São Paulo, sábado, 01 de outubro de 2011

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JUDICIÁRIO

Defesa de Maluf nega desvio na construção de avenida em SP

DE SÃO PAULO - Em nota divulgada ontem, a defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) afirma ser "impossível" ele ter desviado US$ 1 bilhão da construção da então av. Água Espraiada, como afirmou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski durante uma sessão.
"É inconsistente, e causa espécie, a menção feita pelo ministro relator do STF de que US$ 1 bilhão teriam sido desviados durante a construção da avenida Água Espraiada. É impossível, já que o mesmo ministro afirma que a referida obra teria custado à prefeitura cerca de R$ 700 milhões", disse o advogado de Maluf, José Roberto Leal de Carvalho.
Durante o julgamento, o procurador-geral Roberto Gurgel alegou que grande parte do dinheiro desviado se originou dessa obra: "Essa obra, concluída em 2000, teve o custo final extremamente absurdo de R$ 796 milhões, ou cerca de US$ 600 milhões", disse. "Essa foi a fonte primordial dos recursos utilizados na lavagem."
O STF aceitou anteontem, por 7 votos a 1, a denúncia contra Maluf e sua família pelo crime de lavagem de dinheiro, mas julgou que o crime de formação de quadrilha prescreveu no caso dele e da mulher.
Segundo Roberto Gurgel, o dinheiro lavado foi desviado de obras no período em que Maluf foi prefeito de São Paulo (1993-1996), remetido ilegalmente ao exterior por doleiros e, por fim, "lavado" em investimentos na Eucatex, empresa da família.


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