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Dilma oferece 4 pastas a PMDB, que recusa
Partido endurece negociação e pede mais um ministério à presidente eleita e uma nova discussão sobre nomes
A petista propôs que a
sigla aliada mantivesse controle de Agricultura, Minas e Energia e Saúde e assumisse Cidades
DE BRASÍLIA
DA ENVIADA A BRASÍLIA
O PMDB recusou ontem a
primeira proposta da presidente eleita, Dilma Rousseff,
de participação do partido
em seu ministério. Ela ofereceu quatro pastas, mas numa
configuração que não agradou aos peemedebistas.
O partido quer que Dilma
ofereça mais uma pasta ou
mude os nomes negociados.
O tema deveria ser discutido
ainda ontem à noite.
A presidente eleita propôs
ao PMDB manter o comando
dos ministérios da Agricultura, de Minas e Energia e da
Saúde e assumir o controle
da pasta das Cidades.
Nos dois primeiros, os nomes postos na mesa agradam
ambos os lados: Wagner Rossi (Agricultura) e Edison Lobão (Minas e Energia) -nas
cotas do vice-presidente eleito, Michel Temer, e do presidente do Senado, José Sarney, respectivamente.
O impasse surgiu nas outras pastas. A indicação de
Sérgio Côrtes para Saúde é
vista como cota do governador Sérgio Cabral (RJ), mas
não agrada aos deputados.
Na pasta das Cidades, o
nome de Moreira Franco chegou a se aventado por Temer,
na cota dos senadores do
PMDB. A indicação não foi
aceita por Sarney e Renan
Calheiros (PMDB-AL).
Segundo a bancada do
PMDB no Senado, Moreira
Franco é visto como um nome ligado a Temer e não tem
apoio parlamentar. Ao longo
do dia, foi praticamente descartada sua participação no
ministério.
No final do dia, Temer informou ao coordenador da
equipe de transição, Antonio
Palocci, que o formato não
havia agradado ao partido.
As bancadas na Câmara e no
Senado querem indicar dois
ministros cada uma.
Na conta partidária não
entra o Ministério da Defesa,
que continuará sob comando
do peemedebista Nelson Jobim. As bancadas também
não aceitam em sua cota a
Saúde, caso fique com um
nome ligado a Sérgio Cabral.
Segundo a Folha apurou,
os deputados desejam as
pastas da Agricultura e das
Cidades. Os senadores, Minas e Energia e uma segunda
pasta, que pode ser um novo
Ministério de Aeroportos ou
a manutenção da Integração
Nacional, oferecida ao PSB.
(VALDO CRUZ, ANA FLOR, NATUZA NERY e MÁRCIO FALCÃO)
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