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São Paulo, segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

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OS EUA CRESCEM

A mais recente safra de indicadores dos EUA reforça a avaliação de que a maior economia do globo se encontra em pleno processo de aceleração. A produção da indústria norte-americana, por exemplo, feito o ajuste sazonal, teve de outubro para novembro expansão de 0,9%, atingindo um patamar superior ao previsto -que era de 0,5%. O destaque foi o aumento da fabricação de equipamentos, em especial na área de informática, o que ratificou a avaliação de que as empresas entraram em novo movimento de investimento em tecnologia.
Outro indicador que trouxe números melhores do que os previamente estimados foi o relativo à construção de imóveis residenciais. Em novembro, o ritmo de construção voltou a se acelerar e, pela primeira vez na história dos EUA, atingiu o valor anualizado de 2 milhões de unidades.
Até mesmo o mercado de trabalho, que vinha se mantendo pouco dinâmico, e por isso mesmo despertava apreensões quanto ao fôlego da retomada da demanda, trouxe dados alentadores. Novembro foi o quarto mês consecutivo em que as admissões superaram as demissões. Ao lado disso, os pedidos de seguro-desemprego, que esboçaram alta na virada de novembro para dezembro, voltaram a ceder na segunda e terceira semanas do mês.
O prognóstico de que 2004 será um ano de bom ritmo de crescimento da economia global, puxado pelos EUA, vai se tornando, portanto, mais provável. Como não se vislumbra o despontar de pressões inflacionárias expressivas no período, as taxas de juros internacionais ainda deverão continuar reduzidas.
São perspectivas em geral boas para as contas externas do Brasil, tanto no que se refere à expansão das exportações como no tocante às condições de acesso a investimentos e financiamentos internacionais.
É de esperar que as autoridades econômicas tenham a prudência de, diante de ventos internacionais favoráveis, não descuidar das condições para a sustentação futura de resultados robustos nas contas externas, pois a bonança internacional, como se sabe, pode ser passageira.


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