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Esquema de Cachoeira movimentou R$ 84 bi, diz relator

Deputado diz que quebras de sigilo de pessoas e empresas envolvidas no caso mostram transações em 10 anos

ERICH DECAT
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA

A CPI do Cachoeira apurou que empresas e pessoas físicas ligadas ao empresário Carlinhos Cachoeira movimentaram cerca de R$ 84 bilhões nos últimos dez anos.

Os dados vão constar do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). Segundo o parlamentar, os créditos e os débitos foram levantados nas contas de 75 pessoas físicas e jurídicas que tiveram os sigilos bancários quebrados pela investigação.

Ontem a comissão recuou e decidiu ontem prorrogar seus trabalhos. Mas adiou a decisão sobre o tempo de sobrevida das investigações, que pode ir de 1 a 180 dias.

A falta de consenso foi a justificativa para que os parlamentares decidissem novamente paralisar as reuniões, que só serão retomadas no dia 31, quando faltarão só três dias para o encerramento da CPI pelo prazo atual.

O período de adiamento da CPI será discutido numa reunião reservada na liderança do PMDB no dia 30.

Os congressistas terão, portanto, só quatro dias para recolher as assinaturas para garantir a prorrogação: 151 na Câmara e 27 no Senado.

Se a CPI não for prorrogada até 4 de novembro, os trabalhos são encerrados sem relatório final.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), admite que o tempo é curto, mas diz que os líderes se comprometeram a reunir as assinaturas.

Assim, a CPI divide com o Congresso a responsabilidade por sua prorrogação.

Os governistas, que controlam a CPI, defendem que a prorrogação seja por cerca de 30 dias, mas a oposição quer 180 dias.

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