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Haddad afirma que ataques por 'kit gay' estimulam violência Petista diz que críticas de evangélicos a material contra a homofobia favorecem ação de 'forças obscurantistas' Pré-candidato critica Serra por renúncia à prefeitura e demonstra alívio com afastamento de aliança PT-Kassab BERNARDO MELLO FRANCODE SÃO PAULO Na mira de líderes evangélicos por causa do chamado kit anti-homofobia, o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou ontem que o uso político do tema estimula a violência contra homossexuais. Ele disse que a exploração do assunto favorece -"indiretamente" e "sem querer"- as agressões contra gays. "O que me preocupa é que o indivíduo pode entender que é um fato a ser explorado [na eleição] sem considerar que indiretamente acaba incitando a violência", afirmou. "Você acaba, sem querer, promovendo uma violência que é crescente no país contra pessoas que têm outra orientação sexual." O petista disse ter "certeza" de que os evangélicos que o atacam não querem violência, mas apontou relação entre a polêmica e as agressões. "Isso libera, em alguns indivíduos perturbados, forças obscurantistas que acabam comprometendo a integridade física de cidadãos." Em entrevista publicada ontem na Folha, Marcos Pereira, presidente do PRB e bispo da Igreja Universal, afirmou que o assunto fará Haddad "sofrer" na campanha. O pré-candidato disse não ter medo do assunto. "A verdade vai prevalecer sobre a mentira. A verdade prevalecendo, não há o que temer." O kit anti-homofobia foi encomendado pelo Ministério da Educação em 2011 e vazou antes de ser distribuído. Evangélicos acusaram a pasta, então chefiada por Haddad, de incentivar o homossexualismo. Ele diz que o material seria rejeitado em análise técnica e não chegaria às salas de aula. FATOR SERRA Segundo aliados, o pré-candidato demonstrou alívio com os novos sinais de que José Serra pode ser o candidato do PSDB, o que afastaria o PSD do prefeito Gilberto Kassab da chapa petista. "Isso provocava muita tensão nele", reconheceu um dirigente do PT pró-Kassab. Em entrevista, o ex-ministro criticou a renúncia de Serra à prefeitura, em 2006, para disputar o governo paulista. Na campanha de 2004, o tucano assinou documento em que se comprometia a ficar quatro anos no cargo. "Eu levo em consideração o compromisso que as pessoas assumem publicamente", declarou Haddad. Em palestra ao Sindicato dos Comerciários, controlado pelo PSD, ele fez uma crítica indireta a Kassab ao exaltar sua gestão no MEC. "Infelizmente, poucos programas federais chegaram à cidade." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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