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Aprovação de novo fundo faz governo congelar nomeações

Medida busca dar tempo para implantação de mudança nas regras de aposentadoria do funcionalismo federal

Os novos servidores que quiserem receber acima do teto do INSS terão que contribuir para fundo complementar

DE BRASÍLIA

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, afirmou ontem que nomeações de novos servidores públicos só devem acontecer após a criação do novo regime previdenciário dos três Poderes.

A Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal) foi aprovada anteontem pelo Senado e agora aguarda sanção presidencial.

Após isso, há um prazo de 180 dias para a criação dos fundos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

Segundo o ministro, não interromper as nomeações representaria uma "contradição exemplar".

Pelas regras aprovadas, os futuros servidores só terão aposentadoria garantida até o teto de R$ 3.916,20 mensais aplicado hoje pelo INSS, que atende os trabalhadores da iniciativa privada.

Para receber mais, os interessados terão de contribuir para as futuras fundações. Funcionários atuais têm direito a aposentadoria integral.

O Planejamento informou que existem 1.469 vagas no Executivo aguardando nomeação, e que elas vão ser feitas "obedecendo as prioridades e o interesse do governo." Ao todo, há 570 mil servidores na administração direta, autarquias e fundações.

Em nome do reequilíbrio das contas, a expansão do funcionalismo foi desacelerada no governo Dilma Rousseff.

No entanto, a União vive uma onda de aposentadorias em razão do envelhecimento dos servidores. Em 2011, 13,6 mil se aposentaram, aumento de 80% sobre o contingente de cinco anos antes. Mais cedo ou mais tarde, isso forçará a retomada de concursos.

Mesmo com as mudanças, os futuros servidores ainda terão uma previdência favorável. Atualmente, apenas 2,2 milhões de brasileiros participam de fundos fechados.

Como empregadora, a União contribuirá com até 8,5% da diferença entre o salário do servidor e o teto do INSS. Nos fundos de pensão, esse percentual normalmente não passa de 7,5%.

(PRISCILLA OLIVEIRA E GUSTAVO PATU)

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