São Paulo, sábado, 30 de setembro de 2000

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PAINEL DO LEITOR

Tudo de novo
"Lembra-se de 1986? Assim que terminar o segundo turno, teremos os aumentos. O primeiro será o dos combustíveis."
Roberto Silva Costa (Ribeirão Preto, SP)

Prefeito
"O prefeito Celso Pitta é constantemente desrespeitado pelo "Painel", que já o chamou de "desastre" e agora o compara a um "Mané" (edição de 28/9). Um "Mané" que resiste a quatro anos de linchamento? Apesar de alguns jornalistas da Folha merecerem adjetivos piores, Pitta jamais os ofendeu nem permite que assessores o façam. Quando os adversários apelam é porque não têm como justificar seu ódio. Já perderam a razão e o equilíbrio."
André Sales, assessor de imprensa da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Vices
"O candidato a vice-prefeito de São Paulo Hélio Bicudo é um dos maiores símbolos da luta pela democracia e pela defesa e promoção dos direitos humanos no Brasil e no continente americano. O fato de ser candidato em São Paulo e não abdicar de continuar à frente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA só dignifica ainda mais sua trajetória de homem público."
Benedito Domingos Mariano, ouvidor da polícia de São Paulo e coordenador executivo do Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia (São Paulo, SP)

Editorial
"O editorial "Fim da repetência" (Opinião, 29/9), que trata da progressão continuada na escola pública, traz uma contribuição efetiva para a discussão desse assunto. Desde 1998, quando decidimos implementar o sistema de ciclos no ensino fundamental, temos dedicado grande parte do nosso tempo a esclarecer pais, professores e alunos a respeito das vantagens dessa nova forma de avaliação. Trata-se de assunto de grande complexidade técnica e que provoca reações destemperadas, já que traz um componente ideológico muito forte. Contudo, no editorial, a Folha conseguiu tocar nos aspectos principais da discussão. Usando a imagem do círculo vicioso, mostrou claramente o perigo a que fica submetido o aluno reprovado: "Carregando o estigma de repetente (...), o aluno não raro passa a representar o papel do mau estudante, incorporando-o...". Concordamos, ainda, quando o editorial fala da necessidade de que as unidades escolares e os professores estejam preparados para a mudança do sistema. Ressaltamos algumas providências já tomadas: definição de jornada escolar de cinco horas diárias, criação da função do professor-coordenador em todas as escolas, remuneração da hora de trabalho coletivo dos professores para capacitação e avaliação, implantação da recuperação durante todo o ano letivo, bem como a da recuperação das férias (janeiro). Por fim, é preciso esclarecer que o novo modelo, ao contrário do que se afirma, não "melhora rapidamente as estatísticas oficiais" de aprovação. No ensino fundamental da rede pública estadual, nos dois primeiros anos de funcionamento da progressão continuada, o índice de reprovação subiu de 2% (1998) para 3,3% (1999). Da 5ª à 8ª série, os números são ainda mais reveladores: a reprovação subiu de 2,6% (1998) para 4% (1999)."
Rose Neubauer, secretária de Estado da Educação do governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Informação
"Em referência à reportagem "Dornelles dedica dia para dar apoio a candidatos no RJ" (Brasil, 29/9), gostaria de informar, com o objetivo exclusivo de esclarecer, que o prefeito do município de Vassouras não é José Maria Caputi, do PPB, e sim Pedro Ivo, do PSDB."
João Carlos Boechat Capita, secretário-geral do PPB-RJ (Rio de Janeiro, RJ)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

Seleção e patrocínio
"Gostaríamos de esclarecer aos leitores da Folha que a reportagem "Nike resolve pôr o dedo na seleção" (Sydney2000, 25/9) apresenta informações incorretas, que transmitem uma mensagem totalmente equivocada sobre o papel da Nike em relação à CBF. A Nike refuta veementemente a afirmação do título da reportagem -"Nike resolve pôr o dedo na seleção". O contrato da CBF com a Nike é de fornecimento de material esportivo para todas as seleções brasileiras de futebol, portanto, a função da empresa é a de fornecer calçados, vestuário e equipamentos para os jogadores. A Nike não interfere em nenhuma decisão tomada pela CBF e também não levará nenhuma posição de contrariedade ou solicitará informações sobre decisões tomadas porque não é esse o papel de uma empresa fornecedora de material esportivo. Estranhamos o fato de essas duas afirmações terem sido publicadas sem terem sido obtidas com a empresa, transmitindo uma mensagem totalmente incorreta aos leitores. Aproveitamos também para esclarecer que as decisões sobre adversários e datas dos jogos amistosos realizados pela seleção brasileira, previstos em contrato, são tomadas em conjunto com a comissão técnica e não são impostas pela Nike. A Nike é uma empresa que apóia o desenvolvimento dos esportes em todo o mundo e sempre torce por e apóia seus atletas e equipes na busca dos melhores resultados nas competições."
Kátia Gianone, gerente de comunicação da Nike do Brasil (Barueri, SP)

Exemplos
"O nosso Brasil hoje está uma vergonha. Não acham o Nicolau e soltam a Jorgina. Miremo-nos no exemplo das ruas de Praga: os homens resolveram acabar a reunião antes da hora. Então, a rua pode vencer. Domingo é dia de eleições. Será que não está na hora de mudarmos os nossos vereadores e prefeitos?"
Leopoldo da Silva Castro (Araraquara, SP)

Repetições
"A desclassificação da seleção brasileira de futebol demonstrou o resultado da união incestuosa entre a soberba e a incompetência. A soberba ficou clara nas declarações de jogadores e comissão técnica após o vexame contra a África do Sul e a vitória apertadíssima contra o Japão: o time tinha grande potencial, apenas não havia deslanchado ainda. Quem acha que se tratou somente de uma fatalidade deve se lembrar das semelhanças com a seleção nacional que voltou humilhada da França em 1998. Para quem insiste em ignorar as lições da história, seja no futebol, na política ou na vida, está provado que um raio cai no mesmo lugar mais de uma vez."
Kleber Boelter (Porto Alegre, RS)

Verde e amarelo
"Alguém tem que falar para nossos atletas que eles não precisam carregar o país nas costas. A mídia passa uma carga de pressão tão grande quando começa a vendê-los como os melhores do mundo que toda a população se acha no direito de cobrá-los. Eles ficam travados por tanta responsabilidade e, depois, pedem desculpas, como se nos devessem as medalhas. Não devem mesmo. O governo, sim, deve muito a eles e a todos os nossos jovens que querem participar de esportes e não têm condições. A mídia e a população têm que passar a fazer a sua parte logo após a Olimpíada, cobrando, de quem tem a obrigação, esse apoio que não é dado nem pelas autoridades nem pela cartolagem, que, aliás, é quem mais ganha com nossos atletas."
Vera Nilce Codeiro Correa (Curitiba, PR)

Crimes e crimes
"Por tudo o ladrão deve ser devidamente julgado com qualidade para se saber o motivo exato do assalto. Às vezes o assalto tem na cabeça do ladrão o porquê de ter feito isso. Todo julgamento deve ser justo. Nunca se deve prender o ladrão sem saber se sua índole é de assaltante ocasional. Vereadores, deputados e homens de negócios importantes que roubam continuam soltos "porque roubaram de ladrão"."
Livio Nogueira (São Paulo, SP)



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