São Paulo, quarta-feira, 03 de agosto de 2011

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Obra do São Francisco só acabará em 2014

Ministro Fernando Bezerra diz que valor total subirá de R$ 5 bi para R$ 6,8 bi por causa de custos não previstos

Governo diz que iniciará projeto-piloto em 2012 para testar utilização de água em algumas das cidades beneficiadas

DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA

As obras de transposição do rio São Francisco, um dos maiores projetos do PAC, vão ficar mais caras que o previsto, e a água só vai começar a chegar aos nordestinos a partir de 2014, quatro anos além da previsão inicial.
A informação foi dada ontem pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Segundo ele, a previsão inicial atualizada do custo do projeto era de R$ 5 bilhões, mas o governo agora calcula que ele passará para R$ 6,8 bilhões.
O motivo, segundo Bezerra, são aumentos de preços causados por obras não previstas nos projetos básicos, os chamados aditivos, e por compensações ambientais.
Alguns contratos vão chegar ao limite de aditivo de 25% do valor sem que a obra consiga ser concluída.
O ministro negou a existência de sobrepreço ou de superfaturamento nas obras.
Ao ser questionado sobre o fato de que o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu neste ano que 13 contratos de gerenciamento e supervisão da obra estavam com superfaturamentos avaliados em R$ 35 milhões, o ministro afirmou que não eram contratos de obras e que as decisões do órgão de controle estavam sendo contestadas.
"Essa é uma visão do TCU sobre a forma de contratar pessoas que está levando a grandes dificuldades que, se forem confirmadas, poderão levar à desistência da contratada", afirmou.
O ministro afirmou que em 2012 começará a implantar um projeto-piloto para testar a forma de utilizar a água dos canais em algumas cidades.
Mas a conclusão real dos trabalhos ficará para 2014 e 2015 nos dois eixos -o Leste, que vai levar água para os rios Paraíba (PB) e Ipojuca (PE); e o Norte, que levará água às bacias dos rios Jaguaribe (PE), Piranhas-Açu (PB/ RN) e Apodi (RN).
A previsão inicial era terminar em 2010 e 2012.
O atraso, diz ele, decorre de novas avaliações, como o tempo de enchimento dos canais, que de seis meses passou para um ano.


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