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São Paulo, sábado, 29 de março de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Guerra
"A desfaçatez norte-americana parece não ter fim. Depois de intermináveis bombardeios ao Iraque, os EUA passam a divulgar aqui e ali fotos de bondosos marines socorrendo vítimas da guerra.
Agora, dizem que a "ajuda humanitária" só chegará ao Iraque depois que minas submarinas forem desativadas. Por acaso, essas minas não existiam quando os militares desembarcaram no Kuait para invadir o Iraque?"
Maurício Maia (São Paulo, SP)

 

"Muito oportuna a opinião de Clóvis Rossi a respeito da qualidade dos argumentos oficiais de Bush e de sua assessoria para a guerra ("Guerra faz mal à inteligência", pág A2, 28/3). Às vezes tenho a impressão de que Bush trata a opinião pública internacional como idiota ao querer convencer-nos com falsos números e argumentos mesquinhos de que o direito da força é mais racional do que a força do direito.
Já está claro que não haverá vencedores ao final do conflito. Se Saddam vencer Bush, o povo iraquiano sairá perdendo. Se acontecer o contrário, a razão e a paz mundial correrão sérios riscos, pois não existirão limites para que a "democracia americana" seja exercida onde eles quiserem que seja."
Luiz Francisco Boechat Júnior (Pilar do Sul, SP)


 

"Há que se louvar o papel da ONU antes da invasão dos EUA no Iraque por negar uma autorização a uma guerra absurda como essa -com fins apenas comerciais. Isso surpreendeu, pois a ONU sempre foi submissa aos EUA.
Ocorre que, mesmo sem a autorização, a invasão ocorreu. E o resultado é essa catástrofe humanitária que todos estamos vendo. Mesmo assim, a ONU não tomou nenhuma atitude contra os invasores americanos.
De que adiantam os discursos de Kofi Annan contra a guerra? Se a ONU quisesse tomar alguma atitude efetiva, mandaria uma força internacional de paz para defender o Iraque ou então declararia Bush e Blair "bandidos de guerra"."
Marcelus William Janes (São Paulo, SP)

Violência
"O Instituto Sou da Paz se solidariza com a família da estudante Gabriela do Prado Ribeiro, morta durante assalto no metrô do Rio de Janeiro.
Sabemos que, infelizmente, em todos os anos, cerca de 50 mil brasileiros perdem a vida vítimas de armas de fogo. Para evitar tragédias como a que tirou a vida de Gabriela, é preciso urgentemente adotar medidas que reduzam drasticamente o número de armas de fogo em circulação no Brasil. Isso pode ser feito com o aumento do controle sobre os fabricantes e sobre as fronteiras, com a melhor fiscalização das empresas de segurança e dos policiais que desviam armas e com a aprovação da lei que proíbe a venda de armas de fogo.
Se essas medidas tivessem sido aprovadas em 1999, quando foram enviadas ao Congresso Nacional, vidas como a de Gabriela e muitas outras poderiam ter sido poupadas."
Denis Mizne, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz (São Paulo, SP)

Crime organizado
"O crime organizado está mostrando que não se intimida com o modelo atual de segurança. Dois crimes contra juízes foram perpetrados em menos de 15 dias, um em Presidente Prudente (SP) e outro em Vitória (ES).
Como é possível enfrentar essa situação com uma polícia mal paga, que trabalha por puro idealismo, e com um Judiciário obrigado a conceder benefícios a presos em virtude de brechas da lei?
É hora de nos unirmos às forças policiais e ao Judiciário para encontrar uma saída que nos possa dar segurança. Não bastam discursos vazios em palanques de "shows" pessoais, que nada resolvem.
Do jeito que a coisa anda, continuaremos presos, e os bandidos, soltos."
José Pantaleão de Santana (Taubaté, SP)

Consequência
"É louvável a atitude de brasileiros que estão saindo à rua para protestar contra a guerra no Iraque.
Entretanto deveríamos fazer o mesmo, com frequência, para protestar contra a violência, a corrupção, o desemprego, a incompetência de muitos políticos e a pobreza que reinam neste país.
Vamos, num clamor, lutar por justiça social, pois a paz é consequência do reinado da justiça."
Gilberto Coimbra (Belo Horizonte, MG)

