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Lula acusa repórter de preconceito e o manda "se tratar"
DO ENVIADO ESPECIAL A
ESTREITO (MA)
Durante o fechamento
simbólico da primeira de 14
comportas da Usina Hidrelétrica Estreito, no rio Tocantins, no Maranhão, o presidente Lula se irritou com
uma pergunta sobre se agradeceria o apoio da "oligarquia Sarney", acusando o repórter de "preconceito".
Lula dividia o palanque
com a governadora reeleita
Roseana Sarney (PMDB) e
seu marido, o empresário Jorge Murad, em cuja empresa a
Polícia Federal encontrou,
em 2002, R$ 1,34 milhão em
dinheiro vivo, cuja origem
não foi identificada.
O presidente, durante seu
discurso, voltou a mencionar
um suposto golpe em curso
contra seu governo, em 2005,
na esteira das denúncias do
mensalão, relatando uma
conversa que teve com o senador José Sarney (PMDB).
Ele teria dito à época que
era a "encarnação do povo" e
que seus adversários "não
sabiam o que iria acontecer"
caso fosse dado "um passo
além da institucionalidade".
Após o evento, questionado por um repórter do jornal
"O Estado de S. Paulo" se
"agradeceria à oligarquia
Sarney pelo apoio dado ao
seu governo", Lula se irritou,
chamou a pergunta de preconceituosa, recomendou
um tratamento de "psicanálise" ao repórter e saiu em defesa da família Sarney.
"Eu agradeço [aos Sarney]
e a pergunta preconceituosa
sua é grave para quem está
há oito anos comigo em Brasília. Significa que você não
evoluiu nada do ponto de vista do preconceito, que é uma
doença", disse Lula.
"O presidente Sarney é o
presidente do Senado. E o
Sarney colaborou muito para
que a institucionalidade fosse cumprida. Você devia se
tratar, quem sabe fazer psicanálise, para diminuir um
pouco esse preconceito",
concluiu.
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