São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Vai-não-vai

"Celso Pitta disse que só sai da prefeitura nos braços do povo. O que o povo está esperando?"
Alvaro Bernal de Almeida (João Pessoa, PB)

"Chega de linchamento ético-moral. Chega de vice assumindo a prefeitura. O vice não faz nada, dá problema a campanha inteira e ainda se vê no direito de ser prefeito.
Chega de tanta hipocrisia. Já vi este filme em 1992 e confesso que chorei muito no final. O importante é esta administração terminar o mandato. Para o bem de São Paulo, para o bem do Brasil."
Emilie Taub (São Paulo, SP)

Difícil compreensão

"A operação de guerra montada pela cúpula do governo federal, tendo em vista a aprovação do nome da economista Tereza Grossi para a Diretoria de Fiscalização do Banco Central, é uma dessas coisas que soam no mínimo esquisitas.
Ainda que seja uma exemplar funcionária de carreira, segue sendo acusada em quatro ações encaminhadas à Justiça Federal por procuradores da República, e seria correto que sua indicação esperasse até o fim desses processos."
Daniel Rodrigues Rolim (Brasília, DF)

Esclarecimento

"Gostaria de esclarecer que nunca marquei audiências de quaisquer empresários -ou de qualquer outra categoria de cidadãos- com o senhor presidente da República. Essa atividade não faz parte de minhas atuais atribuições profissionais. Além disso, os estritos padrões de seriedade do governo Fernando Henrique não admitiriam tal prática, por estar em desacordo inclusive com o código de ética da administração pública. Como se sabe, a definição da agenda presidencial é feita por equipe específica, composta exclusivamente por funcionários públicos federais."
Eduardo Jorge Caldas Pereira (Brasília, DF)

Doença resistente

"Gostaríamos de louvar o oportuno editorial da Folha "A doença resiste" (Opinião, 28/3), chamando a atenção para a dramática situação da tuberculose no sistema penitenciário. As cepas resistentes encontram no ambiente carcerário as condições ideais para se desenvolver, principalmente no aspecto da descontinuidade do tratamento. Essa situação há muito vem sendo denunciada por ONGs e entidades médicas e tratada com o descaso habitual pelas autoridades. Trata-se de um problema de saúde pública sem nenhuma política de ação, profilaxia ou controle. Dentre os muitos e insolúveis problemas do nosso sistema carcerário, acrescentemos mais esse."
Armando Tambelli, coordenador da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP)

Frase

"A frase "Se sujei, deixa eu limpar", atribuída a Paulo Maluf, que está na reportagem do jornalista Fernando Rodrigues (Brasil, 25/3, pág. 1-14), foi dita na periferia da cidade pela senhora Ester Nola, conforme relatado por uma jornalista de "O Estado de S. Paulo" em reportagem publicada por aquele jornal no dia 27/2, pág. A-9."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Fernando Rodrigues - É possível que Maluf tenha ouvido a frase "Se eu sujei, deixa eu limpar" de uma eleitora. Mas na sexta-feira passada, dia 24 de março, disse-me ao telefone que usara ele mesmo a declaração em contatos com eleitores. Agora, conforme dá a entender a carta de seu assessor, parece estar arrependido.


Desperdício

"Gostaria de parabenizar a Folha pela reportagem "País desperdiça pequenos "gênios" (Cotidiano, 26/3), sobre crianças brasileiras superdotadas, que evidenciou que no Brasil, como acontece com tantas coisas, a inteligência, o talento e o potencial de nossas crianças estão sendo subestimados e desperdiçados."
Esther Gonçalves Fonseca (Belo Horizonte, MG)

Possibilidades sem fim

"Neste país tudo é possível, como atestam os escândalos diários abafados pelas relações promíscuas entre juízes e políticos do poder. A carta enviada por Paulo Maluf a essa coluna é uma pérola do escárnio em relação à nossa história recente. Auto-intitular-se colaborador da abertura política do país faz parte de sua tática de repetir a mentira para vendê-la como verdade a uma sociedade desinformada. No passado e no presente, como mostra a indicação de Celso Pitta para prefeito e tudo o que isso significou, a história do senhor Salim Maluf é lastimável."
Decio Amadio (São Paulo, SP)

Esclarecimento

"Sobre as notas do "Painel" de 30/3 relativas a diz-que-diz-que do PMDB-PPB, tenho a dizer que:
1) As informações são absolutamente mentirosas. Nunca solicitei, nunca me foi oferecido e nunca recebi dinheiro do sr. Paulo Maluf ou do PPB naquela ou em outra ocasião.
2) A maior prova de que o empréstimo do sr. Yunes, tesoureiro da campanha do sr. Pitta, não teve nenhuma conotação política é que fui seu oponente mais crítico em 1996, particularmente em relação ao PAS."
José Aristodemo Pinotti (São Paulo, SP)

Homônimos

"Conforme divulgado pelos cadernos Cotidiano (25/3) e Ilustrada (27/3), existem denúncias em relação ao produtor cultural carioca Beto Bellini (Carlos Alberto Belline). Por uma coincidência, também uso o nome Beto Bellini (Gilberto César Ortolan Bellini), atuando em teatro, TV, cinema e produções culturais desde 1981, fazendo parte do grupo que organiza a Mostra Nacional de Teatro de Sertãozinho, em sua 15ª edição. Além disso, sou professor universitário, dono de uma pequena produtora de vídeo e consultor de empresas, e os últimos dias têm sido de muito constrangimento e incômodo por parte de algumas pessoas desavisadas."
Gilberto César Ortolan Bellini, Beto Bellini (Sertãozinho, SP)

Órfão de nação

"O menino inverteu a clássica imagem do náufrago perdido em uma ilha. E foi para o continente se perder. Perder-se para sempre, em um conflito que lhe propuseram e que nunca será seu. Elián flutua entre dois mundos sem ideologia nenhuma e agarra-se a um tronco de família perdida no meio da tempestade, no oceano que separa dois países. Disse, enredado pelos microfones, que sua mãe "pode surgir a qualquer momento", quem sabe trazida pelos braços de um continente imaginário ou pelos olhos da televisão. O que ainda não sabe é que só se salvará do naufrágio iminente pela única mãe possível ao menino agora, uma nação, a que parece adormecer eternamente na tábua das leis dos homens. Foi essa a outra mãe que lhe tiraram, estúpida e covardemente."
Marcílio Godoi (São Paulo, SP)



Texto Anterior: Frei Betto: O verdadeiro julgado

Próximo Texto: Erramos
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.