Medicina
"O professor Miguel Srougi abordou com muita competência e de forma bastante esclarecedora para o leitor leigo o tema da formação médica no artigo "Como fazer um bom médico" ("Tendências/Debates", pág. A3, 25/3).
A meu juízo, faltou ao professor Srougi uma palavra sobre a questão vocacional, que o vestibular não avalia. Essa é uma dificuldade presente em alguns alunos e em alguns colegas de profissão.
Todos reconhecemos a necessidade de médicos competentes e humanos, mas extremamente vocacionados. Como identificar ou selecionar os mais vocacionados para a profissão?"
Herculano Dias Bastos, professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (Botucatu, SP)

 

"A propósito do artigo "Como fazer um bom médico", gostaria de acrescentar que bons médicos não são gerados por um único ato, não são produzidos em série. Médicos, assim como outros profissionais de nível superior, são homens e, portanto, imperfeitos. São modelados e aperfeiçoados a cada santo dia, com muito trabalho e estudo.
O conhecimento científico é vasto.
Poucas escolas médicas ministram disciplinas de filosofia ou de ciências humanas. Os conhecimentos não-médicos geralmente são adquiridos com autodidatismo nas poucas horas disponíveis.
A crítica generalizada à classe médica é inoportuna e não constrói. Creio não haver motivo para o encantamento dos leitores com tal artigo."
Paulo César Alves Carneiro, médico e bacharelando em filosofia, professor-adjunto-doutor da Faculdade de Medicina da UFRJ (Rio de Janeiro, RJ)

Expulsão
"As diversas reportagens sobre a possível expulsão do deputado federal Babá (PT- PA) chamam a atenção. Afinal, qual é o erro político de um dirigente que é fiel ao discurso que seu movimento defendeu durante mais de 20 anos e que ele representou nos seus cinco mandatos parlamentares?
É inadmissível que, enquanto alguns dirigentes do PT defendem a continuidade de um modelo econômico fracassado, burlando os anseios de mudança de mais de 50 milhões de brasileiros, se pretenda punir os que tentam ser consequentes com as bandeiras históricas do PT."
Santos Barbieri (Brasília, DF)

Limpeza
"A preocupação da Prefeitura de São Paulo com a limpeza do Pátio do Colégio não se restringe a ocasiões especiais, como a visita da rainha Beatrix na última quarta-feira ("Ao lado de rainha, Marta ouve vaias", Cotidiano, 27/3).
O local passa, diariamente, por um conjunto de serviços de limpeza. São quatro varrições diárias, uma grande coleta de resíduos noturna e uma lavagem especial feita com caminhão de água quente e fria e com um caminhão-pipa.
A operação noturna no local é a mais importante. Além do Pátio do Colégio, as 11 equipes de lavagem noturna prestam serviços diários na praça da Sé, no largo Paissandu, na avenida Nove de Julho e nas suas escadarias, nos viadutos Jacareí e Nove de Julho, em ruas como a Barão de Itapetininga e nas escadarias do Teatro Municipal, entre outros locais."
Carlos Arruda, assessor de imprensa do Limpurb (São Paulo, SP)

Transportes
"Em relação à reportagem "SPTrans paga mais caro por diesel" (Cotidiano, pág. C1, 22/3), a assessoria de imprensa da São Paulo Transporte S.A. esclarece que, como empresa pública e de acordo com os princípios de abertura e transparência que pautam a administração municipal, é seu compromisso e responsabilidade prestar contas de sua atuação e apurar vigorosamente qualquer indício de erro ou irregularidade. Contudo a SPTrans considera incorreto transmitir maiores informações antes de uma averiguação minuciosa dos fatos citados. Reafirmamos que o contrato com a atual fornecedora de diesel à empresa Santa Bárbara não foi decisão da SPTrans, e sim do proprietário da viação antes da chegada dos interventores. Nossa responsabilidade é a de impedir a interrupção do serviço essencial de transporte público. Assumimos operacionalmente a empresa em caráter provisório para evitar prejuízos ao usuário. E exatamente porque sabemos que a São Paulo precisa de soluções definitivas, e não provisórias, estamos concluindo a maior licitação do mundo neste setor para implantar um serviço de transporte público à altura do que a população precisa e merece ter." Fernanda Maria dos Santos, assessora de imprensa da São Paulo Transporte S.A. (São Paulo, SP)


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