívidas, ainda conseguia "falar grosso"."
Augusta Maria de Souza Guimarães (São Paulo, SP)

Valorizar o médico
"Ser médico não é tão "bonito" como achava na infância. Ainda mais quando se trabalha em serviços públicos. O médico é desrespeitado em todos os níveis. A maioria dos pacientes cobra a demora para receber atendimento, sendo que o profissional nada tem a ver com a superlotação dos hospitais.
Pronto-socorros viram postos de saúde em detrimento da sua razão de existir: tratar doenças graves e/ou agudas. Cuida-se de um resfriado, enquanto há pacientes infartando na sala de espera.
Há necessidade de educar a população, pois o médico merece tanto respeito quanto o presidente ou um gari."
Cleophus James Dalton (Botucatu, SP)

Proteger os animais
"Quero registrar minha revolta com a rinha de galos, que teve seu grande momento no Campeonato Brasileiro de Briga de Galo, em Salvador.
Justificar qualquer atividade que cause sofrimento de um ser em prol da diversão de outro como sendo folclore ou cultura não é mais aceitável.
Também é triste ouvir as pessoas dizendo que esse não é um assunto relevante, já que vivemos em um país onde a violência cresce a cada dia.
Incentivar esse tipo de crueldade contra os animais é permitir que atos parecidos também venham a ser praticados contra seres humanos."
Kátia Okumura Oliveira (São Paulo, SP)


Texto Anterior: Newton Lima Neto: Aprendizagem já!

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.