São Paulo, domingo, 31 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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CBF
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, já extrapolou todos os limites. Ele acredita que não deve nada a ninguém. Nossa presidente poderia dar um jeito nisso.
Ela é nossa última esperança.
LUIZ ALFREDO ALMEIDA (São Paulo, SP)

Raça
Em seu lúcido editorial "Brasil moreno" (19/7), a Folha pondera: "Orgulho racial" é uma expressão a ser abominada em qualquer situação, mesmo as que a justifiquem historicamente.
Luiz Felipe de Alencastro, em "O Trato dos Viventes", dá notícia, citando relatos do padre Ribeiro Rocha (séc. 18) e do viajante Adolphe d'Assier (séc. 19), do hábito brasileiro de açoitar severamente os escravos tão logo chegassem à fazenda para ressocializá-los no contexto da opressão visando mostrar ao recém-chegado seu novo estatuto subumano.
O negro escravo, no Brasil, por ser negro, foi triturado em sua autoestima; ensinado, na chibata, a ter vergonha da cor da pele. Hoje seus descendentes devem ter algum direito a cultivar um sentimento oposto, que não precisa e não deve ser belicoso. No futuro, vencidas as consequências do que o Alencastro chamou de "método de terror lusobrasílico", será mais razoável "abominar" o orgulho de ser afrodescendente.
PEDRO FALABELLA TAVARES DE LIMA (São Paulo, SP)

 

Parabéns aos autores da novela "Insensato Coração" pelo personagem André. E parabéns por terem escolhido para o papel o excelente Lázaro Ramos.
Criaram um personagem que é negro retinto, mas foge ao estereótipo que nos acostumamos a ver na TV e no cinema. André veio de baixo, de família pobre e desestruturada, mas não faz disso bandeira nem se lamenta.
Venceu às próprias custas, talento e determinação. É culto, viajado, estudado, artista premiado, fala com todos os esses e erres no lugar, veste-se bem e mora bem. A doença e morte do pai e o nascimento do filho amadureceram o homem contraditório, como todo bom personagem.
Infelizmente leio nos jornais que André terá câncer. Não informam se ficará curado ou se morrerá como o pai. Se for verdade é lamentável. Por que um negro bem sucedido na vida profissional não pode ter sucesso na vida amorosa? Os autores querem puni-lo pela vida "pregressa" que levou? Ou existe pressão para colocar "aquele negro no seu devido lugar"? Ainda não nos acostumamos a ver negros entrando com passos firmes pela porta da frente dos melhores lugares. Caros autores, acordem para isto.
HELENA MARIA DE SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

Palestina
Em setembro será avaliado o pedido para que a Palestina entre como membro da Organização das Nações Unidas e por isso ministros israelenses (Mundo, 25/7) virão à América Latina com o intuito de convencer os governantes deste continente a não apoiar essa iniciativa.
O Brasil, ao desempatar a decisão da ONU em 1948 com o voto de Oswaldo Aranha, foi um dos principais responsáveis pela fundação do Estado de Israel. Portanto, deve agora ser solidário com os palestinos e votar na Assembleia Geral a favor deles.
Votar com os israelenses ou se abster seria mais uma decepção da diplomacia do Brasil.
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

Atropelamento em SP
Primeiro a Folha concede uma página inteira para o sujeito do Porsche dar sua versão e pedir desculpas pelo assassinato que cometeu no trânsito. Agora concedem quase uma página para outra irresponsável, má motorista, como milhões que infelizmente por aqui transbordam. É triste constatar que a Folha está se especializando em dar ouvido a quem não merece. E ela tem coragem de dizer que ninguém solicitou o teste do bafômetro...
MAURÍCIO PIO RUELLA (São Paulo, SP)

 

A rua Natingui é muito perigosa. Apenas um dos trechos dela é estreito, como afirma a matéria de Giba Bergamin, talvez seja o local onde tenha havido o atropelamento de Vitor Gurman.
Não basta se preocupar só com as grandes vias. Ruas como a Natingui, onde se cruzam carros e pessoas por todos os lados, devem ser monitoradas.
DANIELA VARANDA (São Paulo, SP)

Censura
Com o devido respeito ao procurador Paulo Afonso, fixo-me nas palavras finais da autora da reportagem "Veto a filme revela conflito jurídico" (Ilustrada, 29/ 7): ""É difícil saber se houve uma tentativa real de proteção da criança ou apenas um arroubo de poder", pontua o procurador". Pois bem. É arroubo de poder.
Referido filme ("A Serbian Film") não se destina a uma livre veiculação televisiva. Destina-se às salas de cinema, com classificação para maiores de 18 anos. Absorver (ou não) as propostas político-artísticas do autor, tal remanesce ao arbítrio do espectador. Com lástima, recordo-me do "arroubo" do então ministro Paulo Brossard, que quis impedir a exibição de um filmeco chamado "Cobra" pelo "excesso de violência". Hoje é veiculado nas sessões da tarde e provoca risos.
E lembro-me de quando milhares de brasileiros viajavam para EUA, Europa ou mesmo para o Panamá (!) para ver "O Último Tango em Paris", obra igualmente veiculada em nossa TV. A censura acabou. Viva! Que ninguém tutele o que adultos queiram ver!
RUBEM PRADO HOFFMANN JR. (São Paulo, SP)

Drogas
Um pouco simplista a análise desta Folha acerca da lei 11.343/ 2006. Num país como o Brasil, em que cada dia o tráfico ganha mais força, é arriscado demais instituir uma quantidade mínima de droga para caracterizar a prática dessa infração penal. Isso porque traficantes experientes não comercializam quilos e quilos de entorpecentes nas ruas. Pelo contrário, sempre que a polícia os aborda, estão de posse de pequenas quantidades, justamente para se passarem por meros usuários.
A equação de que aquele que traz consigo grande quantidade de droga é traficante e o que traz pouca é usuário não é tão simples, como pensam muitos juristas. Precisamos tomar cuidado para não auxiliar ainda mais o já bem estrutrado mundo do tráfico.
GABRIEL HENRIQUE SANTORO (São Paulo, SP)

Dólar
As medidas do governo federal para evitar uma maior queda do dólar são importantes. Mas para reverter o processo de desindustrialização seria necessário tomar medidas estruturais: corte de gastos públicos, reforma tributária e redução dos juros.
JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, MG)

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