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Projeto leva mediação a comunidades no Rio DO RIOA UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do morro da Formiga, na zona norte do Rio, tem uma arma que vem reduzindo os conflitos entre moradores: a mediação feita por policiais militares. Durante dois meses, dois policiais foram treinados no Tribunal de Justiça do Rio para atuar na comunidade. Agora, de segunda a sexta-feira, eles ouvem e buscam soluções para os problemas de 9.000 moradores. A iniciativa, da desembargadora Marilene Melo Alves, da 11ª Câmara Cível do TJ do Rio, previne a prática de crimes, reduz o número de processos na Justiça e ainda dá poder aos moradores. "Durante anos, o traficante decidia a vida dessas pessoas. A ideia da mediação é que elas se entendam e decidam o que deve ser feito", diz a desembargadora. Após mais de duas décadas de dominação do tráfico, os policiais tomam medidas para atuar. A primeira é falar com as pessoas sem as fardas. "Isso quebra a barreira. O maior intuito não é só fazer o acordo. É fazer com que as pessoas se sintam bem", conta o soldado Leonardo Aquino, um dos dois mediadores que atuam na Formiga. A comunidade foi a primeira a ter mediadores. Um ano depois, contabiliza 30 casos atendidos. Um deles foi o de João Batista Santiago, 48. As frequentes discussões com a filha adolescente levaram a jovem a decidir sair de casa. A atuação dos mediadores levou a menina a voltar para casa. "Ouvi conselhos, eles conversaram com ela e tudo se resolveu", conta o morador. O resultado levou à expansão do projeto para as comunidades do Dona Marta e do Batan. Agora, a próxima favela com UPPs a ter mediadores será a Cidade de Deus. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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