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Chamado por Dilma, Kassab vai ao Planalto

DE BRASÍLIA

Chamado ao Palácio do Planalto na tarde de ontem, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse à presidente Dilma Rousseff que não tem condição de apoiar a candidatura do petista Fenando Haddad (PT)caso o tucano José Serra se lance na corrida municipal.

Ele acenou, entretanto, com a possibilidade de aliança ao dizer que não se pode esperar demais por uma decisão de Serra.

A conversa manteve no PT a expectativa de aliança caso Serra não tome uma decisão breve. A reunião, que consumiu mais de 40 minutos, foi marcada no mesmo dia em que a Folha revelou a disposição de Serra de disputar a Prefeitura de São Paulo.

À saída, Kassab afirmou que ambos falaram sobre temas administrativos e negou que tenha discutido a possível aliança entre PSD e PT.

"Vim aqui como prefeito, não como líder partidário."

Sucessor de Serra na prefeitura, Kassab ainda não fechou aliança com o PT nem com os tucanos. Ele nega que seja um jogo duplo e disse que o "próprio PT entende que a gestão é uma gestão do Serra e do Kassab".

Em plena negociação com o PT, Kassab tem repetido que se aliará a Serra caso ele concorra. Segundo avaliação dos próprios aliados do prefeito, o lançamento do tucano frustra as ambições do presidente do PSD, há meses costurando aproximação com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma.

Kassab tem dito, porém, que "decisão tardia não ganha eleição". Trata-se de uma alusão à demora de Serra. Mas também disse à Folha que, com Serra candidato, o próprio PT não gostaria de ter um "judas" em seu palanque.

A ala que defendia a aliança com o PSD ainda aposta em concretizar a parceria.

"A posição política de Kassab, o movimento de ruptura com o DEM, o coloca no mesmo campo do PT", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Já o grupo contrário vê como enterradas as chances de união.

INFLUÊNCIA

Pesquisa preliminar encomendada pelo PT aponta como negativo o apoio de Kassab ao partido em São Paulo.

Segundo o levantamento, realizado a pedido do diretório municipal, a adesão de Kassab quase neutraliza a influência positiva de Lula.

(CATIA SEABRA, NATUZA NERY E FLAVIA FOREQUE)

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