Governo injeta mais R$ 45 bi no BNDES

O governo federal anunciou ontem que irá colocar à disposição do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) R$ 45 bilhões para a prorrogação do PSI (Programa de Sustentação de Investimento) até o fim de 2013.

O PSI oferece crédito com juros subsidiados desde 2009 a setores da indústria que compram máquinas, ônibus e caminhões e que investem em inovação tecnológica.

O aporte do Tesouro ao banco é parte da segunda etapa do plano Brasil Maior de fomento à indústria, anunciado ontem no Planalto.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, também anunciou ontem redução da taxa de juros para algumas modalidades de crédito e o alargamento de alguns prazos de financiamento.

As medidas têm o objetivo de incrementar o nível de investimentos no país. Atualmente, essa taxa está em 19,9% do PIB (Produto Interno Bruto), uma das mais baixas do mundo.

Dilma já afirmou que um dos objetivos do seu governo é aumentar esse número para 20,8% no final de 2012, e entre 22% e 23% até 2014.

REDUÇÃO

Para ônibus e caminhões, a taxa será reduzida de 10% para 7,7% ao ano, e o prazo de financiamento aumentará de 96 para 120 meses.

No caso de bens de capital, os juros serão reduzidos de 8,7% ao ano para 7,3% ao ano. O prazo de 120 meses para pagamento foi mantido.

Para financiamentos da produção das empresas exportadoras, as taxas de juros foram mantidas em 9% ao ano, mas o prazo foi estendido de 24 para 36 meses.

Já as taxas de juros de financiamento para projetos de inovação foram reduzidas para 4% ao ano; antes variava de 4% a 7%.

"Queremos investimento de mais qualidade, investimentos associados a inovação", disse Coutinho.

Outra novidade anunciada ontem pelo BNDES foi a ampliação de programa de crédito "Revitaliza" para mais setores e a ampliação dos prazos de quitação das dívidas. Agora, o programa contará no total com R$ 4,7 bilhões para setores como o têxtil e o de vestuário.