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Festa vermelha
Antes mesmo do anúncio oficial da vitória de Dilma Rousseff na corrida ao Palácio do Planalto, simpatizantes e militantes petistas saíram às ruas do país para comemorar a eleição da primeira mulher presidente do país
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
DE RECIFE
DO RIO
Antes mesmo de o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral)
anunciar oficialmente a eleição de Dilma Rousseff, militantes petistas saíram às ruas
do país para comemorar o
terceiro mandato presidencial do partido.
A festa, porém, tanto em
volume de pessoas nas ruas
como em lágrimas, mostrou-se aquém da vista em 2002,
por exemplo, na primeira
eleição do presidente Lula.
Em São Paulo, o PT convocou os militantes para a festa
na avenida Paulista, local
tradicional de comemorações políticas e esportivas.
Alceu Valença, Leci Brandão
e o pagodeiro Netinho estavam na lista de atrações.
No início da noite, um buzinaço na avenida, em frente
ao Masp, sinalizava o avanço
da petista na apuração do
TSE. Cada vez que o semáforo fechava, militantes invadiam a avenida. Dançavam e
agitavam bandeiras, cantando o hit do grupo Asa de
Águia ("Na casa do Senhor
não existe satanás. Xô satanás, xô satanás"), uma provocação ao candidato José
Serra.
Também cantavam o sambão composto pela velha
guarda da Mangueira especialmente para a campanha
eleitoral: "Deixa de ser enganador, pois bolinha de papel
não fere nem causa dooor."
Era uma alusão ao episódio
de agressão ao candidato tucano durante caminhada pelo Rio de Janeiro.
No Rio, a diretora de gás e
energia da Petrobras, Maria
das Graças Foster, um dos
nomes cotados para ocupar
um cargo de primeiro escalão
no governo Dilma, comemorou a vitória da candidata petista dançando no carro de
som que animou a festa organizada pelo PT em uma praça
do Leme, na zona sul.
Os militantes começaram
a se reunir a partir das 18h.
Telão instalado em um carro
de som exibia informes do
TSE sobre a apuração. Cerca
de mil pessoas comemoraram o anúncio da vitória.
Em Recife, a festa ocorreu
no marco zero da cidade, tradicional palco das vitórias do
PT e do PSB, partidos aliados
no Estado. Os organizadores
estimavam em 5.000 o número de pessoas no local.
Em Brasília, às 22h, cerca
de 5.000 pessoas, segundo a
Polícia Militar, e uma escola
de samba esperavam o governador eleito do Distrito
Federal, Agnelo Queiróz
(PT), e a presidente eleita na
Esplanada dos Ministérios.
"O bem venceu o mal", gritou no microfone um dos organizadores, ao ter a confirmação da vitória de Dilma.
Próximo dali, a comemoração reuniu num hotel aliados e políticos eleitos que foram classificados por pulseirinhas que mudavam de cor
conforme o cargo.
Quanto mais importante a
autoridade (governador, ministro, senador), mais forte a
cor da pulseirinha. A mais
cobiçada era a roxa, que dava acesso à cobertura do hotel, onde foi servido um coquetel com vinho, suco e água, além de comidinhas.
Para a militância sem
mandato e sem coquetel, havia cerveja de graça.
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