São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


PT
"Sempre fui simpático ao ex-reitor, ex-governador e ex-ministro Cristovam Buarque. Sua lucidez e grandeza ficam agora mais evidentes na crise. Seu artigo de ontem ("O despertar da militância", "Tendências/Debates') é simples, objetivo e grandioso. Uma síntese precisa da vida do seu partido -do nascimento até a sua quase morte. Por que homens como esse são vozes dissonantes do PT atual? Ou o PT ouve mais essas autocríticas honestas ou será enterrado com seu fanatismo e sua arrogância. Será que o PT quer despertar?"
Flávio Dias (São Paulo, SP)

 

"Fantástico o artigo de Cristovam Buarque publicado ontem. Quando nós, fundadores do PT, militantes de carteirinha, estamos atordoados com a pancada, surge uma luz no fim do túnel com esse artigo. Nós, fundadores do PT que nunca tivemos os 15 minutos de fama, não construímos um partido para usurpadores que nunca saíram às ruas para pedir voto. Não podemos deixar que meia dúzia de "dirigentes partidários" rasguem nossas bandeiras. O PT chegou aonde chegou graças a centenas de milhares de rostos desconhecidos e sofridos que empunhavam suas bandeiras e iam para as ruas pedir votos na esperança de construir um país justo, enquanto os "capas pretas" articulavam nos gabinetes. O meu PT não é o PT dos Delúbios, dos Silvinhos e dos Serenos. É o PT da ética e da transparência. É o PT do Lula."
Argemiro Afonso Ramos (Sabará, MG)

Liberdade de imprensa
"A Folha deixou o seu nome marcado na história da reconstrução da democracia no Brasil. O jornal tem a virtude de abrigar a opinião dos contrários. O livre debate das questões que afligem a sociedade faz brotar as liberdades do cidadão. Como cidadão e homem público, tenho sido vítima de ataques e de injustiças. Nada me faz perder a fé na liberdade de imprensa. Um país de homens livres precisa de opiniões livres. Tenho certeza de que, sobre as denúncias de pessoas contrariadas, com interesses inconfessáveis, um dia reinará a verdade. Não peço apenas crédito ao que digo, reivindico a democrática oportunidade de dizê-lo. Conheço a ética que norteia esse jornal. Ela desperta em mim admiração e respeito. Um respeito que se origina na convicção de que a justiça prevalece sobre a calúnia."
Valdemar Costa Neto, deputado federal (PL-SP), presidente do PL (Brasília, DF)

Publicidade
"Esclarecemos que o ranking do jornal "Meio & Mensagem", baseado em informações do Ibope, não apresenta números reais referentes ao desempenho da CasaBlanca nos anos de 2003 e 2004 ("DNA não é agência que mais cresceu, diz Ibope", Brasil, 28/6). O crescimento apontado é fictício, pois se baseia em veiculações de nosso cliente Ministério da Educação, que, em virtude de acordo com a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), são gratuitas -portanto não são faturadas pela agência. Assim, esses valores não podem ser incluídos no cálculo de nenhum indicador ou do desempenho financeiro da agência."
Juliano Sales, sócio-diretor da Casablanca Comunicação & Marketing (Brasília, DF)

Racismo no largo São Francisco
"Nós, ex-presidentes e coordenadores do Centro Acadêmico XI de Agosto, representativo dos estudantes da Faculdade de Direito do largo de São Francisco (USP), manifestamos nosso repúdio ao conteúdo do jornal do grupo A Escória, que hoje gere aquela entidade. Além de defender a tortura, o referido jornal traz frases racistas, homofóbicas e machistas, contrariando a tradição centenária do XI de Agosto na defesa radical dos direitos humanos. Alegar que tais afirmações são fruto de uma brincadeira -e por isso seriam desculpáveis- assusta ainda mais quando vindas de futuros juristas. Confiamos na volta do Centro Acadêmico ao seu trabalho pela tolerância e pela justiça social e contra a opressão, conforme dispõe o seu estatuto e deseja a maioria de seus sócios." Daniel Arbix (2004), Ademir Figueiredo (2003), Fábio Silva, Livia Sobota e Lucia Del Picchia (2002), Pedro Abramovay (2001), Alex Canuto, Mário Schapiro e Vinicius de Carvalho (1999), Andrea Mustafa (1998), Denis Mizne (1997), Juliano Basile (1995) e Fernando Amaral (1994) (São Paulo, SP)

O ministro e as células-tronco
"Em seu artigo "Quem tem medo das células-tronco?" ("Tendências/Debates", 27/6), o ministro da Saúde, Humberto Costa, nada acrescenta ao que já havia dito em mesa-redonda e debate no auditório da Folha. Pelo contrário, prova que certamente não leu o texto da ação direta de inconstitucionalidade do procurador-geral da República, Claudio Fonteles. Se o houvesse feito, teria dito a seus leitores que se trata de peça jurídica muito bem fundamentada e que em nenhum momento o doutor Claudio Fonteles acena com o fato de ser católico praticante e fervoroso. Os argumentos que usa transcrevem vários depoimentos de cientistas, comprovando que já existe vida humana no óvulo apenas fecundado de qualquer mulher. E, se há vida, é dever de todos respeitá-la do seu início à fase terminal e é, de fato, inconstitucional a Lei da Biossegurança na parte que permite experiências com embriões congelados em laboratórios. A nova Lei da Biossegurança, a política antinatalista de nosso atual e do anterior governo e a opção pessoal do atual ministro da Saúde -que vê somente o que lhe interessa- revelam que, no Brasil, se está negando o principal e fundamental direito de todo ser humano, que é o direito à vida, sem o qual qualquer outro direito é inviável. Que o STF acate a ação de inconstitucionalidade e cumpram os seus ministros o dever que têm de tutelar a Constituição e, particularmente, a vida dos indefesos embriões e fetos. Temos o direito de exigi-lo até porque somos cidadãos conscientes, católicos ou não-católicos."
Dom Amaury Castanho, bispo emérito de Jundiaí (Itu, SP)


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