São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Rio, SP, Bagdá
"Não podemos comparar o Brasil com o Iraque, como fez ontem Clóvis Rossi ("Ponto para a barbárie'), porque lá é muito mais seguro do que aqui. Lá se morre por um ideal; aqui, por um real.
Somente nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro morrem bem mais pessoas, diariamente, à bala, do que no Iraque."
BRAZ FERRAZ CARLOMANHO (Piracicaba, SP)

"A vida do morador do Rio está parecendo com a do sertanejo de outrora, entregue à sorte lançada em cada visita de cangaceiros a suas vilas e povoados.
A era de Lampião voltou, agora no Rio, com o povo no fogo cruzado entre cangaceiros e macacos (a polícia, que chegou a se vestir quase como cangaceiro de tanto que admirava o modo de vida daqueles bandidos). Naquele tempo, o interior do Nordeste era terra de ninguém, onde imperava a lei do mais forte -como ocorre hoje em solo carioca. E a polícia, composta por soldados da região, caçava os cangaceiros, mas queria, no fundo, tomar o lugar dos errantes personagens de cinema para poder "governar" à sua maneira.
Até que o governo central resolveu acabar com a festa e mandou tropas de outras províncias. Então o cangaço morreu."
MARIA HILARINA AIRES NUNES (João Pessoa, PB)

Caixa paulista
"Em relação à reportagem "Lembo anuncia caixa de R$ 3,3 bilhões, mas equilíbrio exige corte" (Brasil, 29/12), esclareço o que segue: O saldo mencionado no texto, de R$ 3,3 bilhões, é resultado de uma versão preliminar do fluxo de caixa do Tesouro, que, com as atualizações e ajustes, está atualmente previsto em R$ 3,9 bilhões.
O saldo projetado de R$ 3,9 bilhões teria sido muito maior (R$ 7,1 bilhões) se o governo do Estado não tivesse reduzido seu passivo em R$ 3,2 bilhões, com os pagamentos adicionais de R$ 0,9 bilhão (quitação integral da dívida mobiliária) e de R$ 0,9 bilhão de precatórios (além do previsto) e com a redução de obrigações a pagar de R$ 1,4 bilhão. Os números indicam, portanto, que, ao reduzir o passivo, o Estado está sendo entregue com suas contas mais equilibradas.
Cabe ressaltar ainda que, em 31 de dezembro de 2006, a relação "saldo de caixa/restos a pagar" deve fechar em 1,30, apontando que, a exemplo do que vem ocorrendo desde 1999, toda despesa efetuada e não paga no final deste ano possuía contrapartida financeira no caixa do Tesouro paulista.
Destaque-se também que o Programa Especial de Pagamento (PEP) de Débitos Fiscais do ICMS, além de favorecer os municípios com repasses extras, representou cerca de R$ 650 milhões adicionais aos gastos em educação e saúde. O PEP, somado ao esforço de arrecadação do IPVA, contribuiu ainda para a execução dos investimentos de R$ 5,9 bilhões programados para o exercício e que corriam risco de paralisação. Deve-se observar que esses aumentos de gastos foram concretizados sem prejuízo do equilíbrio orçamentário, além de assegurar o cumprimento de todas as metas fiscais previstas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e pelo Programa de Ajuste Fiscal com a União."
PATRÍCIA REIS GUEDES, assessora especial de comunicação do governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Século passado
"O título do artigo de ontem do professor Luiz Felipe de Alencastro já diz tudo: "Memórias do Século Passado". Século passado, em história, é pouca coisa; em política, soa como era geológica.
A crítica à possibilidade de Delfim Netto participar do novo governo Lula transpõe para o presente um cenário do passado. As condições concretas postas hoje são muito diferentes daquelas, e Delfim Netto tem dado mostras cabais em seus textos de que tem acompanhado as mudanças globais, o que não parece ser o caso do professor, ainda preso na discussão do lamentável AI-5. Como o próprio articulista reconhece, ele faz parte de uma minoria. Ainda bem!
A grande maioria está atenta aos indicadores sociais e econômicos, que, ainda colocando o Brasil em situação desagradável no tocante aos sociais, têm mostrado a melhoria do nível de vida da população de forma progressiva e sustentável.
Todo homem público deve ser avaliado pelo conjunto de sua obra, e não apenas por recortes parciais.
Dessa forma, se Delfim Netto for para algum ministério do governo Lula, o será em outra época daquela mencionada, de outra forma. Terá toda a imprensa e a opinião pública a avaliá-lo, e não apenas uma minoria. Penso que seria uma boa oportunidade para todos."
ENILSON SIMÕES DE MOURA, Alemão, presidente da Social Democracia Sindical -SDS (São Paulo, SP)

Novo mandato
"Eu não costumo escrever para publicações, mas não pude deixar passar a oportunidade de citar o artigo da Danuza Leão de anteontem ("Mais quatro anos; socorro", Brasil). Está simplesmente fantástico. Pena que poucos tenham a capacidade de entender tão bem como ela o que acontece no país."
JOSÉ JOAQUIM MARQUES TERRA (Marília, SP)

"Um primor de preconceito a crônica de Danuza Leão publicada em 28/12. Preconceito não apenas contra Lula, mas contra o povo brasileiro que o elegeu e que é tachado de ingênuo e/ou interesseiro.
Danuza é, intelectualmente, o mais bem acabado retrato de certa colônia de parasitas -que Machado de Assis identificou tão bem em seus romances- que vive colada à elite brasileira, cuja visão de mundo reproduz e dissemina enquanto usufrui da complacência de seus mantenedores."
MARIA IZABEL BRUNACCI (Belo Horizonte, MG)

Educação
"Parabéns à Folha pelo excelente editorial "O segredo do êxito" (Opinião, pág. A2, 24/12), que trata do tema "educação" de forma elaborada e consistente."
MILÚ VILLELA, presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo, (São Paulo, SP)

Banco Santos
"Enquanto a criminalidade e a corrupção assolam o país, o ministro Gilmar Mendes afirma, sem rodeios, para justificar a soltura de Edemar Cid Ferreira, condenado por desviar mais de R$ 2 bilhões, que o clamor público, a credibilidade das instituições e até mesmo a gravidade do delito não são suficientes para justificar uma prisão cautelar ("Ex-dono do Banco Santos sai da prisão", Dinheiro, 29/12).
Cabe então indagar o que seria necessário, na visão do ministro, para que um criminoso de "colarinho branco" seja preso no Brasil? Aguardar décadas até que as quatro instâncias julguem as dezenas de recursos que certamente serão interpostos pelos competentes advogados do acusado?"
ALESSANDRO AUGUSTUS ALBERTI (São Paulo, SP)

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo (São Paulo, SP); Lobbe Neto, deputado federal pelo PSDB-SP (Brasília, DF); Mariângela Duarte, deputada federal pelo PT-SP (Brasília, DF); Rosana Paulo da Cunha, gerente de Ação Cultural do Sesc (São Paulo, SP); Luís Nassif, agência Dinheiro Vivo (São Paulo, SP); João Verdi Carvalho Leite, presidente da Avibras Aeroespacial S.A. (Jacareí, SP); Rodrigo Müssnich (São Paulo, SP).

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