São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Células-tronco
"A histórica decisão do STF foi uma vitória da vida. Todos saíram ganhando, pois em todas as famílias há alguém que, de alguma forma, se beneficiará com as pesquisas com células-tronco de embriões.
Venceu o bom senso, que permitirá inserir o Brasil entre as nações desenvolvidas no campo da pesquisa científica. Parabéns aos cientistas pela árdua batalha de convencimento dos benefícios de seu trabalho.
Parabéns aos portadores de deficiências e às suas famílias, que tiveram de se deslocar até Brasília para acompanhar cada sessão do STF.
E parabéns aos ministros da mais alta corte de Justiça pelo entendimento de que o debate religioso-filosófico era um atraso que prejudicava muitos brasileiros, que, agora, voltam a ter esperanças."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

"Por que os jornalistas que assinam a reportagem "Em julgamento histórico, STF aprova uso de embrião" (Ciência, 30/5) não informaram a orientação religiosa dos magistrados que votaram pela liberação das pesquisas com células-tronco embrionárias, já que fizeram questão de registrar a do ministro Carlos Alberto Direito?"
GERALDO CAETANO (Araraquara, SP)

Ótimo retrato
"O editorial "Inflação de vereadores" (Opinião, 30/5) nos mostra uma imagem da vida parlamentar em Brasília, com deputados lutando obstinadamente para restabelecer os cargos de vereador ceifados em 2004, ignorando o repúdio do público e a decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Enquanto isso, em Ribeirão Preto (SP), os parlamentares locais seguem a cartilha de Brasília, como ficou claro na reportagem de capa do caderno regional Folha Ribeirão.
Para quem não é da região, seguem o título da reportagem, a linha-fina e a introdução ao texto: "Câmara aprova 13º salário para vereadores'; "Parlamentares de Ribeirão dizem não se lembrar da votação do projeto, que inclui ainda o prefeito e o vice-prefeito'; "Proposta não estava na pauta do dia, foi incluída de última hora e painel eletrônico não funcionou no momento da votação".
E tem mais, sobre a Câmara Municipal de São Paulo, em Cotidiano: "Vereadores contratam filhos, sobrinho e até neta'; "Políticos defendem as contratações sob o argumento de que não há ilegalidade". Um ótimo retrato da vida parlamentar do nosso país."
RINEU SANTAMARIA FILHO (Monte Alto, SP)

"É indecente a proposta de emenda constitucional que possibilita a criação de mais 7.500 vagas de vereadores. E o mais absurdo é que a proposta foi aprovada em segundo turno por um placar de 359 votos a favor e apenas 10 contrários.
Isso demonstra o total descaso, tanto da situação como da oposição, com os já elevadíssimos gastos públicos."
DONIZETTI LEONIDAS DE PAIVA (São Paulo, SP)

Bola fora
"Fiquei perplexo com a ilustração de capa do caderno Equilíbrio de 29/5. E indignado quando vi a ilustração das páginas internas. Retratar um negro como expressão dos maus odores corporais e uma branca exalando perfume foi de uma estupidez inaceitável.
Numa época em que tantos se empenham para derrubar preconceitos, um dos principais jornais do país não poderia dar tamanha bola fora."
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)

PSDB
"No "Painel" (Brasil, pág. A4) de ontem, a nota "Porta de saída" trata do ultimato que o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, teria dado ao prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão, para que se desligasse do partido até ontem.
A motivação da sentença girava em torno das denúncias sobre a participação do prefeito nas "comissões" do BNDES. Neste mesmo diapasão, sugiro ao presidente do PSDB que ultime para o mesmo ato o senador Marconi Perillo (indiciado por caixa-dois nas eleições de 2006), o governador Cássio Cunha Lima (condenado pelo TSE), a governadora Yeda Crusius (pelas acusações de envolvimento na máfia do Detran-RS) e o governador Teotônio Vilela Filho (acusado de receber R$ 500 mil da empreiteira Gautama).
Ficaria mais isonômico."
ROGÉRIO DE ALMEIDA ABREU (Belo Horizonte, MG)

Fundações universitárias
"É absolutamente desprovida de fundamento, beirando a má-fé, a afirmação de Aiporê Rodrigues de Moraes de que "a parceria fundação-universidade é responsável pelo salto das pesquisas e da produção científica dos últimos anos" ("Uma parceria que deu certo", "Tendências/Debates", 30/5).
Salto, se houve, deve-se ao financiamento público das pesquisas pelos órgãos de fomento federais e estaduais, bancados por recursos públicos. No máximo, as fundações privadas ditas de apoio às universidades públicas intermediam a transferência de recursos públicos.
Ao contrário do que propala o autor do artigo, a "parceria" em questão não tem beneficiado as universidades federais. Em inúmeras delas, gerou distorções, desvios, malversação de recursos e privatização por intermédio de cursos pagos (que afrontam a Constituição).
O governo federal precisa financiar adequadamente o ensino superior público e coibir a atuação das fundações privadas ditas de apoio."
CÉSAR AUGUSTO MINTO e MARCO BRINATI, primeiro e segundo vice-presidentes da Associação dos Docentes da USP (São Paulo, SP)

Quadrinhos
"Não me incluo entre os que precisariam de um "Manual de Humor" para ler os quadrinhos do Angeli e do Laerte, conforme sugerido ontem nesta seção.
Compreendo, contudo, que, para alguns, seja necessário até mesmo o "Manual do Óbvio"."
ANTONIO ROBERTO SARTOR (Curitiba, PR)

Domésticos
"Em relação ao texto "Governo estuda ampliar benefícios a domésticos" (Dinheiro, 29/5), gostaria de fazer os seguintes comentários. A doméstica não tem hora certa para começar nem hora certa para parar. Ela almoça no trabalho e nada lhe é cobrado. Recebe salário mínimo e tem o seu INSS pago pelo patrão (maioria dos casos).
Eu penso que o governo deveria criar um mecanismo para obrigar os patrões a assinarem as carteiras de trabalho. Há tempos esse assunto esteve em pauta e um jornal descobriu que o ministro do Trabalho tinha três empregadas em sua mansão em Brasília e nenhuma delas tinha carteira assinada.
Eu já paguei fundo de garantia para empregada doméstica. Hoje não pago mais. Não há estrutura nem da Caixa nem do INSS para receberem fundo de garantia de pessoa física. Procurei essas duas instituições e fui aconselhado a não pagar, pois não era obrigatório.
Pagava a um contador 1/4 do salário mínimo da época para fazer a papelada (hoje seria na faixa de R$100), enquanto o recolhimento ao INSS não chega a isso.
Vou mandar esta mensagem para o senador Paulo Paim (PT-RS) e perguntar-lhe se as empregadas dele têm carteira assinada e se ele deposita o fundo de garantia delas."
JOSÉ BALDINI DE SOUZA LIMA (Juiz de Fora, MG)

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