Caetano
"É lamentável que Caetano Veloso, com todos esses anos de carreira, ainda não tenha percebido que qualquer pessoa no meio artístico está sujeita a receber críticas.
Se não existissem as críticas, talvez não tivéssemos bons artistas, pois não é somente por meio do elogio que se cresce.
Tudo bem que ele fique indignado por não ter gostado do que escreveram sobre o show com Roberto Carlos, afinal não é a todo mundo que se agrada. Mas daí a desqualificar o trabalho dos jornalistas por meio de ofensas já é demais."
ANA PAULA BATISTA (Cordeirópolis, SP)

Fumo
"Reportagem em Cotidiano de 23/8 informou: "Fumo passivo mata sete por dia, diz estudo". Logo, a iniciativa do governador José Serra ("Serra quer banir fumo em ambiente fechado", Cotidiano de ontem) tem aspectos de saúde pública fortíssimo. Logo, deve ser apoiado."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Metrô
"O metrô da capital paulista, quando de sua inauguração, mereceu um destaque especial. Um sistema de transporte largamente usado em grandes cidades de todo o mundo passava a integrar também a rotina dos paulistanos.
Infelizmente, o destaque agora tem a ver com irregularidades espantosas.
Numa mesma ocasião, surgem informações sobre procedimentos inadequados que teriam provocado o desabamento em Pinheiros, onde sete pessoas foram vitimadas, e sobre fraude na concorrência para as obras de um outro trecho.
O pior é que os responsáveis não são efetivamente punidos."
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

Saúde
"Em relação à nota "Assim sim/ assim não" ("Painel", Brasil, pág. A4, 22/8), o Ministério da Saúde esclarece que a diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde, Ana Estela Haddad, é professora-doutora da USP, aprovada em concurso desde 2003, com ampla experiência em políticas públicas.
Formalmente cedida em 2006 pela USP ao Ministério da Saúde, seu trabalho tem se pautado pela ética, pela qualidade, pela dedicação e pela busca constante de resultados, sendo que seu empenho e o de sua equipe aparecem em ações vinculadas aos programas Pró-Saúde e Telessaúde Brasil e à Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS)."
PRISCILA LAMBERT, assessora de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Bolívia
"Recentemente, o presidente Evo Morales venceu o referendo em que colocou o seu cargo em jogo -cerca de 2/3 dos bolivianos o reelegeram para o cargo que ocupa.
Na quarta passada, Morales foi impedido por opositores de fazer uma escala técnica com seu avião em três aeroportos de seu país.
Fosse ele de direita, certamente editoriais, articulistas e puxa-sacos de plantão, indignados, tomariam jornais e telejornais a bradar contra grupos antidemocráticos, contra esse "atentado a um governo eleito democraticamente".
Como se trata de um presidente de esquerda, a mídia se cala."
FERNANDO SOARES (São Paulo, SP)

Aborto
"Essa discussão sobre aborto em casos de fetos anencéfalos é secundária. A questão é simplesmente descriminalizar o aborto, não importa sob que condições.
Quando a mulher for considerada dona de seu corpo, e livre para escolher se quer ou não continuar com uma gravidez indesejada sem ser considerada criminosa, então essa questão da anencefalia estará automaticamente ultrapassada."
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)

Congresso
"Em razão do editorial "Congresso trancado" (Opinião, 27/8), sobre suposta omissão legislativa no que se refere à votação de proposta de emenda constitucional que altera o trâmite de medidas provisórias, cumpre-me esclarecer o que segue.
1. Aprovada no Senado, a PEC 511-A, de 2006, foi encaminhada à Câmara em fevereiro daquele ano.
2. Eleito para presidir a Câmara em fevereiro de 2007, um ano depois do recebimento da proposta do Senado, o deputado Arlindo Chinaglia determinou a instalação de comissão especial para analisar a PEC 511-A assim que a proposição foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, conforme determina o regimento, em outubro do ano passado. 3. A proposta do Senado foi alterada nos termos do substitutivo do deputado Leonardo Picciani, aprovado na comissão especial em 16 de abril deste ano.
4. Por sugestão do presidente da Câmara, o relator incluiu em seu parecer mecanismo que acaba com o trancamento de pauta por MPs, atualmente o maior impeditivo para que a Câmara e o Senado definam a própria agenda.
5. O substitutivo à PEC 511-A está na pauta do plenário desde então, mas não foi votado em razão do trancamento da pauta por MPs e/ ou da obstrução de bancadas.
6. Conforme acordo fechado no início de agosto no colégio de líderes de bancada, coordenado pelo presidente Chinaglia, a PEC que altera o trâmite de MPs será votada na Câmara depois das eleições."
OSWALDO BUARIM JÚNIOR, assessor de imprensa da presidência da Câmara (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

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