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Novo líder do governo não descarta eleição para presidir Senado

Eduardo Braga surge como um dos possíveis candidatos do PMDB para substituir José Sarney no ano que vem

Sucessão na Casa gera tensão política, e nome de mais um postulante faz outros pretendentes se sentirem fragilizados

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

O recém-nomeado líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), diz não haver "impedimento" se ele eventualmente vier a se candidatar a presidente da Casa.

Em entrevista ontem à Folha e ao UOL, Braga declarou que, ao ser chamado pela presidente Dilma Rousseff para liderar a bancada, ela não condicionou essa indicação a uma saída dele da corrida pelo comando do Senado.

Embora Braga ressalte não estar no páreo no momento ("não é uma prioridade na minha cabeça"), sua explicação a respeito do tema tem relevância porque a disputa pela presidência do Senado sempre produz tensão política.

Mais ainda quando o líder do governo surge como um dos nomes possíveis para o cargo. Outros pretendentes se sentem fragilizados.

O posto de presidente do Senado cabe ao PMDB por ser a sigla com a maior bancada. A cadeira é hoje ocupada por José Sarney (AP), que está no segundo mandato consecutivo e não pode concorrer à reeleição. O sucessor será escolhido em fevereiro de 2013.

"Quero construir uma sucessão ao presidente Sarney que possa garantir a estabilidade democrática do país, possa garantir a governabilidade", afirma Braga.

Ele embaralha o cenário e cita cinco colegas senadores do PMDB para o cargo: Edison Lobão (MA), Garibaldi Alves Filho (RN), Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE) e Vital do Rêgo (PB). Termina a lista e então se lembra de incluir Romero Jucá (RR).

Com muitos nomes lançados, não há nenhum favorito. "Eu não tenho [candidato] predileto", diz. Evasivo, completa: "Você vê que tem pelo menos seis candidatos, ou pré-candidatos, ou possíveis candidatos, ou potenciais candidatos no PMDB".

Indagado se as vitórias governistas no Congresso nesta semana se deram por causa da promessa de liberação de verbas de emendas ao Orçamento para deputados e senadores (até R$ 3 milhões para cada um), Braga diz que não.

Para ele, no Senado havia apenas problemas de relacionamento. Na Câmara, os entraves se dariam por causa de uma disputa antecipada pelo comando daquela Casa.

CASO DEMÓSTENES

Confrontado com os indícios contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), acusado de manter relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira, empresário suspeito de contravenção, Braga afirma que se tudo for "comprovado (...) indica quebra de decoro" parlamentar.

FOLHA.com
Assista à entrevista
folha.com/no1069211

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