São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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MERCADO ELEITORAL

Na periferia de Boa Vista, morador promove "leilão" em troca de voto

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A BOA VISTA (RR) E A MACAPÁ (AP) - Uma espécie de mercado aberto do voto surge na periferia de Boa Vista (RR) às vésperas de cada eleição.
Com cadeiras em frente às casas, reunidos nas esquinas ou em bares, moradores avançam pela madrugada a oferecer, muitas vezes de forma ostensiva, seus votos a quem fizer a melhor oferta.
Na noite de sábado, a Folha viu esse cenário em três dos mais populosos bairros da cidade. "Dinheiro", gritou um morador, em meio a um grupo que acenava, sinalizando uma negociação.
Em uma esquina, um jovem assegura que também tem idade para votar e pede R$ 50. "Posso ir em casa e buscar o título [de eleitor]."
Por ruas mal iluminadas, o tráfego de veículos -camionetes de luxo, em muitos casos- era intenso.
"É um colégio eleitoral pequeno [o menor do país, com 271 mil eleitores], onde a parte financeira faz realmente a diferença", diz o delegado-executivo da Polícia Federal, Alexandre Ramagem.
A PF apreendeu em todo o país R$ 6 milhões em espécie por suspeita de compra de votos entre o primeiro e o segundo turnos. Pelo menos 23 pessoas foram detidas.
A maior parte foi apreendida anteontem, no Amapá: R$ 5,5 milhões em espécie, que estavam em avião que pousou em Macapá. (RODRIGO VARGAS e JEAN-PHILIP STRUCK)


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