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Banco Central

Economistas sugeriram aumento dos juros no começo do governo Lula

DE BRASÍLIA - Na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do governo Lula, em 2003, um dos elementos exibidos para auxiliar a decisão do órgão foi o alerta de economistas de que o Banco Central deveria subir a taxa básica de juros, então em 25% ao ano, como forma de reforçar sua credibilidade.

Os documentos dos encontros ocorridos há mais de quatro anos (de junho de 2008 para trás) foram colocados ontem na internet, por causa da Lei de Acesso à Informação.

Em meio à desconfiança com a ascensão do ex-líder sindical ao poder, o BC questionou 25 instituições que ele considerava terem os melhores departamentos econômicos: "O que o BC fará?" e "O que o BC deveria fazer?".

A maior parte dos economistas respondeu que os juros precisariam ser elevados, mas que esperavam a manutenção.

A maioria também disse que, se quisesse reduzir as expectativas de inflação do mercado, que superavam os 11% para o ano, a autoridade monetária deveria "mostrar autonomia na condução da política monetária".

O BC, sob o comando de Henrique Meirelles, elevou a Selic em 0,5 ponto. No mês seguinte, a taxa foi elevada em mais 1 ponto.

As análises, pesquisas e gráficos apresentados nas reuniões do Copom somam em média 300 páginas, mostram os dados. Algumas tabelas foram ocultadas por conterem informações empresariais sigilosas.

Desde maio, o BC passou a divulgar os votos dos diretores para a trajetória da taxa básica.

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